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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Educação e as Olimpíadas

Referência zero
Há alguns anos, andando por uma rua da CIC com o então vereador de Curitiba, Antônio Borges dos Reis, querendo lhe dar munição para o Projeto de Lei referente às calçadas, que ele patrocinou e conseguiu que aprovassem, vendo uma família andando pela rua sem passeios, levei-o para junto dela e perguntei o que era importante para eles naquele momento. A resposta: conseguir registrar o filho após terem conseguido um cartório onde o fariam de graça. Ou seja, viviam num grau de miséria que o custo do registro do filho era elevado. Em Itajubá, sul de Minas Gerais, dando aula de alfabetização num barraco “sede” de um clube (Vila Rubens) o sonho daquele povo era a regularização do imóvel, construído sobre uma rua abandonada. Em reunião do “Projeto Zumbi-Mauá Ação Ecológica” vi e ouvi uma senhora, líder do bairro, angustiada pedindo curso de prevenção de gravidez precoce. Da. Gonçalina, moradora da Vila Zumbi diz em reportagem do Ari Silveira, 11 de outubro, jornal Gazeta do Povo, "Vez por outra ainda tem uma vingança, vão [ser mortos] dois ou três... A gente sabe quem foi, mas 'viu e não viu'. Não pode falar". Ou seja, a moradora considera normal matar por motivos da vingança entre quadrilhas e na sua visão o fundamental é que ela e sua família possam viver em paz naquele ambiente.
No Brasil milhões de pessoas não sabem escrever, outros (muito mais) mal conseguem redigir uma frase, escrever alguma carta de forma estruturada, compreensível. Assim tornam-se reféns dos letrados, daqueles que podem fazer discursos, aparecerem como autoridades, muitas vezes para enganá-las explicitamente em contratos maldosos.
Felizmente o Brasil começa a crescer sob diversos aspectos. Programas nacionais para universalização da educação aparecem, ainda que afetados por conveniências corporativas. O EAD e a possibilidade de se criar coleções de livros técnicos digitais sem custo para o leitor dão a perspectiva de acessibilidade universal ao ensino, que poderá ganhar força se as novelas da Rede Globo e campanhas midiáticas sugerirem a necessidade de estudar, de aprender ofício, de se ter comportamentos saudáveis.
A normalidade é e sempre foi relativa. A questão é: que ambiente nosso povo merece?
Vimos que dinheiro existe. O Governo Federal está querendo até fazer trem bala, algo que exige investimentos colossais e carentes de subsídios milionários, tudo para transportar em carros rápidos e confortáveis gente em condições de pagar as passagens, acessíveis porque facilitadas por benefícios fiscais e creditícios. Não devemos esquecer que o maior déficit nas contas francesas é a SCNCF...
Podemos e devemos pleitear luxos, antes, contudo, impõe-se resgatar uma parcela significativa de brasileiros da indigência, gente tão trabalhadora que sai a catar lixo para poder sustentar - se e aos seus filhos.
Em 2016 as Olimpíadas acontecerão na cidade do Rio de Janeiro. O governo carioca poderá de imediato iniciar, com o apoio de nossos legisladores e tecnocratas, a planejar campos de concentração, que deverão estar funcionando pouco antes desse campeonato. Tecnologia, batalhões de policiais e até as Forças Armadas com certeza serão treinados e equipados para garantir a segurança e as alegrias esportivas e lúdicas dos turistas. Se parte desses bilhões de dólares a serem gastos no Rio de Janeiro vierem a ser canalizados para a educação e desenvolvimento dos brasileiros mais pobres, seremos uma nação mais simpática e menos violenta, talvez mostrando ao mundo que chegamos a um nível de civilização respeitável e coerente com a visão cristã que dizemos professar.
Podemos ainda optar entre presídios ou escolas, creches, moradias, saneamento básico etc. Está na hora de mudar nossos referenciais. Agora nós podemos.
Dignidade também gera atividade econômica...

Cascaes
12.10.2009

domingo, 4 de outubro de 2009

O EAD e a UNINTER