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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ebook no Brasil

domingo, 12 de setembro de 2010

Livro Digital Multimídia – LDM

From: Franco Rovedo


To: 'JCCascaes'

Sent: Sunday, September 12, 2010 5:05 PM

Subject: O Livro digital multimídia - LDM





Olá Cascaes,

Quando falo de “e-book” ou “livro digital”, falo do potencial a ser acrescentado à mídia física.


São incomparáveis tanto quanto o rádio é da televisão, só para citar um exemplo.



O modelo que apresento, quando criei a minha empresa (CBT Brasil Multimídia), tem como objetivo sanar alguns problemas encontrados na edição de livros em papel.



O primeiro e mais grave percebido foi o da pirataria. Pois bem, o Livro Digital Multimídia – LDM possui uma forma de identificação e cadastramento do usuário que impede a cópia ilegal sem necessitar de um software próprio para sua apresentação. Com isso, torna-se muito fácil atualizar a cópia já comercializada. O LDM tem como característica única a possibilidade de atualizar e alterar o conteúdo original. Isto torna a ideia de conjunto de conhecimentos compilados mais dinâmica e atualizada. Não estaremos mais reféns de tiragens mínimas e edições obsoletas. Lançaremos a primeira edição e atualizaremos a base de dados conforme o autor determinar. Os usuários farão sua atualização à medida que for conveniente.


É verdade que a quantidade de informação disponibilizada cresce exponencialmente, porém o que percebemos é que o autor contemporâneo deve estar atento aos assuntos relacionados à sua obra e mantê-los próximos para que não haja desvio de foco. Sintoma comum dada a grande quantidade de informação diluída e não selecionada. O LDM pode ser atualizado com endereços de sites afins, comentários de outros autores, fotos, vídeos, áudio e novos artigos relacionados à obra original.



Nossa experiência com obras já comercializadas, mostra que acertamos na tendência. Precisamos de mais autores com esta visão. A tecnologia que usamos já existe, porém de forma isolada e pouco prática. Nosso produto final é um software dedicado, leve e encriptado, necessitando da internet apenas para o registro da cópia. A obra pode ser entregue por download ou mídia física. O número de série único pode ser entregue via email ou de modo físico. A flexibilidade é grande assim como a segurança que o autor receberá seus direitos autorais corretamente e proporcionalmente ao número de cópias comercializadas.


Recomendo a avaliação da obra “Introdução ao Desenho Técnico” pois contém uma série de características únicas.


http://www.cbtbrasil.net/instalar_desenho_1.exe


Franco Rovedo
http://www.cbtbrasil.com.br/

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sem medo do livro digital

Roberto Gomes





Sempre que surge um novo meio ou uma nova tecnologia, emerge das profundezas humanas o temor de que mundo anterior seja destroçado. Os anunciadores de catástrofes adoram esses momentos, adoram anunciar o fim do mundo. Já aconteceu com a fotografia, que decretaria o fim das artes plásticas, com o cinema, que exterminaria com o teatro, com a televisão, que acabaria com o cinema. Quando os computadores chegaram à imagem, houve quem decretasse o fim da escrita. O monitor do micro seria um buraco negro para a palavra.

Mania antiga. Quando Gutenberg, em meados do século XV, criou os tipos móveis e revolucionou a história do livro, também enfrentou resistências. Dizia-se que essa nova arte de “escrever sem mão e sem penas” tinha algo de sobrenatural e diabólico. Não se temia o fim do livro anterior, mas a proliferação da nova tecnologia. O livro, até então caríssimo, deixaria de ser posse exclusiva de alguns nobres e o populacho passaria a ler, a dar palpites, a discutir idéias e... nunca se sabe onde isso pode parar.

Hoje sabemos que o computador não exterminou com a palavra. Pelo contrário, faz com que milhões de usuários escrevam e leiam textos na tela dos micros, seja em e-mails, blogs, sites, jornais e revistas on-line etc. Se muitos desses textos são toscos ou primários, é bom lembrar que no século XIX só Flaubert escrevia como Flaubert.

Assim, a palavra não morreu. Quem matou a charada foi Millôr Fernandes. Diante dos deslumbrados, que repetiam que uma imagem vale por mil palavras, ele desafiava: diga isso sem usar palavras. Silêncio geral.

O fato é que a palavra sobreviveu, assim como a pintura sobreviveu à fotografia, o teatro ao cinema, o cinema à televisão, a televisão ao computador. E é bom lembrar outro vilão que assombrou aos puristas: as histórias em quadrinhos. Meus professores costumavam esbravejar contra elas, que determinariam o fim da literatura e da inteligência, sendo a fonte da burrice das novas gerações. Deu-se o contrário: as HQs recriaram nosso imaginário e serviram de mote para novas invenções literárias.

Hoje, o fantasma da vez se chama e-book. Dia desses lá estava na televisão uma editora de livros assustada com o fantasma do livro eletrônico. Dizia ela que o e-book seria frio, não teria graça alguma, jamais poderia substituir o livro impresso em papel. Ao seu lado, um sujeito ligado à informática fazia argumentação contrária: o e-book não usaria papel e, portanto, não derrubaria árvores, podendo ser levado no bolso carregado com uma centena de títulos.

Acho que os dois erram, pois supõem que o e-book substituirá o livro impresso. Inúmeros tipos de livros jamais poderão ser editados numa telinha de 14 por 24 centímetros. Por outro lado, o e-book poderá evitar a derrubada de árvores, o que seria bom, mas não nos iludamos, pois, ao surgir o computador, também foi dito que se gastaria menos papel. O que aconteceu, com as impressoras conectadas aos micros, foi o contrário.

A questão é outra. Os editores temem não o fim do livro impresso, mas o fim de sua indústria, que terá que ser repensada. Temem que sumam – como aconteceu com a indústria fonográfica – os seus lucros. E o povo da informática faz de conta que o e-book não tem problemas, tais como telas cansativas e com má resolução, a questão dos direitos de autor, das traduções etc.

Lembro que já ouve outro fantasma nessa história, o livro de bolso. Quando foi lançado, decretou-se que o livro tradicional morreria. Não morreu. Hoje convivem edições de bolso e em outros formatos. No futuro, livros impressos e e-books deverão conviver, como o cinema com o teatro etc. etc. Atendem a usuários, a situações e a objetivos diferentes.

O e-book tem uma desvantagem. Nele se perde o contato físico com o papel, a tinta, o ato físico de virar as páginas. E não sentiremos o cheiro gostoso de um livro novo, que era por onde Hélio Pelegrino dizia começar a crítica literária. Mas, tem uma vantagem: a ausência de fungos em edições fac-similares, que poderemos ler tal como foram originalmente impressas. Os alérgicos – estou entre eles – agradecem comovidos. E me fascina a idéia de andar com uma biblioteca no bolso.

Enfim, todos sobreviverão. O pensamento catastrófico perderá mais essa.



e-mail: roberto.o.gomes@gmail.com

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sonho a distância (por Fernando Misato)

Alguém já iniciou a solução para educação do Brasil.
01 de setembro 2010 Curitiba-R

Apaixonei-me pelo EAD (Ensino a Distância) em uma dessas peregrinações pelo interior do Brasil. Como fornecedor do grupo educacional Uninter, fui visitar algumas sedes. O objetivo era avaliar a viabilidade da implantação de um projeto que acelera a entrega das carteirinhas para os alunos, mesmo em locais distantes.

As realidades de um grande centro urbano são diferentes das do interior. As informações por lá ainda custam para chegar. Em uma dessas visitas presenciei um fato inusitado que trouxe a tona uma constatação muito significativa e que me fez perceber o quanto importante o EAD pode ser para os novos brasileiros do interior e das grandes cidades.

Lembrei-me imediatamente que sou fruto da migração pelos estudos. A família inteira saiu do interior para dar oportunidades para os filhos estudarem. Viemos “bater cabeça” e de fato o fizemos. Hoje a vida é um conforto. Mas a situação teria sido melhor se tivéssemos ficado onde o patriarca dominava o que fazia. Em terreno inóspito da cidade, a vida foi dura. Felizmente o sonho foi realizado. Os filhos estudaram e se deram bem.

O meu objetivo na sede do EAD era de observar e planejar. As percepções estavam atentas para identificar as necessidades do processo de negócio. Eu estava ali principalmente para perceber características dos atendentes e alunos (clientes). Lembrava sempre que a missão é desenhar uma solução de software que fosse simples de usar e ao mesmo tempo eficiente. Sem querer, estava em um lugar certo na hora certa, para um outro fato.

Esse fato também me fez perceber o quanto banalizamos uma faculdade. Nós consideramos que um diploma universitário é um fato “normal”. E é. A convivência com os privilegiados nos faz crer que essa etapa é uma mera obrigação. Ela esta cada vez mais próxima e acessível de fazer. Mas ainda existe uma grande legião de brasileiros que sonham com uma faculdade quase impossível.

Pois bem. Vamos ao fato. O menino chegou tímido para fazer a matricula. Vieram com ele os pais, a irmã, os avós por parte de pai e os por parte da mãe. Eles tiravam fotos com um celular. Ele fez pose sentado assinando tudo. Fez pose em pé e até simulando uma nova entrada na sala. Fez fotos com todos abraçados. Fez foto com sorriso e a carteirinha entre os dentes. O fato em verdade, para eles, era um grande evento. Os avós estavam emocionados e os pais também. Foi ai que percebi que eles estavam contando os centavos para pagar a matricula do calouro. Aquele menino era a realização de um sonho de gerações inteiras de famílias simples e valorosas. Ele era o primeiro a fazer faculdade. Aquele momento foi um rito de passagem para novos tempos para tantos sonhadores. Parecia um século de espera terminando ali.

Quando um menino como aquele teria oportunidade de fazer faculdade não fosse o ensino a distância? Quando poderia ter aulas com experientes professores com doutorado? Talvez quando se pusessem todos em um caminhão de mudanças e fossem com “braço forte” forjar o futuro dos filhos.

O EAD vai possibilitar novos empreendedores, novos pensadores, novos sonhadores bem formados. Com tudo isso, a fé se potencializa e as coisas acontecerão em todo Brasil.

Fernando Misato é Analista de Sistemas e Administrador. É diretor de desenvolvimento de novos negócios para uma empresa especializada em identificação de pessoas por RFID (rádio freqüência) e pesquisador sobre as tecnologias de internet que fazem VENDER MAIS.