Alguém já iniciou a solução para educação do Brasil.
01 de setembro 2010 Curitiba-R
Apaixonei-me pelo EAD (Ensino a Distância) em uma dessas peregrinações pelo interior do Brasil. Como fornecedor do grupo educacional Uninter, fui visitar algumas sedes. O objetivo era avaliar a viabilidade da implantação de um projeto que acelera a entrega das carteirinhas para os alunos, mesmo em locais distantes.
As realidades de um grande centro urbano são diferentes das do interior. As informações por lá ainda custam para chegar. Em uma dessas visitas presenciei um fato inusitado que trouxe a tona uma constatação muito significativa e que me fez perceber o quanto importante o EAD pode ser para os novos brasileiros do interior e das grandes cidades.
Lembrei-me imediatamente que sou fruto da migração pelos estudos. A família inteira saiu do interior para dar oportunidades para os filhos estudarem. Viemos “bater cabeça” e de fato o fizemos. Hoje a vida é um conforto. Mas a situação teria sido melhor se tivéssemos ficado onde o patriarca dominava o que fazia. Em terreno inóspito da cidade, a vida foi dura. Felizmente o sonho foi realizado. Os filhos estudaram e se deram bem.
O meu objetivo na sede do EAD era de observar e planejar. As percepções estavam atentas para identificar as necessidades do processo de negócio. Eu estava ali principalmente para perceber características dos atendentes e alunos (clientes). Lembrava sempre que a missão é desenhar uma solução de software que fosse simples de usar e ao mesmo tempo eficiente. Sem querer, estava em um lugar certo na hora certa, para um outro fato.
Esse fato também me fez perceber o quanto banalizamos uma faculdade. Nós consideramos que um diploma universitário é um fato “normal”. E é. A convivência com os privilegiados nos faz crer que essa etapa é uma mera obrigação. Ela esta cada vez mais próxima e acessível de fazer. Mas ainda existe uma grande legião de brasileiros que sonham com uma faculdade quase impossível.
Pois bem. Vamos ao fato. O menino chegou tímido para fazer a matricula. Vieram com ele os pais, a irmã, os avós por parte de pai e os por parte da mãe. Eles tiravam fotos com um celular. Ele fez pose sentado assinando tudo. Fez pose em pé e até simulando uma nova entrada na sala. Fez fotos com todos abraçados. Fez foto com sorriso e a carteirinha entre os dentes. O fato em verdade, para eles, era um grande evento. Os avós estavam emocionados e os pais também. Foi ai que percebi que eles estavam contando os centavos para pagar a matricula do calouro. Aquele menino era a realização de um sonho de gerações inteiras de famílias simples e valorosas. Ele era o primeiro a fazer faculdade. Aquele momento foi um rito de passagem para novos tempos para tantos sonhadores. Parecia um século de espera terminando ali.
Quando um menino como aquele teria oportunidade de fazer faculdade não fosse o ensino a distância? Quando poderia ter aulas com experientes professores com doutorado? Talvez quando se pusessem todos em um caminhão de mudanças e fossem com “braço forte” forjar o futuro dos filhos.
O EAD vai possibilitar novos empreendedores, novos pensadores, novos sonhadores bem formados. Com tudo isso, a fé se potencializa e as coisas acontecerão em todo Brasil.
Fernando Misato é Analista de Sistemas e Administrador. É diretor de desenvolvimento de novos negócios para uma empresa especializada em identificação de pessoas por RFID (rádio freqüência) e pesquisador sobre as tecnologias de internet que fazem VENDER MAIS.
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