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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Vídeolivro


sábado, 25 de outubro de 2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Comparando para valorizar

Comparando para valorizar
Em 1964 iniciei meu curso de Engenharia em Eletrotécnica no Instituto de Engenharia de Itajubá, IEI.
No estado de Santa Catarina ensaiava-se a criação de cursos de Engenharia.
Passei o ano de 1972 fazendo mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, onde defendi minha dissertação em 1974.
Esses dois eventos marcaram minha vida de diversas maneiras, extremamente fortes. Morando em Itajubá, a forma mais eficaz de comunicação com meus pais e minha namorada, esposa a partir de 1966, era via cartas que eu escrevia na esperança de obter resposta em uma semana. Casando, os livros das Edições da Paz, russos, foram a salvação de quem tinha pouco dinheiro para sobreviver com a família recém constituída. No IEI comecei a saber que existiam computadores que poderiam ser usados na Engenharia. Fiz, em 1968, um curso para entender e usar “computadores” analógicos.
Discutíamos se o futuro seria usar computadores analógicos, digitais ou híbridos.
Na Copel ganhei a oportunidade de fazer mestrado em Florianópolis. Ao final de 1971 passei um mês com minha equipe montando um manual sobre os sistemas de controle e automação do compensador síncrono de Campo Comprido para poder me afastar de minhas funções. Os desenhos e textos eram feitos sobre papel vegetal para ser possível tirar cópias de custo menor. Fotografias eram colocadas sob o papel vegetal e copiadas a pena com tinta nanquim. Tudo lento, caro, difícil.
Na UFSC aprendi Fortran, a usar a máquina de perfurar cartões e fazer programas, que maravilha usar aquele computador 1130 que possuía 8 ou 16 kbytes de CPU. Na Copel, 1972, o pessoal se batia para processar os programas de curto circuito, usando a maquininha de fazer contas sempre que possível, tipo moedoras de carne, mecânicas, ou o computador da UFPR, onde, qualquer descuido, significava manter o CPD dedicado durante horas para, ao final, ter-se uma listagens de valiosos números que permitiam ao pessoal de proteção ajustar seus relés em subestações e usinas.
Voltei para uma área de estudos de sistemas de potência fazendo, em paralelo, minha dissertação de mestrado. Felizmente existia um escritório em Curitiba do CCOI através do qual pude mandar quase 100 ofícios a especialistas do mundo inteiro para saber como faziam o “load shedding” em suas terras. Em 6 meses recebi em torno de 50 respostas, tudo em torno da CIGRÉ, cujos livros de “papers”, apresentados em seus congressos em Paris, mostravam as coordenadas de profissionais de altíssimo valor. Garimpando nomes e informações com muita dificuldade consegui a base para o meu trabalho, que estava em sintonia com uma comissão que coordenava no sul do Brasil. Essa dissertação pude fazê-la com mais facilidade porque existia um microcomputador na área de planejamento elétrico da Copel com uma telinha, que mostrava gráficos e possibilitava, com um padrão interativo, criar as tabelas que precisava para demonstrar o que pensava. Meu coordenador em Santa Catarina, Dr. Bantval Vitaldas Baliga esperava minhas visitas para avaliação do trabalho que realizava, comunicação complicada.
A Copel cresceu possibilitando a formação de uma área enorme de processamento de dados. Durante a década de setenta esperávamos o período noturno para processar nossos casos de “load flow” (a partir de 1974), curto circuito e, ao final da década, estabilidade e transientes em sistema elétricos. Que maravilha, aos poucos podíamos materializar em cálculos e simulações teorias que havíamos aprendido, mas que só podiam ser verificadas na observação direta do sistema de energia ou em laboratórios praticamente inacessíveis para nós, instalados em países distantes e de visitação controlada. Nesses laboratórios máquinas em miniatura e redes simuladas podiam, após imenso trabalho, mostrar um pouco do que se poderia esperar dos grandes sistemas elétricos. Isso naturalmente levava à utilização de altos coeficientes de segurança, aumentando investimentos por deficiência de avaliação de desempenho.
A década de oitenta foi de consolidação dos computadores e império da IBM entre nós. O pessoal de estudos ganhava programas de simulação mais elaborados (o cálculo evoluia no sentido das equações matriciais e simulações matemáticas), formava profissionais e sonhava com ferramentas mais eficazes.
Anos 90, a possibilidade de decidir e o surgimento da internet entre nós além do maravilhoso chip 380, sucedido pelo extraordinário 480 foram divisores de água na Engenharia Elétrica. Na Copel pudemos entrar de sola nos programas de gerenciamento e informação corporativos e o pessoal de Engenharia ganhou PCs em suas mesas, além de terminais conectados ao CPD. A intranet foi uma autêntica revolução possibilitando ganhos fantásticos de produtividade. Com certeza a resistência a mudanças existia, afinal muitos chefes estavam acostumados a reter informações, a segurar processos em suas caixinhas de expediente, tinham datilógrafas, usavam extensamente estafetas, carros para entregar e receber ofícios, armários e mais armários para guardar cadernos massudos com estudos que se perdiam entre as traças... sentir que tudo passava a ser eletrônico, digital, cibernético, deu um nó na cabeça dos mais acomodados. Não podemos esquecer também a pompa e circunstância de pessoas que viam no teclado coisa de secretária, ofensiva às suas dignidades. E havia sempre o argumento, meu avô, meu pai, meu antigo chefe fazia assim, por quê mudar?
Felizmente o diretor que os governava havia visitado a Matra, por exemplo, em estágio pela URBS na França.
Nesse período francês dedicado ao transporte coletivo urbano com as dúvidas e desafios do crescimento de Curitiba pude ver o andar da diretoria dessa empresa (Matra) de altíssima tecnologia com apenas uma secretária e, entrando na sala de um de seus diretores, observar sua maneira de trabalhar, dispensando qualquer apoio, mandando fax, usando minitel, telefonando pessoalmente até para marcar passagens. Que diferença de nosso Brasil ainda de mentalidade escravocrata, colonial.
O mundo não pára. Talvez para alguns que vivem da miséria intelectual, a manutenção de lógicas e ideologias do século 19 seja uma condição de auto-estima e sobrevivência. Sobreviver sob os desafios do terceiro milênio, contudo, é algo que depende visceralmente de novas formas de agir, de estudar, de aprender e de se comunicar. Estamos percebendo a gravidade da poluição, a destruição do que sobrou da natureza, os efeitos de comportamentos perdulários, técnicas e maneiras de ser suicidas. Como mudar rapidamente? O que fazer? Usando métodos tradicionais e esperar que dentro de um século nossas escolas tenham padrões adequados ao momento atual?
Acrescentando-se às preocupações de sobrevivência da humanidade, ainda vemos o desafio de melhorar o padrão de cidadania e civismo do povo brasileiro. Com certeza, com raras exceções, existe um espaço enorme de aprimoramento de nossos compatriotas. Temos estatutos, leis, decretos, normas e regras mas respeitamos muito pouco do que se estabelece por absoluta falta de educação ou, quem sabe, por ignorância pura. Um exemplo mais do que evidente é a necessidade de se ajustar nossos padrões de urbanismo aos idosos, aos deficientes clássicos e até às crianças. A violência gratuita contra todos é uma característica de nossas cidades e até nas escolas, onde inúmeros professores estão muito distantes do padrão ético que se esperaria de pessoas com essa denominação.
Falando de respeito ao idoso e ao deficiente tenho muito que dizer por experiência pessoal e familiar. Vivendo num ambiente familiar em que a deficiência auditiva é presente torna-se fácil avaliar a tolerância e disposição de todos em relação à pessoa com alguma restrição, é uma tragédia brutal.
Enfatizando, precisamos reeducar nosso povo.
Maravilhosamente podemos descobrir o potencial da internet crescendo sem parar. Têm vírus? Hackers? Sim, e tudo isso é mais um desafio para a inteligência humana.
O que podemos e devemos fazer?
Ensinar, educar, viabilizar o conhecimento e a profissionalização, o comportamento em sintonia com o século 21. Que ferramentas podemos usar?
Vale a pena mergulhar no mundo dos blogs, dos álbuns de fotografias via internet, orkuts, blogs, slideshows, youtube, visitas virtuais a museus, laboratórios simulados, cursos a distância, on line e off line, literatura técnica atualizada diariamente, etc. Tudo isso usando sistemas mais e mais velozes, monitores fantásticos, mouses sem fio, teclados virtuais, telões, data shows etc. Nossas estantes poderão ser substituídas por pequenas gavetas com pendrives, DVDs e coisas parecidas. Onde estivermos aos poucos teremos acesso aos sistemas de WiFi, coisas desse tipo.
Tudo isso ilustra o potencial de ensino.
Além da possibilidade de se criar cursos a distância, podemos gerar material de apoio inimaginável há poucas décadas. Falta-nos, contudo, uma plataforma adequada, um ambiente brasileiro, funcional, capaz de manter tudo o que a Google oferece, exemplificando, com ajustes para a educação.
Quem se habilita?
Sobre o que seria esse portal sugerimos que tenha o formato de uma biblioteca para “livros”, ou seja, material organizado didaticamente para ensinar matérias formais, existentes em nossos cursos. Evidentemente esses livros deverão explorar o potencial do meio cibernético, agregando filmes, slideshows, álbuns de fotografias, links, opções para deficientes etc.
Cada matéria poderá oferecer mais de um “livro” sobre o mesmo assunto.
O portal teria contrato de acesso e remuneração de direitos autorais, pois esses “livros”, se produzidos com essa vontade pelos autores, podem ser chaveados, ter senhas e controles de utilização.
É extremamente importante a facilidade de acesso, simplificação de apresentação, algo parecido ao que temos nos blogs da blogspot.

João Carlos Cascaes
Curitiba, 09 de outubro de 2008.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Aulas de universidades britânicas serão oferecidas no iTunes

---------- Forwarded message ----------
From: Pucci
Date: Tue, 7 Oct 2008 17:09:48 -0300 (Hora oficial do Brasil)
Subject: Biblioteca On-Line e palestras por iTunes.
To: undisclosed-recipients

Aulas de universidades britânicas serão oferecidas no iTunes
Da BBC Brasil
As universidades de Oxford e Cambridge, na Grã-Bretanha, vão oferecer palestras de importantes acadêmicos no iTunes, o serviço de disponibilização de áudio pela Internet.
Cambridge disse que vai colocar o trabalho de seus prêmios Nobel ao alcance do grande público e Oxford anunciou que vai oferecer 150 horas de vídeo e áudio dos "grandes pensadores do mundo".
Outras universidades britânicas já vinham oferecendo palestras e aulas pela Internet.
Agora, Cambridge e Oxford, universidades de elite do país, decidiram seguir o exemplo e vão oferecer conteúdo educacional gratuitamente pelo iTunes.
Uma porta-voz da Universidade de Cambridge disse que a idéia é "levantar o véu" que cobre a universidade, usando iTunes para colocar palestras e aulas de seus especialistas em domínio público.
Biblioteca online
Segundo a porta-voz, o usuário poderá acessar, por exemplo, uma palestra do historiador David Starkey, música do coral do St John's College e aulas de físicos que vão "destrinchar a ciência" até as suas bases.
A Universidade de Oxford vai usar o iTunes para divulgar pesquisas e permitir que o público ouça os grandes pensadores do mundo falando sobre assuntos atuais, informou a instituição.
Entre as contribuições da universidade estarão o economista Joseph Stiglitz discutindo a crise financeira no mundo e o geneticista Craig Venter falando sobre genoma.
Também serão disponibilizadas informações sobre a universidade para estudantes em potencial.
Várias universidades da Grã-Bretanha instalaram serviços para baixar áudio de graça dentro da área de educação do iTunes (iTunes U, lançado pela Apple há um ano), entre elas, a University College London e a Open University.
O programa permite que as universidades criem uma biblioteca de palestras que podem ser ouvidas em computadores e iPods.
Cambridge já colocava material na Internet, mas a universidade diz que agora pela primeira vez, os arquivos estarão disponíveis em um lugar só, permitindo que as pessoas façam buscas "por todo o catálogo".
BBC Brasil

perfil de Jay Cross

Jay Cross is a champion of informal learning, web 2.0, and systems thinking. His calling is to help business people improve their performance on the job and satisfaction in life. He has challenged conventional wisdom about how adults learn since designing the first business degree program offered by the University of Phoenix three decades ago.


Now in its eleventh year, Internet Time Group LLC has provided advice and guidance to Cisco, Eaton, IBM, Sun, National Australia Bank, Intel, Genentech, Novartis, HP, the CIA, the World Bank, and numerous others. We are currently refining informal/web 2.0 learning management approaches that accelerate performance. We frequently lead "Adrenalin Shot Workshops" for corporate teams. MORE

Jay served as CEO of eLearning Forum for its first five years, was the first to use the term eLearning on the web, and has keynoted such conferences as Online Educa (Berlin), I-KNOW (Austria), Research Innovations in Learning (U.S.), Emerging eLearning (Abu Dhabi), Training (U.S.),Quality in eLearning (Bogota), LearnX (Melbourne), and Learning Technology (London).

He is the author of Informal Learning: Rediscovering the Natural Pathways that Inspire Innovation and Performance and other BOOKS and ARTICLES. Every day, thousands of people read his blogs, Internet Time and Informal Learning Blog.

Jay is a graduate of Princeton University and Harvard Business School. He and his wife Uta live with two miniature longhaired dachshunds in the hills of Berkeley, California.

http://www.jaycross.com

Jay Cross

Empreendimentos Inovadores




University for Industry Limited - UFI

http://www.ufi.com/home/section1/0_home.asp

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Apresentação - slides - LTDE

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Áudio Visual propondo o LTDE

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Ensinar não é fácil, mais ainda quando o ignorante é o professor.

Palavras provocativas, que exigem explicações.
A qualidade do ensino depende de diversos fatores, acima de tudo da vontade das autoridades educacionais e da disposição do próprio professor em querer estudar, aprender, afinal é impossível obrigar alguém a estudar, mais ainda se tiver estabilidade no emprego.
Vivemos tempos velocíssimos, cheios de novidades, dia a dia.
Como ensinar nessas condições? Usando a aula tradicional, alunos sentadinhos em suas cadeirinhas (até no terceiro grau) e o mestre "dando aula"?
As novas tecnologias podem, em curtíssimo prazo, atingir populações dispersas, distantes, bastando para tudo isso um kit "PC mais internet", portais construídos para isso e, eventualmente, instrutores, apoio pessoal. Dependendo da atividade do aluno, talvez na vida prática tenha adquirido mais conhecimentos do que a escola lhe dará, precisando mais do diploma do que da paciência de ficar milhares de horas sentado em uma carteira em alguma sala de aula.
Duvidando-se dos conhecimentos, aí sim, os exames de avaliação, tão rigorosos quanto forem possíveis.
Novas tecnologias merecem reflexões até cômicas, um exemplo, o filme apresentado adiante.
A história da Humanidade, contudo, mostra que as grandes nações tornaram-se fortes à medida que aproveitaram as ondas, as oportunidades.

Exemplificando:
A introdução da lâmpada e do uso da energia elétrica aconteceram nos EUA graças à inteligência de T. Edison, que além de dirigir os pesquisadores que criaram tantos produtos, fazia mídia forte, criava shows, lutava pela divulgação de suas idéias.
Henry Ford não foi menos realista e tão ou mais capaz que T.E... Usar automóvel deve ter sido um desafio colossal.
A inércia cultural é um problema grave, sabemos disso. Para dar impulso, mudar a constante de inércia, acrescentar energia, precisamos de muita força, de trabalho, de energia, não é simples, como estamos vendo na questão EAD e literatura digital.
Gutemberg e os livreiros tiveram um aliado forte, os luteranos, anciosos na divulgação da Bíblia.
Thomas Alva Edison, além de satisfazer seus interesses, apareceu com a energia elétrica quando as linhas de montagem careciam de energia para produzirem automóveis e Rockfeller sonhava com o império do petróleo; não devemos esquecer que o petróleo aciona motores que, por sua vez, empurram geradores de eletricidade.
Agora temos o desafio de educar para a sustentabilidade do planeta, como dizem.
Os 8 jeitos de mudar o mundo dependem de educação intensiva, urgente, maciça, de baixo custo, capaz de chegar a qualquer canto da Terra, sujeita a atualizações rápidas, com alto grau de compreensão, acessibilidade etc.
Ou seja, tudo precisando de novas técnicas de ensino e educação.
Temos a solução.
Vamos implementá-la?
O vídeo mostrado adiante é um excelente exemplo das dificuldades de introdução de produtos novos, tecnologias diferentes.
Os dois monges, um explicando ao outro o que é um livro, mostram de forma divertida o que significa isso, mesmo entre pessoas inteligentes.
Não deixem de ver

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Bibliotecas Eletrônicas

Catálogos Públicos


Los catálogos de biblioteca son los instrumentos de localización intermediarios entre los usuarios y los fondos documentales que albergan las bibliotecas. La mayoría de estos catálogos son hoy en día automatizados y, cada vez más frecuentemente, accesibles a través de Internet. A los propósitos de esta selección, nos focalizaremos en los catálogos de las bibliotecas nacionales (BN) y el de las bibliotecas universitarias (BU), tomando en consideración el tamaño de sus fondos (lo que hace su consulta inevitable), y con preferencia a la región de América Latina y el Caribe (ALC).



Biblioteca del Congreso (BN)
Biblioteca Británica (BN)
Biblitoteca Nacional de Francia (BN)
Biblioteca Nacional de Argentina (BN)
Biblioteca Nacional de Brasil (BN)
Biblioteca Nacional Española (BN)
Biblioteca Nacional de México (BN)
Biblioteca Nacional de Panamá (BN)
Biblioteca Nacional del Perú (BN)
Biblioteca Nacional de Venezuela (BN)


Existen igualmente catálogos de bibliotecas universitarias los cuales iremos consultando y reseñando en este apartado dependiendo de la pertinencia de dichos catálogos en materia de educación superior. Sin embargo, la consulta de muchos de esos catálogos está restringida a la comunidad universitaria de dicha universidad, razón por la cual sólo reseñaremos aquéllos de consulta abierta. Existen también bibliotecas universitarias que fusionan sus catálogos y conforman lo que se llaman Catálogos Colectivos; inclusive algunas integran aún más la gestión de sus trabajos técnicos (adquisiones, catalogación, etc.) y conforman los llamados Consorcios de Bibliotecas.



Red de Bibliotecas Universitarias de España (Rebiun).

Permite consultar los fondos de 61 bibliotecas universitarias y de investigación españolas.


Système universitaire de documentation (Sudoc).

Contiene más de 5 millones de referencias de fondos documentales albergados en bibliotecas universitarias francesas.


Catálogo Colectivo de las Bibliotecas Departamentales de la UNAM.

Contiene los registros de materiales bibliográficos adquiridos por compra, canje y donación por las 139 bibliotecas departamentales que conforman actualmente el Sistema Bibliotecario de la UNAM.


Base de Datos Unificada (BDU) de las bibliotecas universitarias argentinas.

Contiene un aproximado de casi un millón de registros bibliográficos provenientes de más de 40 bases de bibliotecas universitarias y otras instituciones. Incluye el acervo de la prestigiosa "Biblioteca Nacional de Maestros".


BASES DA DATOS


Las bases de datos documentales son fuentes secundarias en formato electrónico que, aunque no necesariamente, tienen un corte temático más especializado. La mayoría de las bases de datos que recogemos a continuación no son gratuitas, y su consulta obliga a contactar con sus productores y suscribir una suscripción. Justamente este es el papel que juegan muchas bibliotecas y centros de documentación a través de las cuales, su comunidad identificada/registrada de usuarios, tiene acceso a estas fuentes.

Asociación Nacional de Universidades e Instituciones de Educación Superior (ANUIES)

Centro de Información sobre la educación superior mexicana con posibilidad de acceder a su acervo bibliográfico en línea.

Digital Dissertations (antes conocida como Dissertation Abstracts)

Es producida por la University of Microfilms International (UMI) y gracias a ella se puede acceder a millón y medio de referencias bibliográficas sobre tesis leída en Estados Unidos de Norteamérica des 1861. Si se desea, y con cargos, se pueden obtener los textos completos de las tesis que deseen gracias al servicio complementario Dissertation Express.

Centro de Cooperación Regional para la Educación de Adultos en América Latina y el Caribe (CREFAL)

Centro de Estudios sobre la Universidad (CESU)

Adscrita a la UNAM, este centro de documentación contiene el acervo de desaparecido Centro de Investigaciones y Servicios educativos.

Current Contents (CC)

Ofrece las tablas de contenido de las revistas de mayor prestigio en ciencias exactas, y las ciencias sociales y humanidades. Un subproducto llamado CC/Social & Behavioral Sciences nos ofrece las tablas de contenido de más de 1620 revistas en esa categoría.

Global Book in Print. Recoge los libros en venta en lengua inglesa

Su ámbito temático es muy amplio pero su utilidad reside en que reúne, de manera controlada, la producción de libros en el Mundo con más de 9 millones de referencias. Se incluyen también e-books y permite descarga de las referencias bibliográficas a efectos catalográficos. El proveedor ofrece una versión de títulos en Español con autores de habla castellana.

ERIC

Esta base de datos pertenece a Educational Resources Information Centre del Departamento de Educación de Estados Unidos de Norteamérica. Esta base de datos es importansíma pues recoge literatura en materia de educación que data desde 1966, tanto artículos de revistas como monografías. Además, contiene más de 107.000 documentos a texto completo (1993-2004) gratuitos que anteriormente sólo eran accesibles por medios de pago.

Education-LINE

Elaborada por la Universidad de Leeds en Inglaterra, esta base de datos recoge -a texto completo- literatura gris en materia de educación desde 1966 hasta la fecha. Su acceso es gratuito. Los textos aquí cubiertos son igualmente indizados por the British Education Index.

Index to Theses

Accesible mediante pago, proporciona información sobre las tesis leídas desde 1970 en el Reino Unido e Irlanda.

Journal Citation Report

Esta base de datos es producida por Thomson Scientific (anteriormente International Scientific Information). Ella recoge las revistas de más de 3.300 editores en 60 países, y arregla los artículos por disciplina, en función de su factor de impacto en la disciplina, el número de citas que ha obtenido, etc. Es un excelente recurso para monitorear artículos en el área de educación superior que hayan tenido gran impacto, especialmente en el entorno anglosajón.

LATINO V

Este es el resultado de un proyecto cooperativo cuya primer producto (LATINO I) estuvo disponible en 1991. Este proyecto aglutina las bases de datos (123) de más de 16 países por lo que resulta una valiosa herramienta referencial. Las bases de datos se agrupan por el país de procedencia y, muchas de ellas, son especializadas en el área de educación como, por ejemplo, la base de datos BIBLO de la Escuela de Educación de la Universidad Central de Venezuela, EDUSUP en Educación Superior, las conocidas bases de datos de ALIDE, CEPAL, y otras.

Red Europea de Información Educativa (EURYDICE)

Su base de datos EURYDICE permite conocer los sistemas terciarios de educación de cada uno de los países que forman parte de esta Red. Presenta la información en Inglés y en la lengua oficial del país.

Redined

Base de datos sobre Investigaciones Educativas que mantiene el Ministerio de Educación y Cultura Español

REDUC

Red cooperativa de procesamiento y difusión de documentos en el campo de la educación para América Latina y el Caribe. Esta base de datos recoge más de 20.000 resúmenes de los documentos albergados y procesados por centros de información desperdigados en la región latinoamericana y caribeña, para hacerlos accesibles a través de microfichas que son producidas por el Centro Coordinador ubicado en Santiago de Chile.

TESEO

Esta base de datos de tesis doctorales -de acceso gratuito- es mantenida por el Ministerio de Educación y Ciencia del Estado Español, y permite recuperar información de las tesis doctorales leídas y consideradas aptas en las Universidades españolas desde 1976.

TESIUNAM

Es un catálogo electrónico (creado en 1986) que contiene la descripción de los registros de tesis (320.000) que generan los egresados que optan por algún grado académico: licenciatura, especialidad, maestría y doctorado de las diferentes carreras que se imparten en la UNAM; además de las licenciaturas de Universidades y Escuelas Incorporadas. Tiene por objetivo registrar y facilitar el acceso a la información contenida en las tesis que recibe por depósito en Biblioteca Central.

BUSCADORES Y WEBS EN INTERNET

El Internet ha venido a revolucionar el mundo de la información, y con él, la investigación en cualquier ámbito científico. El enorme vertido de contenidos que se hace en la RED obliga al uso de instrumentos para seleccionar aquella información que realmente nos interesa, y así orientar nuestra navegación. Los instrumentos que existen para esta finalidad son: a) buscadores basados en directorios o índices, b) buscadores en texto libre, y c) meta o multi buscadores. El directorio más conocido a nivel internacional es Yahoo!, pero también existen directorios de importantes en los llamados portales, como los que siguen y se circumscriben al área de educación:


EDUSO

EDUCAWEB

EDUFIND

Existen los buscadores de texto libre que recorren páginas web e indizan las palabras. Este proceso de realiza de manera automática por los robots de cada buscador, por lo que alcanzan a indizar una mayor cantidad de páginas pero con una precisión menor.


Google

Lycos

Altavista

All the Web

Infoseek

Excite

Hotbot

Ozú

La Brújula

A dónde? (Perú)

Ayantepui (Venezuela)


Finalmente, los llamados meta o multibuscadores que utilizan simultáneamente varios buscadores, es decir, no realizan por sí mismos la búsqueda sino que se apoyan en otros buscadores.

Kartoo

Matacrawler

Compendio

Ixquick


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E-textos
El Boletín E-textos es una publicación on line, de acceso público que persigue contribuir a difundir la producción científica e institucional generada en ámbitos académicos y de investigación en las Instituciones de Educación Superior en América Latina y el Caribe.


Los conceptos recogidos en los documentos electrónicos aparecidos en "E-textos-IESALC" son entera responsabilidad de sus autores. El IESALC presume la autoría de los artículos recibidos y capturados. Ante cualquier duda o reclamo fehaciente, el/los documentos cuestionado/s por derechos de copyright serán inmediatamente removidos. Él o los presuntos autores serán los únicos responsables legales por el material presentado. De igual manera, las opiniones vertidas por los autores en estos documentos digitales son de su entera responsabilidad.


Este apartado recoge el aporte de nuestros colaboradores espontáneos y de los esfuerzos propios en la pesquisa del Internet.

Por último, el IESALC agradece las aportaciones recibidas y aupa a seguir fortaleciendo esta plataforma libre y abierta de divulgación de información en materia de educación superior latinoamericana y caribeña."


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quarta-feira, 9 de julho de 2008

Lilla G. Frederick Pilot Middle School

The Mission of the Lilla G. Frederick Pilot Middle School is to provide students in grades six through eight with a rigorous academic curriculum within a stimulating and nurturing environment.

Our school serves the whole child – mind, body, and spirit – as well as families and the community in which our children reside.

The roots of the child – family, heritage, and community – are explored and affirmed as a source of knowledge, connection and pride. We strive to help students develop a strong sense of belonging by providing nurturing adults who work within small academies – four learning communities within the school.

Inquiry, exploration, experience, connections and hands-on learning all facilitate and complement the core academic curricula and support our vision of developing life long learners.

Lilla G. Frederick Pilot Middle School
270 Columbia Road
Dorchester, MA 02121
PH: (617) 635-1650
FAX: (617) 635-1637

TI muda salas de aula

BOSTON - De cursos online a laptops fáceis de usar por crianças e professores virtuais, a tecnologia está se expandindo nas salas de aula dos Estados Unidos, reduzindo a necessidade de livros didáticos, cadernos, papel e, em certos casos, das escolas em si.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Sutilezas do EAD e o LTDE

Sutilezas do EAD
O ensino virou uma indústria e a educação se perde na fragilidade de nossas escolas. O Brasil mostra estatísticas vergonhosas e os desafios do terceiro milênio são maiores quando sentimos o grau de despreparo de nossa população. É mais do que evidente o nosso atraso. Qualquer análise mostra cenários deploráveis, principalmente quando os comparamos com os apresentados pelos países mais desenvolvidos, vergonhosos ao nos compararmos a nações semelhantes à nossa.
Precisamos repensar nossos processos de formação de cidadãos e profissionais com urgência, tendo coragem e honestidade intelectual para contestar e propor soluções reais, coerentes com as nossas possibilidades e atentos ao que pretendemos para as gerações que estão se formando, preparando-as para o mercado de trabalho e o convívio social.
A insistência em processos caros, inacessíveis ao nosso povo é condenável diante da gravidade da situação. Precisamos encontrar soluções de baixo custo e eficazes, de aplicação rápida, com capilaridade, capazes de atingir qualquer região de nosso país de dimensões continentais.
A urbanização é um processo inexorável, um impulso natural em que se produz novos comportamentos, demanda soluções inteligentes, ajustes a processos que se exaurem nos excessos praticados.
Naturalmente os brasileiros poderiam optar pela vida nos padrões do século 19, talvez reforçando a reforma agrária e fixando nosso povo no mato. Será esse o nosso ideal de Brasil? Independentemente das visões ideológicas ou estratégicas existentes, é mais do que evidente a necessidade urgentíssima de preparação dos jovens brasileiros para o mercado de trabalho, transmitindo-lhes também conhecimento de comportamentos seguros (higiene, segurança, primeiros socorros etc.) e cidadania de modo geral. A visão de milhares de catadores de lixo nas cidades grandes, de favelas que não param de crescer e a cooptação pelo crime organizado de gente desesperada ou por outras minorias atentas aos miseráveis é uma demonstração da falência do nosso sistema de ensino, que não forma trabalhadores e cidadãos nem para o ambiente rural, muito menos para o urbano.
O presente e o futuro exigem domínio tecnológico, conhecimento profundo dos impactos de qualquer atividade, competitividade, responsabilidade social e racionalidade total. Estamos atrasados e isso é fácil de se ver no desespero de especialistas e lideranças civis quando discutem os problemas do Brasil atual. Não faz sentido falar mal de nosso povo, isso não resolve, o que é mais do que justo e necessário é massificar a educação técnica e comportamental para que se promovam as mudanças em curto prazo.
Os desafios do terceiro milênio exigem ações que estão demorando. Para vencê-los impõe-se um processo gigantesco de formação, educação e apoio contínuo, ao sabor das novidades que vamos descobrindo dia a dia. Ou seja, informação imediata, formação atualizada permanentemente, acessibilidade aos meios de informação e formação, inovação de processos e materiais de consumo no estudo.
Nota-se que mesmo instituições de ensino tradicionais precisam de mudanças. O ensino convencional não está produzindo profissionais como precisamos. O noticiário tem mostrado desastres absurdos, falhas inacreditáveis e acidentes que poderiam ser evitados se nossos profissionais tivessem melhor preparo. Isso atinge todos os níveis de formação, inclusive na área da Engenharia. Sobre essa profissão tivemos um trabalho interessantíssimo organizado dentro do sistema Confederação Nacional da Indústria (CNI) pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), contendo propostas da iniciativa privada para melhoria e modernização dos cursos de engenharia no Brasil
Vale destacar algumas recomendações e avaliações do O INOVA ENGENHARIA, [documento] de ampla divulgação no ambiente da CNI e Academia:
 As tradicionais aulas expositivas, baseadas no uso intensivo do quadro negro e de exposição verbal de conhecimentos deveriam ser substituídas por sistemas mais eficientes e participativos.
 Deveria ser feito um esforço para a produção de materiais didáticos que lançassem mão de todos os modernos recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), especialmente softwares interativos, filmes em vídeo, etc. (que dentro de um CD, DVD ou pendrive poderá ser o que chamamos de Livro Técnico Didático Eletrônico, desde que organizado de forma a ter qualidade pedagógica e didática, comentário nosso).
 A relevância disso reside no fato de que essas tecnologias potencializam a interação nas aulas, evitando que sejam meras apresentações unidirecionais.
 Deve-se promover, incentivar e difundir intensamente o uso das TICs na educação em engenharia. Isso é essencial por três motivos fundamentais:
1. Primeiro, essas tecnologias favorecem que se substituam aulas massificadas e monótonas por programações individuais de estudos, nas quais o aluno pode participar ativamente do processo educativo, elegendo meios, pesquisando, tomando decisões sobre como quer aprender e o que lhe interessa mais.
2. Em segundo lugar, essa maior autonomia, associada à necessidade de ter mais iniciativa no processo de aprendizagem, é essencial para que o estudante desenvolva uma habilidade que lhe será vital ao longo de toda a sua vida profissional: a capacidade de aprender por conta própria, de ter autonomia para buscar conhecimentos, elemento indispensável para sua atualização constante.
3. Em terceiro lugar, as TICs são um elemento-chave da modernização tecnológica dos processos produtivos. A difusão acelerada dessas novas tecnologias de comunicação e informação vem promovendo profundas transformações na economia mundial e está na origem de um novo padrão de competição, pelas perspectivas de melhoria de produtividade que oferecem. No Brasil, a baixa difusão do uso dessas tecnologias na área industrial representa uma evidente desvantagem das empresas nacionais com relação aos seus concorrentes internacionais.
Naturalmente devemos investir muito em educação. A qualidade de nossas escolas precisa melhorar. Precisamos perguntar, contudo, que tipo de escola?
O ensino convencional possui características extremamente diferenciadas à medida que sobe de nível. Se no primeiro grau lidamos com crianças que precisam de tudo, inclusive da merenda escolar e de abrigo quando os pais estão trabalhando, ao final do segundo grau em diante o aluno vai se transformando em adulto, precisando trabalhar, sustentar sua família, ganhando consciência de sua individualidade e necessidade de ser útil. O cenário se agrava quando o jovem constitui família e precisa trabalhar, diminuindo sua disponibilidade para freqüência a uma escola convencional com suas carteiras, salas, professores fazendo chamada, hora definida até para ir ao banheiro...
No processo convencional temos, ao longo da história, a preocupação de formar pessoas para o exercício militar, clero e operariado. Nessas condições disciplinar foi uma ênfase importantíssima. Pessoas servis, atentas à bajulação do ser superior de plantão era a principal meta. A aristocracia sempre teve alternativa, pois nela procurava-se formar líderes...
Felizmente a evolução da humanidade criou cenários diferentes, viabilizando o culto à liberdade, independência, criatividade, fraternidade e responsabilidade sob direitos e deveres do indivíduo, ente a ser valorizado para se contrapor aos rigores de ambientes mais e mais controlados.
A tecnologia viabiliza sistemas e equipamentos fantásticos. Quem em sã consciência acreditaria, há meio século, que agora teríamos comunicação portátil quase instantânea com qualquer parte do planeta? Aviões e navios gigantescos com tudo o que encontramos dentro deles? Computadores fazendo maravilhas? Tudo isso viabilizando novos processos de trabalho, convivência, ensino, educação etc?
E a consciência de que precisamos racionalizar a nossa maneira de viver sob pena de morrermos asfixiados em gases que liberamos? Deslocando-se em veículos motorizados para lá e para cá, muitas vezes desperdiçando tempo valioso? Desgastando-se, perdendo produtividade? Usando vias que precisam de asfalto, de espaços que fazem falta ao cidadão comum?
Em favor do meio ambiente e da necessidade urgente de se transmitir informações de forma organizada, rápida e eficaz devemos mudar nossos paradigmas de transmissão de conhecimentos, aceitando e potencializando o que nossos garotos já descobriram. A internet veio para ficar e com ela uma coleção de recursos de processamento de informações, tudo se somando às maravilhas dos aparelhos de som, televisão, gravação, fotografia, filmagens etc. Nosso desafio é usar tudo isso de maneira eficaz.
Temos, em princípio, dois cenários importantes: o ensino formal, regulado pelo governo, e o informal, livre e mais acessível ao mercado de trabalho. No primeiro caso o estudante leva anos para chegar ao nível profissional, saindo da escola normalmente com uma base teórica mas sem definições claras de aplicação dos seus estudos. No segundo circuito o ensino passa mais pela condição de treinamento, com a criação de uma base específica, pouco flexível. Entre esses dois extremos poderemos imaginar uma coleção de padrões que serão possíveis e/ou desejáveis, conforme a situação do aluno e do mercado de trabalho.
Em todas as situações notamos a ausência de livros técnicos de boa qualidade e acessíveis à maioria dos estudantes, destacando-se nessa condição negativa aqueles que se apresentam com necessidades especiais, pessoas com alguma espécie de deficiência, sem esquecer a econômica, a mais grave barreira que nossos jovens enfrentam.
O Global Fórum America Latina reforçou-nos a certeza de que o ensino precisa ser reformulado para poder vencer os desafios do século 21. A necessidade urgente de mudança de paradigmas e os ajustes para a reversão da degradação ambiental não podem esperar a conclusão de processos de discussão, avaliação e ação típicos de nossos profissionais convencionais.
Temos que implementar ações emergenciais.
Entre as recomendações do GFAL vimos a necessidade de se reformar o programa de ensino colocando-se com ênfase a sustentabilidade planetária. Ótimo, e o ensino no Brasil? Atende o convencional? Como avançar? Se não fazemos o básico, conseguiremos algo melhor?
Felizmente as oportunidades de mudança são tantas, que ninguém conseguirá impedir a revolução educacional em andamento, seja pela mídia ou em cursos regulares.
Internet, laptops, pendrives, os satélites de comunicação, as fibras óticas, tudo veio para mudar. Invenções e recursos importantíssimos aparecem todo dia. Quando descobrimos que em nossas grandes cidades os alunos perdem mais tempo no trânsito do que em sala de aula, que nossas escolas estão virando pátios de estacionamento e deixando de ter laboratórios, museus e bibliotecas, que inúmeras salas de aula e corredores consomem energia esperando alunos que se dispersam na luta pela vida, que nossos professores raramente acompanham o progresso da ciência, presos que estão a palcos denominados salas de aula, ganhamos a convicção de que insistimos em modelos superados...
O Brasil ainda mostra o desafio de seu gigantismo, a necessidade de se levar o ensino a estudantes dispersos em oito e meio milhões de quilômetros quadrados. Um percentual vergonhoso de jovens carece de atenção, de acessibilidade à cultura, a profissões que precisam para poderem trabalhar e serem úteis à nação.
Agravando tudo não dispomos de literatura técnica suficiente, de boa qualidade, acessível a todos. Os melhores livros são caros, quando existem estão disponíveis nas escolas mais elitizadas e tornam-se alvo de copiadoras que a polícia apreende sempre que o pessoal dos direitos autorais identifica o “crime”.
Temos solução.
Livros técnicos didáticos podem ser expandidos, enriquecidos por filmes, legendas, links, laboratórios virtuais, museus virtuais, tudo isso instalado em pendrives, DVDs ou disponibilizados via internet. Há como produzir material de consulta de boa qualidade, infinitamente melhor do que o oferecido pelos maçudos livros ou apostilas improvisadas. Melhor ainda, inserindo-se merchandising podemos reduzir custos, viabilizando a distribuição àqueles mais pobres em recursos materiais, ricos em potencial de aprendizado.
No GFAL tivemos a honra de ver e ouvir a palestra do Dr. Ram Charan. Este senhor, consultor de empresários e empresas de porte gigantesco, deu-nos referências, conselhos, método para soluções ousadas e adequadas ao nosso terceiro mundo.
Disse Ran Charam: . As empresas podem usar a mente, o raciocínio para projetar sistemas que permitam tornar um produto ou serviço acessível, na base, por exemplo, de 1 dólar. "Não ter dinheiro é uma situação que força a inovação", disse Charan.
Ou seja, podemos e devemos implementar sistemas educacionais compatíveis com os nossos recursos e necessidades. O Ensino à distância aliado à formação de bibliotecas eletrônicas é a base da solução rápida e com certeza eficaz num mundo que precisa aprender a evitar deslocamentos inúteis e desperdícios de toda espécie.
Note-se que via internet podemos implementar material de consulta e cursos que poderão ser atualizados diariamente, serem utilizados por qualquer cidadão que tenha contato com a rede mundial de comunicação, obter “feedback”, interagir com pessoas que, onde quer que estejam, saibam se comunicar na língua da fonte do material de ensino. Melhor ainda, os recursos eletrônicos viabilizam o acesso à informação a pessoas com necessidades especiais. Deficientes auditivos, visuais, físicos e mentais têm por aí a oportunidade de compensar a frieza das salas de aula e a impenetrabilidade de muitos livros (e professores...).
Isso não é novidade no Primeiro Mundo. Não é sem razão que estão à nossa frente anos luz de cultura técnica. Distanciamo-nos à medida que supervalorizamos corporações e os paradigmas de nossos avós. Nesse sentido vale ler, estudar e discutir o livro da Dra. Gina Gulineli Paladino, Empreendimentos Inovadores, relatos de uma jornada na Europa. Nesse livro veremos como os europeus estão à nossa frente. Se isso não bastasse, quem puder deveria ler o artigo da Revista Seleções, “O ensino que veio do céu”, artigo publicado em abril de 1962, mostrando a ousadia e inteligência dos norte americanos,, de quem adoramos tanto falar mal... Até nos EUA o desafio de ensinar não foi vencido plenamente, na auto biografia do Dr. Alan Greenspan, ex presidente do FED – Federal Reserve Bank, o autor destaca a carência de professores em Matemática naquela grande nação, mostrando, aí, que a existência de mestres nas escolas depende muito de um mercado de trabalho mais e mais competitivo.
É hora de mudar. Existem iniciativas. Temos exemplos brasileiros ainda que tímidos. A maioria de nossas escolas, contudo, permanece presa a conveniências comerciais e corporativas.
Em nosso cenário podemos e devemos investir em material e cursos que o estudante possa utilizar em suas horas livres da luta pela sobrevivência. Aulas que possa repetir exaustivamente, que tenha como utilizar ainda que tenha alguma deficiência sensorial, motora e/ou mental. Material que apóie o professor, que lhe dê condições de atualização e aplicação em seus cursos. Que seja acessível a todos, que não dependa de investimentos além da capacidade de nossos professores, alunos e escolas.
O ensino “off line”, assíncrono, livre e contínuo deve ser a nossa meta diante das dificuldades e custos do EAD com salas virtuais, um padrão de ensino excludente à medida que obriga o estudante a sincronizar suas atividades (e orçamento) com a da escola. Diplomas, que sejam dados em provas feitas à semelhança dos exames da OAB, exemplo maravilhoso de inteligência de uma entidade que honra a história de nosso país. Não importa onde o bacharel obteve seu diploma, o fundamental é que seja aprovado no exame da Ordem para poder exercer a profissão de advogado. Perfeito!
Nossas escolas precisam ser reformadas, diminuírem o desperdício de espaços, de energia. Ganhar eficácia tem que ser a grande meta. São templos à inteligência? Que o demonstrem.
Aliás, falou-se muito no GFAL que estamos entrando na fase da Responsabilidade Social, pode ser, com certeza, entretanto, chegaremos ao momento da necessidade de racionalização total; se o ser humano se diz inteligente, está na hora de prová-lo, mudando, entre outras coisas, seus processos de ensino e aprendizado.
Há três séculos a industrialização exigiu modelos de disciplina que eram o sonho dos militares, dos padres e sacerdotes. Disciplina, disciplina e disciplina treinando as crianças, os jovens e os adultos a serem passivos, obedientes, a seguirem como se fossem autômatos para salas de aula, igrejas, quartéis, grandes plantações e fábricas.
Felizmente os tempos mudaram e agora vivemos uma época em que a criatividade é uma qualidade de grande valor e a luta contra hábitos poluidores, inclusive as guerras, é prioridade da humanidade mais consciente dos verdadeiros valores humanos.
É muito difícil para crianças e jovens saudáveis e inteligentes aceitarem a disciplina típica de escolas antigas, onde entrar, rezar, calar e ouvir o mestre era a regra na maioria dos colégios.
Os tempos mudaram. Há algumas décadas alguns educadores partiram para a tese de se promover o estudo orientado em lugar das aulas expositivas. Cá entre nós, “hooo coisa chata” ser obrigado todo dia ou noite ir a algum lugar e ser obrigado a acompanhar aulas nem sempre didáticas, em situações que muitas vezes nem o professor agüenta, ainda mais em nosso país, onde o mestre é um profissional mal pago, não raramente pessimamente apoiado pelas escolas, ministrando aulas para salas heterogêneas em que alunos freqüentemente exaustos se sentam à frente dos professores pensando em uma maneira de pagar a mensalidade ao final do mês e o feijão de seus filhos.
Maravilhosamente podemos mudar os padrões de ensino radicalmente.
Com a Internet e a possibilidade de se criar bibliotecas eletrônicas, laboratórios e museus virtuais podemos multiplicar salas de aula, sem necessidade de transmissão simultânea (solução cara, com todos os defeitos de aula presencial), atingindo a maior parte dos estudantes em potencial de nosso país. Em clubes, salas comunitárias e mesmo em salas de aula isoladas, com o apoio de professores locais, monitores, técnicos em informática etc. há como utilizar DVDs, Internet e outros equipamentos completando um padrão de ensino que poderá ser avaliado em exames periódicos, feitos por bancas independentes.
O fundamental nesse contexto é a existência de portais de alta confiabilidade, cursos auditados, TICs (LTDE) com selo de qualidade, ou seja, aprovados e indicados principalmente pelos empresários urbanos e rurais, por aqueles que precisam de bons profissionais. O estudante é ingênuo e dificilmente dominará esse cenário, precisa ter onde se apoiar. Nada melhor do que a mobilização de entidades patronais para a implementação de pesquisas permanentes de qualidade e custo de cursos EAD e TICs.
Nossas universidades poderão se transformar em locais de encontro entre mestres e alunos, em função de necessidades eventuais, e também em entidades responsáveis pela produção de material didático a ser utilizado dentro dos padrões mais modernos de comunicação. Aqui nos damos o direito de lembrar a qualidade excepcional dos laboratórios do Instituto Eletrotécnico de Itajubá (IEI) quando nele ingressamos em 1964, Escola Federal de Engenharia de Itajubá, EFEI, em 1968. Equipamentos bem projetados em ambientes feitos para o uso dos alunos e professores, eram laboratórios operacionais e não salas para visita de turista ou deleite de PHDs. Não é de graça que essa escola formou tantos profissionais que se destacaram no setor elétrico brasileiro...
Os laboratórios, as boas bibliotecas e os museus são lugares para freqüência física dos alunos mas, quando distantes dos estudantes, têm como serem ajustados a modelos virtuais. A ciência e a indústria sabem fazê-lo, o Vale do Silício que o diga.
Liberar o aluno de freqüência obrigatória a aulas convencionais será extremamente importante para os mais pobres, os estudantes com necessidades especiais, para todos aqueles que por uma razão ou outra tiverem dificuldade de deslocamento para algum lugar fixo, para onde irá com todos os riscos e danos a ele e ao meio ambiente.
O profissional não é uma pessoa que antes de sair para cumprir suas tarefas tem aulas de seus chefes. Talvez uma explicação para a existência de tão grande quantidade de profissionais medíocres seja a forma de criá-los, construídos em escolas disciplinadoras, castradoras, destruidoras da criatividade e, acima de tudo, inibidoras da responsabilidade que o futuro diplomado deverá ter. Ou seja, ele, o estudante, é o principal construtor de sua personalidade e para tanto deverá estudar, independentemente da presença ou não de algum professor à sua frente.
Não é segredo para ninguém que muitas universidades se transformaram em fábricas de diplomas. O problema no Brasil é tão grave que a OAB, como já o dissemos neste artigo, resolveu aplicar exames para habilitar o bacharel a ser advogado. Brilhante solução num país em que falta, acima de tudo, senso de responsabilidade.
Nossa proposta de formação de bibliotecas eletrônicas vem nesse sentido. Além de procurar suprir uma carência monumental de livros técnicos, pretende-se atingir qualquer pessoa disposta a estudar. Paralelamente devemos rever regras e normas escolares. Elas podem ser muito convenientes a determinados tipos de alunos, mestres e empresários do setor educacional, faturando em cima da ignorância de nosso povo, estão, entretanto, atrapalhando a formação de brasileiros que precisam entrar no mercado de trabalho, principalmente as pessoas com necessidades especiais, portadoras de restrições sensoriais, físicas, mentais ou, o que não é raro, uma associação delas.
Nossa convicção é a de que o custo e a pequeníssima oferta de livros técnicos é uma das responsáveis pela diminuição da eficácia do ensino superior no Brasil, país de língua portuguesa, com um mercado nessa área reduzido, se comparado às nações de línguas dominantes. Outra conseqüência natural é a perda de eficácia no exercício de profissões de nível superior, pois a literatura técnica é fundamental e nas condições atuais um privilégio daqueles que têm domínio em línguas estrangeiras e recursos para adquirir os livros que precisarem.
Acreditamos que com a Internet, o espaço web é o ideal para divulgação de obras didáticas, livros feitos para apoio a alunos e professores em suas aulas, mais ainda se esses livros não gerarem custos além da impressão de textos, a critério dos interessados. Denominando-os provisoriamente de LTDEs, esses livros, imaginamos a possibilidade de produzi-los em parceria com as universidades ou, simplesmente, de vê-los implantados dentro de programas institucionais ou empresariais, com potencial comercial.
No Paraná podemos imaginar o potencial de produção de empresas como a SANEPAR, COPEL, CELEPAR e as universidades estaduais, onde centenas de grandes mestres teriam como criar em curto prazo TICs (LTDE) de excelente qualidade, contribuindo, paralelamente, para elevar a imagem de nosso estado no cenário nacional e em países de língua portuguesa, não esquecendo que a tradução para outras línguas é algo muito fácil com os recursos existentes.
Obviamente poderão ser objeto de exploração comercial agregando publicidade e vinculações de interesse empresarial. O fundamental é que a Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos - BEletronTD a ser formada com os LTDEs tenha um custo que o estudante e o profissional suportem. Aliás, o LTDE poderia ter uma versão para o estudante e outra para o profissional formado.
Os recursos de comunicação modernos permitem essa nova estratégia de apresentação da literatura técnica, algo absolutamente necessário diante dos desafios do século 21. Literatura em ambiente eletrônico, obras completas e feitas para esse fim, podem ser a base de consulta e estudo dos universitários e profissionais de nível superior.
A maior parte dos estudantes universitários em nosso país é formada por pessoas de capacidade financeira reduzida, com limitações de consulta e de posse de livros técnicos de toda espécie.
Há uma enorme falta de livros bons em língua portuguesa, atualizados, cobrindo as exigências dos cursos regulares de nossas universidades e escolas técnicas. Temos também um ambiente de dificuldades financeiras para o estudante comum além da simples existência de livros. A solução exige uma mudança de paradigmas e a ousadia aliada à capacidade de implementação de soluções modernas e baratas.
Nota-se em livrarias convencionais que o livro técnico não é prioridade. Percebe-se que em suas prateleiras dá-se preferência àquelas obras mais populares. Em prejuízo do estudante e do profissional formado, a carência de fontes de consulta formais, feitas com qualidade didática, é flagrante e preocupante. Nosso país precisa crescer, como avançar sem uma base literária consolidada, atualizada e acessível a todos?
Pode-se registrar que algumas universidades já possuem suas bibliotecas e padrões equivalentes de comunicação, oferecidos exclusivamente a seus alunos.
A criação de uma Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos – BeletronTD - em ambiente da web, com LTDEs ofertados sem custo para os acessantes (custos de edição e operação mantidos por inserções de mídia, doações, fundos setoriais, recursos dedicados à cultura etc.) ou oferecidos a preços suportáveis pelos nossos estudantes, é uma forma de universalização da cultura técnica e de garantir uma base mínima de qualidade em literatura técnica em nosso país.
Pode-se, facilmente, criar roteiros para livros que seriam selecionados em concursos ou escolhidos por notória competência dos autores. Os cursos regulares têm para todas as suas cadeiras programas detalhados que podem ser roteiros para elaboração e seleção de contribuições.
Nas escolas as ementas dos cursos são um roteiro perfeito para a edição de livros, condição normalmente atendida dentro das universidades, muitas vezes de forma precária (apostilas, colagens, cópias não autorizadas etc) em prejuízo do público interno e externo (já diplomado, à medida que não se criam condições de acesso à cultura técnica para o profissional já formado).
Entendemos que instituições com as atribuições, o prestígio e a competência das nossas universidades poderão ser instrumentos de projetos a favor da universalização da cultura técnica em nosso país, valorizando, outrossim, sua atuação social e reforçando sua imagem perante o povo brasileiro.
Com ação independente ou em conjunto com outras entidades há como produzir em prazo relativamente curto uma biblioteca de excelente qualidade, ainda que restrita à natureza dos seus profissionais.
É importante lembrar que a Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos – BeletronTD será especialmente útil aos deficientes. Sendo livros didáticos sem limitação de tamanho, número de páginas, podendo conter explicações mais detalhadas e apresentação de laboratórios e bibliotecas virtuais (lincadas) serão altamente eficazes no apoio ao estudo, ainda que à distância, se necessário. O LTDE poderá, assim, ser extremamente útil a todos as pessoas com necessidades especiais, desde que produzido de forma adequada.
Aliás, vale uma reflexão sobre o mito da “Inclusão”. De que jeito integrar o aluno com necessidades especiais se a escola, os professores, o material didático, os programas, o sistema de transporte coletivo, as calçadas e a população, enfim, não estão preparados para essa fantasia, sonho, esperança?
É bom enfatizar que livros técnicos são necessários a todos, estudantes e profissionais. As atividades humanas evoluem demandando gente bem preparada para o exercício das muitas profissões existentes.
Concluindo solicitamos o apoio da FIEP, do IEP, CREA-PR, UTFPR, UFPR etc na identificação de uma solução para implementação desse projeto que, temos certeza, dignificará a instituição.

João Carlos Cascaes
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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Sutilezas do EAD e o LTDE

Sutilezas do EAD
O ensino virou uma indústria e a educação se perde na fragilidade de nossas escolas. O Brasil mostra estatísticas vergonhosas e os desafios do terceiro milênio são maiores quando sentimos o grau de despreparo de nossa população. É mais do que evidente o nosso atraso. Qualquer análise mostra cenários deploráveis, principalmente quando os comparamos com os apresentados pelos países mais desenvolvidos, vergonhosos ao nos compararmos a nações semelhantes à nossa.
Precisamos repensar nossos processos de formação de cidadãos e profissionais com urgência, tendo coragem e honestidade intelectual para contestar e propor soluções reais, coerentes com as nossas possibilidades e atentos ao que pretendemos para as gerações que estão se formando, preparando-as para o mercado de trabalho e o convívio social.
A insistência em processos caros, inacessíveis ao nosso povo é condenável diante da gravidade da situação. Precisamos encontrar soluções de baixo custo e eficazes, de aplicação rápida, com capilaridade, capazes de atingir qualquer região de nosso país de dimensões continentais.
A urbanização é um processo inexorável, um impulso natural em que se produz novos comportamentos, demanda soluções inteligentes, ajustes a processos que se exaurem nos excessos praticados.
Naturalmente os brasileiros poderiam optar pela vida nos padrões do século 19, talvez reforçando a reforma agrária e fixando nosso povo no mato. Será esse o nosso ideal de Brasil? Independentemente das visões ideológicas ou estratégicas existentes, é mais do que evidente a necessidade urgentíssima de preparação dos jovens brasileiros para o mercado de trabalho, transmitindo-lhes também conhecimento de comportamentos seguros (higiene, segurança, primeiros socorros etc.) e cidadania de modo geral. A visão de milhares de catadores de lixo nas cidades grandes, de favelas que não param de crescer e a cooptação pelo crime organizado de gente desesperada ou por outras minorias atentas aos miseráveis é uma demonstração da falência do nosso sistema de ensino, que não forma trabalhadores e cidadãos nem para o ambiente rural, muito menos para o urbano.
O presente e o futuro exigem domínio tecnológico, conhecimento profundo dos impactos de qualquer atividade, competitividade, responsabilidade social e racionalidade total. Estamos atrasados e isso é fácil de se ver no desespero de especialistas e lideranças civis quando discutem os problemas do Brasil atual. Não faz sentido falar mal de nosso povo, isso não resolve, o que é mais do que justo e necessário é massificar a educação técnica e comportamental para que se promovam as mudanças em curto prazo.
Os desafios do terceiro milênio exigem ações que estão demorando. Para vencê-los impõe-se um processo gigantesco de formação, educação e apoio contínuo, ao sabor das novidades que vamos descobrindo dia a dia. Ou seja, informação imediata, formação atualizada permanentemente, acessibilidade aos meios de informação e formação, inovação de processos e materiais de consumo no estudo.
Nota-se que mesmo instituições de ensino tradicionais precisam de mudanças. O ensino convencional não está produzindo profissionais como precisamos. O noticiário tem mostrado desastres absurdos, falhas inacreditáveis e acidentes que poderiam ser evitados se nossos profissionais tivessem melhor preparo. Isso atinge todos os níveis de formação, inclusive na área da Engenharia. Sobre essa profissão tivemos um trabalho interessantíssimo organizado dentro do sistema Confederação Nacional da Indústria (CNI) pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), contendo propostas da iniciativa privada para melhoria e modernização dos cursos de engenharia no Brasil
Vale destacar algumas recomendações e avaliações do O INOVA ENGENHARIA, [documento] de ampla divulgação no ambiente da CNI e Academia:
 As tradicionais aulas expositivas, baseadas no uso intensivo do quadro negro e de exposição verbal de conhecimentos deveriam ser substituídas por sistemas mais eficientes e participativos.
 Deveria ser feito um esforço para a produção de materiais didáticos que lançassem mão de todos os modernos recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), especialmente softwares interativos, filmes em vídeo, etc. (que dentro de um CD, DVD ou pendrive poderá ser o que chamamos de Livro Técnico Didático Eletrônico, desde que organizado de forma a ter qualidade pedagógica e didática, comentário nosso).
 A relevância disso reside no fato de que essas tecnologias potencializam a interação nas aulas, evitando que sejam meras apresentações unidirecionais.
 Deve-se promover, incentivar e difundir intensamente o uso das TICs na educação em engenharia. Isso é essencial por três motivos fundamentais:
1. Primeiro, essas tecnologias favorecem que se substituam aulas massificadas e monótonas por programações individuais de estudos, nas quais o aluno pode participar ativamente do processo educativo, elegendo meios, pesquisando, tomando decisões sobre como quer aprender e o que lhe interessa mais.
2. Em segundo lugar, essa maior autonomia, associada à necessidade de ter mais iniciativa no processo de aprendizagem, é essencial para que o estudante desenvolva uma habilidade que lhe será vital ao longo de toda a sua vida profissional: a capacidade de aprender por conta própria, de ter autonomia para buscar conhecimentos, elemento indispensável para sua atualização constante.
3. Em terceiro lugar, as TICs são um elemento-chave da modernização tecnológica dos processos produtivos. A difusão acelerada dessas novas tecnologias de comunicação e informação vem promovendo profundas transformações na economia mundial e está na origem de um novo padrão de competição, pelas perspectivas de melhoria de produtividade que oferecem. No Brasil, a baixa difusão do uso dessas tecnologias na área industrial representa uma evidente desvantagem das empresas nacionais com relação aos seus concorrentes internacionais.
Naturalmente devemos investir muito em educação. A qualidade de nossas escolas precisa melhorar. Precisamos perguntar, contudo, que tipo de escola?
O ensino convencional possui características extremamente diferenciadas à medida que sobe de nível. Se no primeiro grau lidamos com crianças que precisam de tudo, inclusive da merenda escolar e de abrigo quando os pais estão trabalhando, ao final do segundo grau em diante o aluno vai se transformando em adulto, precisando trabalhar, sustentar sua família, ganhando consciência de sua individualidade e necessidade de ser útil. O cenário se agrava quando o jovem constitui família e precisa trabalhar, diminuindo sua disponibilidade para freqüência a uma escola convencional com suas carteiras, salas, professores fazendo chamada, hora definida até para ir ao banheiro...
No processo convencional temos, ao longo da história, a preocupação de formar pessoas para o exercício militar, clero e operariado. Nessas condições disciplinar foi uma ênfase importantíssima. Pessoas servis, atentas à bajulação do ser superior de plantão era a principal meta. A aristocracia sempre teve alternativa, pois nela procurava-se formar líderes...
Felizmente a evolução da humanidade criou cenários diferentes, viabilizando o culto à liberdade, independência, criatividade, fraternidade e responsabilidade sob direitos e deveres do indivíduo, ente a ser valorizado para se contrapor aos rigores de ambientes mais e mais controlados.
A tecnologia viabiliza sistemas e equipamentos fantásticos. Quem em sã consciência acreditaria, há meio século, que agora teríamos comunicação portátil quase instantânea com qualquer parte do planeta? Aviões e navios gigantescos com tudo o que encontramos dentro deles? Computadores fazendo maravilhas? Tudo isso viabilizando novos processos de trabalho, convivência, ensino, educação etc?
E a consciência de que precisamos racionalizar a nossa maneira de viver sob pena de morrermos asfixiados em gases que liberamos? Deslocando-se em veículos motorizados para lá e para cá, muitas vezes desperdiçando tempo valioso? Desgastando-se, perdendo produtividade? Usando vias que precisam de asfalto, de espaços que fazem falta ao cidadão comum?
Em favor do meio ambiente e da necessidade urgente de se transmitir informações de forma organizada, rápida e eficaz devemos mudar nossos paradigmas de transmissão de conhecimentos, aceitando e potencializando o que nossos garotos já descobriram. A internet veio para ficar e com ela uma coleção de recursos de processamento de informações, tudo se somando às maravilhas dos aparelhos de som, televisão, gravação, fotografia, filmagens etc. Nosso desafio é usar tudo isso de maneira eficaz.
Temos, em princípio, dois cenários importantes: o ensino formal, regulado pelo governo, e o informal, livre e mais acessível ao mercado de trabalho. No primeiro caso o estudante leva anos para chegar ao nível profissional, saindo da escola normalmente com uma base teórica mas sem definições claras de aplicação dos seus estudos. No segundo circuito o ensino passa mais pela condição de treinamento, com a criação de uma base específica, pouco flexível. Entre esses dois extremos poderemos imaginar uma coleção de padrões que serão possíveis e/ou desejáveis, conforme a situação do aluno e do mercado de trabalho.
Em todas as situações notamos a ausência de livros técnicos de boa qualidade e acessíveis à maioria dos estudantes, destacando-se nessa condição negativa aqueles que se apresentam com necessidades especiais, pessoas com alguma espécie de deficiência, sem esquecer a econômica, a mais grave barreira que nossos jovens enfrentam.
O Global Fórum America Latina reforçou-nos a certeza de que o ensino precisa ser reformulado para poder vencer os desafios do século 21. A necessidade urgente de mudança de paradigmas e os ajustes para a reversão da degradação ambiental não podem esperar a conclusão de processos de discussão, avaliação e ação típicos de nossos profissionais convencionais.
Temos que implementar ações emergenciais.
Entre as recomendações do GFAL vimos a necessidade de se reformar o programa de ensino colocando-se com ênfase a sustentabilidade planetária. Ótimo, e o ensino no Brasil? Atende o convencional? Como avançar? Se não fazemos o básico, conseguiremos algo melhor?
Felizmente as oportunidades de mudança são tantas, que ninguém conseguirá impedir a revolução educacional em andamento, seja pela mídia ou em cursos regulares.
Internet, laptops, pendrives, os satélites de comunicação, as fibras óticas, tudo veio para mudar. Invenções e recursos importantíssimos aparecem todo dia. Quando descobrimos que em nossas grandes cidades os alunos perdem mais tempo no trânsito do que em sala de aula, que nossas escolas estão virando pátios de estacionamento e deixando de ter laboratórios, museus e bibliotecas, que inúmeras salas de aula e corredores consomem energia esperando alunos que se dispersam na luta pela vida, que nossos professores raramente acompanham o progresso da ciência, presos que estão a palcos denominados salas de aula, ganhamos a convicção de que insistimos em modelos superados...
O Brasil ainda mostra o desafio de seu gigantismo, a necessidade de se levar o ensino a estudantes dispersos em oito e meio milhões de quilômetros quadrados. Um percentual vergonhoso de jovens carece de atenção, de acessibilidade à cultura, a profissões que precisam para poderem trabalhar e serem úteis à nação.
Agravando tudo não dispomos de literatura técnica suficiente, de boa qualidade, acessível a todos. Os melhores livros são caros, quando existem estão disponíveis nas escolas mais elitizadas e tornam-se alvo de copiadoras que a polícia apreende sempre que o pessoal dos direitos autorais identifica o “crime”.
Temos solução.
Livros técnicos didáticos podem ser expandidos, enriquecidos por filmes, legendas, links, laboratórios virtuais, museus virtuais, tudo isso instalado em pendrives, DVDs ou disponibilizados via internet. Há como produzir material de consulta de boa qualidade, infinitamente melhor do que o oferecido pelos maçudos livros ou apostilas improvisadas. Melhor ainda, inserindo-se merchandising podemos reduzir custos, viabilizando a distribuição àqueles mais pobres em recursos materiais, ricos em potencial de aprendizado.
No GFAL tivemos a honra de ver e ouvir a palestra do Dr. Ram Charan. Este senhor, consultor de empresários e empresas de porte gigantesco, deu-nos referências, conselhos, método para soluções ousadas e adequadas ao nosso terceiro mundo.
Disse Ran Charam: . As empresas podem usar a mente, o raciocínio para projetar sistemas que permitam tornar um produto ou serviço acessível, na base, por exemplo, de 1 dólar. "Não ter dinheiro é uma situação que força a inovação", disse Charan.
Ou seja, podemos e devemos implementar sistemas educacionais compatíveis com os nossos recursos e necessidades. O Ensino à distância aliado à formação de bibliotecas eletrônicas é a base da solução rápida e com certeza eficaz num mundo que precisa aprender a evitar deslocamentos inúteis e desperdícios de toda espécie.
Note-se que via internet podemos implementar material de consulta e cursos que poderão ser atualizados diariamente, serem utilizados por qualquer cidadão que tenha contato com a rede mundial de comunicação, obter “feedback”, interagir com pessoas que, onde quer que estejam, saibam se comunicar na língua da fonte do material de ensino. Melhor ainda, os recursos eletrônicos viabilizam o acesso à informação a pessoas com necessidades especiais. Deficientes auditivos, visuais, físicos e mentais têm por aí a oportunidade de compensar a frieza das salas de aula e a impenetrabilidade de muitos livros (e professores...).
Isso não é novidade no Primeiro Mundo. Não é sem razão que estão à nossa frente anos luz de cultura técnica. Distanciamo-nos à medida que supervalorizamos corporações e os paradigmas de nossos avós. Nesse sentido vale ler, estudar e discutir o livro da Dra. Gina Gulineli Paladino, Empreendimentos Inovadores, relatos de uma jornada na Europa. Nesse livro veremos como os europeus estão à nossa frente. Se isso não bastasse, quem puder deveria ler o artigo da Revista Seleções, “O ensino que veio do céu”, artigo publicado em abril de 1962, mostrando a ousadia e inteligência dos norte americanos,, de quem adoramos tanto falar mal... Até nos EUA o desafio de ensinar não foi vencido plenamente, na auto biografia do Dr. Alan Greenspan, ex presidente do FED – Federal Reserve Bank, o autor destaca a carência de professores em Matemática naquela grande nação, mostrando, aí, que a existência de mestres nas escolas depende muito de um mercado de trabalho mais e mais competitivo.
É hora de mudar. Existem iniciativas. Temos exemplos brasileiros ainda que tímidos. A maioria de nossas escolas, contudo, permanece presa a conveniências comerciais e corporativas.
Em nosso cenário podemos e devemos investir em material e cursos que o estudante possa utilizar em suas horas livres da luta pela sobrevivência. Aulas que possa repetir exaustivamente, que tenha como utilizar ainda que tenha alguma deficiência sensorial, motora e/ou mental. Material que apóie o professor, que lhe dê condições de atualização e aplicação em seus cursos. Que seja acessível a todos, que não dependa de investimentos além da capacidade de nossos professores, alunos e escolas.
O ensino “off line”, assíncrono, livre e contínuo deve ser a nossa meta diante das dificuldades e custos do EAD com salas virtuais, um padrão de ensino excludente à medida que obriga o estudante a sincronizar suas atividades (e orçamento) com a da escola. Diplomas, que sejam dados em provas feitas à semelhança dos exames da OAB, exemplo maravilhoso de inteligência de uma entidade que honra a história de nosso país. Não importa onde o bacharel obteve seu diploma, o fundamental é que seja aprovado no exame da Ordem para poder exercer a profissão de advogado. Perfeito!
Nossas escolas precisam ser reformadas, diminuírem o desperdício de espaços, de energia. Ganhar eficácia tem que ser a grande meta. São templos à inteligência? Que o demonstrem.
Aliás, falou-se muito no GFAL que estamos entrando na fase da Responsabilidade Social, pode ser, com certeza, entretanto, chegaremos ao momento da necessidade de racionalização total; se o ser humano se diz inteligente, está na hora de prová-lo, mudando, entre outras coisas, seus processos de ensino e aprendizado.
Há três séculos a industrialização exigiu modelos de disciplina que eram o sonho dos militares, dos padres e sacerdotes. Disciplina, disciplina e disciplina treinando as crianças, os jovens e os adultos a serem passivos, obedientes, a seguirem como se fossem autômatos para salas de aula, igrejas, quartéis, grandes plantações e fábricas.
Felizmente os tempos mudaram e agora vivemos uma época em que a criatividade é uma qualidade de grande valor e a luta contra hábitos poluidores, inclusive as guerras, é prioridade da humanidade mais consciente dos verdadeiros valores humanos.
É muito difícil para crianças e jovens saudáveis e inteligentes aceitarem a disciplina típica de escolas antigas, onde entrar, rezar, calar e ouvir o mestre era a regra na maioria dos colégios.
Os tempos mudaram. Há algumas décadas alguns educadores partiram para a tese de se promover o estudo orientado em lugar das aulas expositivas. Cá entre nós, “hooo coisa chata” ser obrigado todo dia ou noite ir a algum lugar e ser obrigado a acompanhar aulas nem sempre didáticas, em situações que muitas vezes nem o professor agüenta, ainda mais em nosso país, onde o mestre é um profissional mal pago, não raramente pessimamente apoiado pelas escolas, ministrando aulas para salas heterogêneas em que alunos freqüentemente exaustos se sentam à frente dos professores pensando em uma maneira de pagar a mensalidade ao final do mês e o feijão de seus filhos.
Maravilhosamente podemos mudar os padrões de ensino radicalmente.
Com a Internet e a possibilidade de se criar bibliotecas eletrônicas, laboratórios e museus virtuais podemos multiplicar salas de aula, sem necessidade de transmissão simultânea (solução cara, com todos os defeitos de aula presencial), atingindo a maior parte dos estudantes em potencial de nosso país. Em clubes, salas comunitárias e mesmo em salas de aula isoladas, com o apoio de professores locais, monitores, técnicos em informática etc. há como utilizar DVDs, Internet e outros equipamentos completando um padrão de ensino que poderá ser avaliado em exames periódicos, feitos por bancas independentes.
O fundamental nesse contexto é a existência de portais de alta confiabilidade, cursos auditados, TICs (LTDE) com selo de qualidade, ou seja, aprovados e indicados principalmente pelos empresários urbanos e rurais, por aqueles que precisam de bons profissionais. O estudante é ingênuo e dificilmente dominará esse cenário, precisa ter onde se apoiar. Nada melhor do que a mobilização de entidades patronais para a implementação de pesquisas permanentes de qualidade e custo de cursos EAD e TICs.
Nossas universidades poderão se transformar em locais de encontro entre mestres e alunos, em função de necessidades eventuais, e também em entidades responsáveis pela produção de material didático a ser utilizado dentro dos padrões mais modernos de comunicação. Aqui nos damos o direito de lembrar a qualidade excepcional dos laboratórios do Instituto Eletrotécnico de Itajubá (IEI) quando nele ingressamos em 1964, Escola Federal de Engenharia de Itajubá, EFEI, em 1968. Equipamentos bem projetados em ambientes feitos para o uso dos alunos e professores, eram laboratórios operacionais e não salas para visita de turista ou deleite de PHDs. Não é de graça que essa escola formou tantos profissionais que se destacaram no setor elétrico brasileiro...
Os laboratórios, as boas bibliotecas e os museus são lugares para freqüência física dos alunos mas, quando distantes dos estudantes, têm como serem ajustados a modelos virtuais. A ciência e a indústria sabem fazê-lo, o Vale do Silício que o diga.
Liberar o aluno de freqüência obrigatória a aulas convencionais será extremamente importante para os mais pobres, os estudantes com necessidades especiais, para todos aqueles que por uma razão ou outra tiverem dificuldade de deslocamento para algum lugar fixo, para onde irá com todos os riscos e danos a ele e ao meio ambiente.
O profissional não é uma pessoa que antes de sair para cumprir suas tarefas tem aulas de seus chefes. Talvez uma explicação para a existência de tão grande quantidade de profissionais medíocres seja a forma de criá-los, construídos em escolas disciplinadoras, castradoras, destruidoras da criatividade e, acima de tudo, inibidoras da responsabilidade que o futuro diplomado deverá ter. Ou seja, ele, o estudante, é o principal construtor de sua personalidade e para tanto deverá estudar, independentemente da presença ou não de algum professor à sua frente.
Não é segredo para ninguém que muitas universidades se transformaram em fábricas de diplomas. O problema no Brasil é tão grave que a OAB, como já o dissemos neste artigo, resolveu aplicar exames para habilitar o bacharel a ser advogado. Brilhante solução num país em que falta, acima de tudo, senso de responsabilidade.
Nossa proposta de formação de bibliotecas eletrônicas vem nesse sentido. Além de procurar suprir uma carência monumental de livros técnicos, pretende-se atingir qualquer pessoa disposta a estudar. Paralelamente devemos rever regras e normas escolares. Elas podem ser muito convenientes a determinados tipos de alunos, mestres e empresários do setor educacional, faturando em cima da ignorância de nosso povo, estão, entretanto, atrapalhando a formação de brasileiros que precisam entrar no mercado de trabalho, principalmente as pessoas com necessidades especiais, portadoras de restrições sensoriais, físicas, mentais ou, o que não é raro, uma associação delas.
Nossa convicção é a de que o custo e a pequeníssima oferta de livros técnicos é uma das responsáveis pela diminuição da eficácia do ensino superior no Brasil, país de língua portuguesa, com um mercado nessa área reduzido, se comparado às nações de línguas dominantes. Outra conseqüência natural é a perda de eficácia no exercício de profissões de nível superior, pois a literatura técnica é fundamental e nas condições atuais um privilégio daqueles que têm domínio em línguas estrangeiras e recursos para adquirir os livros que precisarem.
Acreditamos que com a Internet, o espaço web é o ideal para divulgação de obras didáticas, livros feitos para apoio a alunos e professores em suas aulas, mais ainda se esses livros não gerarem custos além da impressão de textos, a critério dos interessados. Denominando-os provisoriamente de LTDEs, esses livros, imaginamos a possibilidade de produzi-los em parceria com as universidades ou, simplesmente, de vê-los implantados dentro de programas institucionais ou empresariais, com potencial comercial.
No Paraná podemos imaginar o potencial de produção de empresas como a SANEPAR, COPEL, CELEPAR e as universidades estaduais, onde centenas de grandes mestres teriam como criar em curto prazo TICs (LTDE) de excelente qualidade, contribuindo, paralelamente, para elevar a imagem de nosso estado no cenário nacional e em países de língua portuguesa, não esquecendo que a tradução para outras línguas é algo muito fácil com os recursos existentes.
Obviamente poderão ser objeto de exploração comercial agregando publicidade e vinculações de interesse empresarial. O fundamental é que a Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos - BEletronTD a ser formada com os LTDEs tenha um custo que o estudante e o profissional suportem. Aliás, o LTDE poderia ter uma versão para o estudante e outra para o profissional formado.
Os recursos de comunicação modernos permitem essa nova estratégia de apresentação da literatura técnica, algo absolutamente necessário diante dos desafios do século 21. Literatura em ambiente eletrônico, obras completas e feitas para esse fim, podem ser a base de consulta e estudo dos universitários e profissionais de nível superior.
A maior parte dos estudantes universitários em nosso país é formada por pessoas de capacidade financeira reduzida, com limitações de consulta e de posse de livros técnicos de toda espécie.
Há uma enorme falta de livros bons em língua portuguesa, atualizados, cobrindo as exigências dos cursos regulares de nossas universidades e escolas técnicas. Temos também um ambiente de dificuldades financeiras para o estudante comum além da simples existência de livros. A solução exige uma mudança de paradigmas e a ousadia aliada à capacidade de implementação de soluções modernas e baratas.
Nota-se em livrarias convencionais que o livro técnico não é prioridade. Percebe-se que em suas prateleiras dá-se preferência àquelas obras mais populares. Em prejuízo do estudante e do profissional formado, a carência de fontes de consulta formais, feitas com qualidade didática, é flagrante e preocupante. Nosso país precisa crescer, como avançar sem uma base literária consolidada, atualizada e acessível a todos?
Pode-se registrar que algumas universidades já possuem suas bibliotecas e padrões equivalentes de comunicação, oferecidos exclusivamente a seus alunos.
A criação de uma Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos – BeletronTD - em ambiente da web, com LTDEs ofertados sem custo para os acessantes (custos de edição e operação mantidos por inserções de mídia, doações, fundos setoriais, recursos dedicados à cultura etc.) ou oferecidos a preços suportáveis pelos nossos estudantes, é uma forma de universalização da cultura técnica e de garantir uma base mínima de qualidade em literatura técnica em nosso país.
Pode-se, facilmente, criar roteiros para livros que seriam selecionados em concursos ou escolhidos por notória competência dos autores. Os cursos regulares têm para todas as suas cadeiras programas detalhados que podem ser roteiros para elaboração e seleção de contribuições.
Nas escolas as ementas dos cursos são um roteiro perfeito para a edição de livros, condição normalmente atendida dentro das universidades, muitas vezes de forma precária (apostilas, colagens, cópias não autorizadas etc) em prejuízo do público interno e externo (já diplomado, à medida que não se criam condições de acesso à cultura técnica para o profissional já formado).
Entendemos que instituições com as atribuições, o prestígio e a competência das nossas universidades poderão ser instrumentos de projetos a favor da universalização da cultura técnica em nosso país, valorizando, outrossim, sua atuação social e reforçando sua imagem perante o povo brasileiro.
Com ação independente ou em conjunto com outras entidades há como produzir em prazo relativamente curto uma biblioteca de excelente qualidade, ainda que restrita à natureza dos seus profissionais.
É importante lembrar que a Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos – BeletronTD será especialmente útil aos deficientes. Sendo livros didáticos sem limitação de tamanho, número de páginas, podendo conter explicações mais detalhadas e apresentação de laboratórios e bibliotecas virtuais (lincadas) serão altamente eficazes no apoio ao estudo, ainda que à distância, se necessário. O LTDE poderá, assim, ser extremamente útil a todos as pessoas com necessidades especiais, desde que produzido de forma adequada.
Aliás, vale uma reflexão sobre o mito da “Inclusão”. De que jeito integrar o aluno com necessidades especiais se a escola, os professores, o material didático, os programas, o sistema de transporte coletivo, as calçadas e a população, enfim, não estão preparados para essa fantasia, sonho, esperança?
É bom enfatizar que livros técnicos são necessários a todos, estudantes e profissionais. As atividades humanas evoluem demandando gente bem preparada para o exercício das muitas profissões existentes.
Concluindo solicitamos o apoio da FIEP, do IEP, CREA-PR, UTFPR, UFPR etc na identificação de uma solução para implementação desse projeto que, temos certeza, dignificará a instituição.

João Carlos Cascaes
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