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quarta-feira, 9 de julho de 2008

Lilla G. Frederick Pilot Middle School

The Mission of the Lilla G. Frederick Pilot Middle School is to provide students in grades six through eight with a rigorous academic curriculum within a stimulating and nurturing environment.

Our school serves the whole child – mind, body, and spirit – as well as families and the community in which our children reside.

The roots of the child – family, heritage, and community – are explored and affirmed as a source of knowledge, connection and pride. We strive to help students develop a strong sense of belonging by providing nurturing adults who work within small academies – four learning communities within the school.

Inquiry, exploration, experience, connections and hands-on learning all facilitate and complement the core academic curricula and support our vision of developing life long learners.

Lilla G. Frederick Pilot Middle School
270 Columbia Road
Dorchester, MA 02121
PH: (617) 635-1650
FAX: (617) 635-1637

TI muda salas de aula

BOSTON - De cursos online a laptops fáceis de usar por crianças e professores virtuais, a tecnologia está se expandindo nas salas de aula dos Estados Unidos, reduzindo a necessidade de livros didáticos, cadernos, papel e, em certos casos, das escolas em si.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Sutilezas do EAD e o LTDE

Sutilezas do EAD
O ensino virou uma indústria e a educação se perde na fragilidade de nossas escolas. O Brasil mostra estatísticas vergonhosas e os desafios do terceiro milênio são maiores quando sentimos o grau de despreparo de nossa população. É mais do que evidente o nosso atraso. Qualquer análise mostra cenários deploráveis, principalmente quando os comparamos com os apresentados pelos países mais desenvolvidos, vergonhosos ao nos compararmos a nações semelhantes à nossa.
Precisamos repensar nossos processos de formação de cidadãos e profissionais com urgência, tendo coragem e honestidade intelectual para contestar e propor soluções reais, coerentes com as nossas possibilidades e atentos ao que pretendemos para as gerações que estão se formando, preparando-as para o mercado de trabalho e o convívio social.
A insistência em processos caros, inacessíveis ao nosso povo é condenável diante da gravidade da situação. Precisamos encontrar soluções de baixo custo e eficazes, de aplicação rápida, com capilaridade, capazes de atingir qualquer região de nosso país de dimensões continentais.
A urbanização é um processo inexorável, um impulso natural em que se produz novos comportamentos, demanda soluções inteligentes, ajustes a processos que se exaurem nos excessos praticados.
Naturalmente os brasileiros poderiam optar pela vida nos padrões do século 19, talvez reforçando a reforma agrária e fixando nosso povo no mato. Será esse o nosso ideal de Brasil? Independentemente das visões ideológicas ou estratégicas existentes, é mais do que evidente a necessidade urgentíssima de preparação dos jovens brasileiros para o mercado de trabalho, transmitindo-lhes também conhecimento de comportamentos seguros (higiene, segurança, primeiros socorros etc.) e cidadania de modo geral. A visão de milhares de catadores de lixo nas cidades grandes, de favelas que não param de crescer e a cooptação pelo crime organizado de gente desesperada ou por outras minorias atentas aos miseráveis é uma demonstração da falência do nosso sistema de ensino, que não forma trabalhadores e cidadãos nem para o ambiente rural, muito menos para o urbano.
O presente e o futuro exigem domínio tecnológico, conhecimento profundo dos impactos de qualquer atividade, competitividade, responsabilidade social e racionalidade total. Estamos atrasados e isso é fácil de se ver no desespero de especialistas e lideranças civis quando discutem os problemas do Brasil atual. Não faz sentido falar mal de nosso povo, isso não resolve, o que é mais do que justo e necessário é massificar a educação técnica e comportamental para que se promovam as mudanças em curto prazo.
Os desafios do terceiro milênio exigem ações que estão demorando. Para vencê-los impõe-se um processo gigantesco de formação, educação e apoio contínuo, ao sabor das novidades que vamos descobrindo dia a dia. Ou seja, informação imediata, formação atualizada permanentemente, acessibilidade aos meios de informação e formação, inovação de processos e materiais de consumo no estudo.
Nota-se que mesmo instituições de ensino tradicionais precisam de mudanças. O ensino convencional não está produzindo profissionais como precisamos. O noticiário tem mostrado desastres absurdos, falhas inacreditáveis e acidentes que poderiam ser evitados se nossos profissionais tivessem melhor preparo. Isso atinge todos os níveis de formação, inclusive na área da Engenharia. Sobre essa profissão tivemos um trabalho interessantíssimo organizado dentro do sistema Confederação Nacional da Indústria (CNI) pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), contendo propostas da iniciativa privada para melhoria e modernização dos cursos de engenharia no Brasil
Vale destacar algumas recomendações e avaliações do O INOVA ENGENHARIA, [documento] de ampla divulgação no ambiente da CNI e Academia:
 As tradicionais aulas expositivas, baseadas no uso intensivo do quadro negro e de exposição verbal de conhecimentos deveriam ser substituídas por sistemas mais eficientes e participativos.
 Deveria ser feito um esforço para a produção de materiais didáticos que lançassem mão de todos os modernos recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), especialmente softwares interativos, filmes em vídeo, etc. (que dentro de um CD, DVD ou pendrive poderá ser o que chamamos de Livro Técnico Didático Eletrônico, desde que organizado de forma a ter qualidade pedagógica e didática, comentário nosso).
 A relevância disso reside no fato de que essas tecnologias potencializam a interação nas aulas, evitando que sejam meras apresentações unidirecionais.
 Deve-se promover, incentivar e difundir intensamente o uso das TICs na educação em engenharia. Isso é essencial por três motivos fundamentais:
1. Primeiro, essas tecnologias favorecem que se substituam aulas massificadas e monótonas por programações individuais de estudos, nas quais o aluno pode participar ativamente do processo educativo, elegendo meios, pesquisando, tomando decisões sobre como quer aprender e o que lhe interessa mais.
2. Em segundo lugar, essa maior autonomia, associada à necessidade de ter mais iniciativa no processo de aprendizagem, é essencial para que o estudante desenvolva uma habilidade que lhe será vital ao longo de toda a sua vida profissional: a capacidade de aprender por conta própria, de ter autonomia para buscar conhecimentos, elemento indispensável para sua atualização constante.
3. Em terceiro lugar, as TICs são um elemento-chave da modernização tecnológica dos processos produtivos. A difusão acelerada dessas novas tecnologias de comunicação e informação vem promovendo profundas transformações na economia mundial e está na origem de um novo padrão de competição, pelas perspectivas de melhoria de produtividade que oferecem. No Brasil, a baixa difusão do uso dessas tecnologias na área industrial representa uma evidente desvantagem das empresas nacionais com relação aos seus concorrentes internacionais.
Naturalmente devemos investir muito em educação. A qualidade de nossas escolas precisa melhorar. Precisamos perguntar, contudo, que tipo de escola?
O ensino convencional possui características extremamente diferenciadas à medida que sobe de nível. Se no primeiro grau lidamos com crianças que precisam de tudo, inclusive da merenda escolar e de abrigo quando os pais estão trabalhando, ao final do segundo grau em diante o aluno vai se transformando em adulto, precisando trabalhar, sustentar sua família, ganhando consciência de sua individualidade e necessidade de ser útil. O cenário se agrava quando o jovem constitui família e precisa trabalhar, diminuindo sua disponibilidade para freqüência a uma escola convencional com suas carteiras, salas, professores fazendo chamada, hora definida até para ir ao banheiro...
No processo convencional temos, ao longo da história, a preocupação de formar pessoas para o exercício militar, clero e operariado. Nessas condições disciplinar foi uma ênfase importantíssima. Pessoas servis, atentas à bajulação do ser superior de plantão era a principal meta. A aristocracia sempre teve alternativa, pois nela procurava-se formar líderes...
Felizmente a evolução da humanidade criou cenários diferentes, viabilizando o culto à liberdade, independência, criatividade, fraternidade e responsabilidade sob direitos e deveres do indivíduo, ente a ser valorizado para se contrapor aos rigores de ambientes mais e mais controlados.
A tecnologia viabiliza sistemas e equipamentos fantásticos. Quem em sã consciência acreditaria, há meio século, que agora teríamos comunicação portátil quase instantânea com qualquer parte do planeta? Aviões e navios gigantescos com tudo o que encontramos dentro deles? Computadores fazendo maravilhas? Tudo isso viabilizando novos processos de trabalho, convivência, ensino, educação etc?
E a consciência de que precisamos racionalizar a nossa maneira de viver sob pena de morrermos asfixiados em gases que liberamos? Deslocando-se em veículos motorizados para lá e para cá, muitas vezes desperdiçando tempo valioso? Desgastando-se, perdendo produtividade? Usando vias que precisam de asfalto, de espaços que fazem falta ao cidadão comum?
Em favor do meio ambiente e da necessidade urgente de se transmitir informações de forma organizada, rápida e eficaz devemos mudar nossos paradigmas de transmissão de conhecimentos, aceitando e potencializando o que nossos garotos já descobriram. A internet veio para ficar e com ela uma coleção de recursos de processamento de informações, tudo se somando às maravilhas dos aparelhos de som, televisão, gravação, fotografia, filmagens etc. Nosso desafio é usar tudo isso de maneira eficaz.
Temos, em princípio, dois cenários importantes: o ensino formal, regulado pelo governo, e o informal, livre e mais acessível ao mercado de trabalho. No primeiro caso o estudante leva anos para chegar ao nível profissional, saindo da escola normalmente com uma base teórica mas sem definições claras de aplicação dos seus estudos. No segundo circuito o ensino passa mais pela condição de treinamento, com a criação de uma base específica, pouco flexível. Entre esses dois extremos poderemos imaginar uma coleção de padrões que serão possíveis e/ou desejáveis, conforme a situação do aluno e do mercado de trabalho.
Em todas as situações notamos a ausência de livros técnicos de boa qualidade e acessíveis à maioria dos estudantes, destacando-se nessa condição negativa aqueles que se apresentam com necessidades especiais, pessoas com alguma espécie de deficiência, sem esquecer a econômica, a mais grave barreira que nossos jovens enfrentam.
O Global Fórum America Latina reforçou-nos a certeza de que o ensino precisa ser reformulado para poder vencer os desafios do século 21. A necessidade urgente de mudança de paradigmas e os ajustes para a reversão da degradação ambiental não podem esperar a conclusão de processos de discussão, avaliação e ação típicos de nossos profissionais convencionais.
Temos que implementar ações emergenciais.
Entre as recomendações do GFAL vimos a necessidade de se reformar o programa de ensino colocando-se com ênfase a sustentabilidade planetária. Ótimo, e o ensino no Brasil? Atende o convencional? Como avançar? Se não fazemos o básico, conseguiremos algo melhor?
Felizmente as oportunidades de mudança são tantas, que ninguém conseguirá impedir a revolução educacional em andamento, seja pela mídia ou em cursos regulares.
Internet, laptops, pendrives, os satélites de comunicação, as fibras óticas, tudo veio para mudar. Invenções e recursos importantíssimos aparecem todo dia. Quando descobrimos que em nossas grandes cidades os alunos perdem mais tempo no trânsito do que em sala de aula, que nossas escolas estão virando pátios de estacionamento e deixando de ter laboratórios, museus e bibliotecas, que inúmeras salas de aula e corredores consomem energia esperando alunos que se dispersam na luta pela vida, que nossos professores raramente acompanham o progresso da ciência, presos que estão a palcos denominados salas de aula, ganhamos a convicção de que insistimos em modelos superados...
O Brasil ainda mostra o desafio de seu gigantismo, a necessidade de se levar o ensino a estudantes dispersos em oito e meio milhões de quilômetros quadrados. Um percentual vergonhoso de jovens carece de atenção, de acessibilidade à cultura, a profissões que precisam para poderem trabalhar e serem úteis à nação.
Agravando tudo não dispomos de literatura técnica suficiente, de boa qualidade, acessível a todos. Os melhores livros são caros, quando existem estão disponíveis nas escolas mais elitizadas e tornam-se alvo de copiadoras que a polícia apreende sempre que o pessoal dos direitos autorais identifica o “crime”.
Temos solução.
Livros técnicos didáticos podem ser expandidos, enriquecidos por filmes, legendas, links, laboratórios virtuais, museus virtuais, tudo isso instalado em pendrives, DVDs ou disponibilizados via internet. Há como produzir material de consulta de boa qualidade, infinitamente melhor do que o oferecido pelos maçudos livros ou apostilas improvisadas. Melhor ainda, inserindo-se merchandising podemos reduzir custos, viabilizando a distribuição àqueles mais pobres em recursos materiais, ricos em potencial de aprendizado.
No GFAL tivemos a honra de ver e ouvir a palestra do Dr. Ram Charan. Este senhor, consultor de empresários e empresas de porte gigantesco, deu-nos referências, conselhos, método para soluções ousadas e adequadas ao nosso terceiro mundo.
Disse Ran Charam: . As empresas podem usar a mente, o raciocínio para projetar sistemas que permitam tornar um produto ou serviço acessível, na base, por exemplo, de 1 dólar. "Não ter dinheiro é uma situação que força a inovação", disse Charan.
Ou seja, podemos e devemos implementar sistemas educacionais compatíveis com os nossos recursos e necessidades. O Ensino à distância aliado à formação de bibliotecas eletrônicas é a base da solução rápida e com certeza eficaz num mundo que precisa aprender a evitar deslocamentos inúteis e desperdícios de toda espécie.
Note-se que via internet podemos implementar material de consulta e cursos que poderão ser atualizados diariamente, serem utilizados por qualquer cidadão que tenha contato com a rede mundial de comunicação, obter “feedback”, interagir com pessoas que, onde quer que estejam, saibam se comunicar na língua da fonte do material de ensino. Melhor ainda, os recursos eletrônicos viabilizam o acesso à informação a pessoas com necessidades especiais. Deficientes auditivos, visuais, físicos e mentais têm por aí a oportunidade de compensar a frieza das salas de aula e a impenetrabilidade de muitos livros (e professores...).
Isso não é novidade no Primeiro Mundo. Não é sem razão que estão à nossa frente anos luz de cultura técnica. Distanciamo-nos à medida que supervalorizamos corporações e os paradigmas de nossos avós. Nesse sentido vale ler, estudar e discutir o livro da Dra. Gina Gulineli Paladino, Empreendimentos Inovadores, relatos de uma jornada na Europa. Nesse livro veremos como os europeus estão à nossa frente. Se isso não bastasse, quem puder deveria ler o artigo da Revista Seleções, “O ensino que veio do céu”, artigo publicado em abril de 1962, mostrando a ousadia e inteligência dos norte americanos,, de quem adoramos tanto falar mal... Até nos EUA o desafio de ensinar não foi vencido plenamente, na auto biografia do Dr. Alan Greenspan, ex presidente do FED – Federal Reserve Bank, o autor destaca a carência de professores em Matemática naquela grande nação, mostrando, aí, que a existência de mestres nas escolas depende muito de um mercado de trabalho mais e mais competitivo.
É hora de mudar. Existem iniciativas. Temos exemplos brasileiros ainda que tímidos. A maioria de nossas escolas, contudo, permanece presa a conveniências comerciais e corporativas.
Em nosso cenário podemos e devemos investir em material e cursos que o estudante possa utilizar em suas horas livres da luta pela sobrevivência. Aulas que possa repetir exaustivamente, que tenha como utilizar ainda que tenha alguma deficiência sensorial, motora e/ou mental. Material que apóie o professor, que lhe dê condições de atualização e aplicação em seus cursos. Que seja acessível a todos, que não dependa de investimentos além da capacidade de nossos professores, alunos e escolas.
O ensino “off line”, assíncrono, livre e contínuo deve ser a nossa meta diante das dificuldades e custos do EAD com salas virtuais, um padrão de ensino excludente à medida que obriga o estudante a sincronizar suas atividades (e orçamento) com a da escola. Diplomas, que sejam dados em provas feitas à semelhança dos exames da OAB, exemplo maravilhoso de inteligência de uma entidade que honra a história de nosso país. Não importa onde o bacharel obteve seu diploma, o fundamental é que seja aprovado no exame da Ordem para poder exercer a profissão de advogado. Perfeito!
Nossas escolas precisam ser reformadas, diminuírem o desperdício de espaços, de energia. Ganhar eficácia tem que ser a grande meta. São templos à inteligência? Que o demonstrem.
Aliás, falou-se muito no GFAL que estamos entrando na fase da Responsabilidade Social, pode ser, com certeza, entretanto, chegaremos ao momento da necessidade de racionalização total; se o ser humano se diz inteligente, está na hora de prová-lo, mudando, entre outras coisas, seus processos de ensino e aprendizado.
Há três séculos a industrialização exigiu modelos de disciplina que eram o sonho dos militares, dos padres e sacerdotes. Disciplina, disciplina e disciplina treinando as crianças, os jovens e os adultos a serem passivos, obedientes, a seguirem como se fossem autômatos para salas de aula, igrejas, quartéis, grandes plantações e fábricas.
Felizmente os tempos mudaram e agora vivemos uma época em que a criatividade é uma qualidade de grande valor e a luta contra hábitos poluidores, inclusive as guerras, é prioridade da humanidade mais consciente dos verdadeiros valores humanos.
É muito difícil para crianças e jovens saudáveis e inteligentes aceitarem a disciplina típica de escolas antigas, onde entrar, rezar, calar e ouvir o mestre era a regra na maioria dos colégios.
Os tempos mudaram. Há algumas décadas alguns educadores partiram para a tese de se promover o estudo orientado em lugar das aulas expositivas. Cá entre nós, “hooo coisa chata” ser obrigado todo dia ou noite ir a algum lugar e ser obrigado a acompanhar aulas nem sempre didáticas, em situações que muitas vezes nem o professor agüenta, ainda mais em nosso país, onde o mestre é um profissional mal pago, não raramente pessimamente apoiado pelas escolas, ministrando aulas para salas heterogêneas em que alunos freqüentemente exaustos se sentam à frente dos professores pensando em uma maneira de pagar a mensalidade ao final do mês e o feijão de seus filhos.
Maravilhosamente podemos mudar os padrões de ensino radicalmente.
Com a Internet e a possibilidade de se criar bibliotecas eletrônicas, laboratórios e museus virtuais podemos multiplicar salas de aula, sem necessidade de transmissão simultânea (solução cara, com todos os defeitos de aula presencial), atingindo a maior parte dos estudantes em potencial de nosso país. Em clubes, salas comunitárias e mesmo em salas de aula isoladas, com o apoio de professores locais, monitores, técnicos em informática etc. há como utilizar DVDs, Internet e outros equipamentos completando um padrão de ensino que poderá ser avaliado em exames periódicos, feitos por bancas independentes.
O fundamental nesse contexto é a existência de portais de alta confiabilidade, cursos auditados, TICs (LTDE) com selo de qualidade, ou seja, aprovados e indicados principalmente pelos empresários urbanos e rurais, por aqueles que precisam de bons profissionais. O estudante é ingênuo e dificilmente dominará esse cenário, precisa ter onde se apoiar. Nada melhor do que a mobilização de entidades patronais para a implementação de pesquisas permanentes de qualidade e custo de cursos EAD e TICs.
Nossas universidades poderão se transformar em locais de encontro entre mestres e alunos, em função de necessidades eventuais, e também em entidades responsáveis pela produção de material didático a ser utilizado dentro dos padrões mais modernos de comunicação. Aqui nos damos o direito de lembrar a qualidade excepcional dos laboratórios do Instituto Eletrotécnico de Itajubá (IEI) quando nele ingressamos em 1964, Escola Federal de Engenharia de Itajubá, EFEI, em 1968. Equipamentos bem projetados em ambientes feitos para o uso dos alunos e professores, eram laboratórios operacionais e não salas para visita de turista ou deleite de PHDs. Não é de graça que essa escola formou tantos profissionais que se destacaram no setor elétrico brasileiro...
Os laboratórios, as boas bibliotecas e os museus são lugares para freqüência física dos alunos mas, quando distantes dos estudantes, têm como serem ajustados a modelos virtuais. A ciência e a indústria sabem fazê-lo, o Vale do Silício que o diga.
Liberar o aluno de freqüência obrigatória a aulas convencionais será extremamente importante para os mais pobres, os estudantes com necessidades especiais, para todos aqueles que por uma razão ou outra tiverem dificuldade de deslocamento para algum lugar fixo, para onde irá com todos os riscos e danos a ele e ao meio ambiente.
O profissional não é uma pessoa que antes de sair para cumprir suas tarefas tem aulas de seus chefes. Talvez uma explicação para a existência de tão grande quantidade de profissionais medíocres seja a forma de criá-los, construídos em escolas disciplinadoras, castradoras, destruidoras da criatividade e, acima de tudo, inibidoras da responsabilidade que o futuro diplomado deverá ter. Ou seja, ele, o estudante, é o principal construtor de sua personalidade e para tanto deverá estudar, independentemente da presença ou não de algum professor à sua frente.
Não é segredo para ninguém que muitas universidades se transformaram em fábricas de diplomas. O problema no Brasil é tão grave que a OAB, como já o dissemos neste artigo, resolveu aplicar exames para habilitar o bacharel a ser advogado. Brilhante solução num país em que falta, acima de tudo, senso de responsabilidade.
Nossa proposta de formação de bibliotecas eletrônicas vem nesse sentido. Além de procurar suprir uma carência monumental de livros técnicos, pretende-se atingir qualquer pessoa disposta a estudar. Paralelamente devemos rever regras e normas escolares. Elas podem ser muito convenientes a determinados tipos de alunos, mestres e empresários do setor educacional, faturando em cima da ignorância de nosso povo, estão, entretanto, atrapalhando a formação de brasileiros que precisam entrar no mercado de trabalho, principalmente as pessoas com necessidades especiais, portadoras de restrições sensoriais, físicas, mentais ou, o que não é raro, uma associação delas.
Nossa convicção é a de que o custo e a pequeníssima oferta de livros técnicos é uma das responsáveis pela diminuição da eficácia do ensino superior no Brasil, país de língua portuguesa, com um mercado nessa área reduzido, se comparado às nações de línguas dominantes. Outra conseqüência natural é a perda de eficácia no exercício de profissões de nível superior, pois a literatura técnica é fundamental e nas condições atuais um privilégio daqueles que têm domínio em línguas estrangeiras e recursos para adquirir os livros que precisarem.
Acreditamos que com a Internet, o espaço web é o ideal para divulgação de obras didáticas, livros feitos para apoio a alunos e professores em suas aulas, mais ainda se esses livros não gerarem custos além da impressão de textos, a critério dos interessados. Denominando-os provisoriamente de LTDEs, esses livros, imaginamos a possibilidade de produzi-los em parceria com as universidades ou, simplesmente, de vê-los implantados dentro de programas institucionais ou empresariais, com potencial comercial.
No Paraná podemos imaginar o potencial de produção de empresas como a SANEPAR, COPEL, CELEPAR e as universidades estaduais, onde centenas de grandes mestres teriam como criar em curto prazo TICs (LTDE) de excelente qualidade, contribuindo, paralelamente, para elevar a imagem de nosso estado no cenário nacional e em países de língua portuguesa, não esquecendo que a tradução para outras línguas é algo muito fácil com os recursos existentes.
Obviamente poderão ser objeto de exploração comercial agregando publicidade e vinculações de interesse empresarial. O fundamental é que a Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos - BEletronTD a ser formada com os LTDEs tenha um custo que o estudante e o profissional suportem. Aliás, o LTDE poderia ter uma versão para o estudante e outra para o profissional formado.
Os recursos de comunicação modernos permitem essa nova estratégia de apresentação da literatura técnica, algo absolutamente necessário diante dos desafios do século 21. Literatura em ambiente eletrônico, obras completas e feitas para esse fim, podem ser a base de consulta e estudo dos universitários e profissionais de nível superior.
A maior parte dos estudantes universitários em nosso país é formada por pessoas de capacidade financeira reduzida, com limitações de consulta e de posse de livros técnicos de toda espécie.
Há uma enorme falta de livros bons em língua portuguesa, atualizados, cobrindo as exigências dos cursos regulares de nossas universidades e escolas técnicas. Temos também um ambiente de dificuldades financeiras para o estudante comum além da simples existência de livros. A solução exige uma mudança de paradigmas e a ousadia aliada à capacidade de implementação de soluções modernas e baratas.
Nota-se em livrarias convencionais que o livro técnico não é prioridade. Percebe-se que em suas prateleiras dá-se preferência àquelas obras mais populares. Em prejuízo do estudante e do profissional formado, a carência de fontes de consulta formais, feitas com qualidade didática, é flagrante e preocupante. Nosso país precisa crescer, como avançar sem uma base literária consolidada, atualizada e acessível a todos?
Pode-se registrar que algumas universidades já possuem suas bibliotecas e padrões equivalentes de comunicação, oferecidos exclusivamente a seus alunos.
A criação de uma Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos – BeletronTD - em ambiente da web, com LTDEs ofertados sem custo para os acessantes (custos de edição e operação mantidos por inserções de mídia, doações, fundos setoriais, recursos dedicados à cultura etc.) ou oferecidos a preços suportáveis pelos nossos estudantes, é uma forma de universalização da cultura técnica e de garantir uma base mínima de qualidade em literatura técnica em nosso país.
Pode-se, facilmente, criar roteiros para livros que seriam selecionados em concursos ou escolhidos por notória competência dos autores. Os cursos regulares têm para todas as suas cadeiras programas detalhados que podem ser roteiros para elaboração e seleção de contribuições.
Nas escolas as ementas dos cursos são um roteiro perfeito para a edição de livros, condição normalmente atendida dentro das universidades, muitas vezes de forma precária (apostilas, colagens, cópias não autorizadas etc) em prejuízo do público interno e externo (já diplomado, à medida que não se criam condições de acesso à cultura técnica para o profissional já formado).
Entendemos que instituições com as atribuições, o prestígio e a competência das nossas universidades poderão ser instrumentos de projetos a favor da universalização da cultura técnica em nosso país, valorizando, outrossim, sua atuação social e reforçando sua imagem perante o povo brasileiro.
Com ação independente ou em conjunto com outras entidades há como produzir em prazo relativamente curto uma biblioteca de excelente qualidade, ainda que restrita à natureza dos seus profissionais.
É importante lembrar que a Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos – BeletronTD será especialmente útil aos deficientes. Sendo livros didáticos sem limitação de tamanho, número de páginas, podendo conter explicações mais detalhadas e apresentação de laboratórios e bibliotecas virtuais (lincadas) serão altamente eficazes no apoio ao estudo, ainda que à distância, se necessário. O LTDE poderá, assim, ser extremamente útil a todos as pessoas com necessidades especiais, desde que produzido de forma adequada.
Aliás, vale uma reflexão sobre o mito da “Inclusão”. De que jeito integrar o aluno com necessidades especiais se a escola, os professores, o material didático, os programas, o sistema de transporte coletivo, as calçadas e a população, enfim, não estão preparados para essa fantasia, sonho, esperança?
É bom enfatizar que livros técnicos são necessários a todos, estudantes e profissionais. As atividades humanas evoluem demandando gente bem preparada para o exercício das muitas profissões existentes.
Concluindo solicitamos o apoio da FIEP, do IEP, CREA-PR, UTFPR, UFPR etc na identificação de uma solução para implementação desse projeto que, temos certeza, dignificará a instituição.

João Carlos Cascaes
Rua Dorival Pereira Jorge, 282
Curitiba, Vila Izabel, PR, BR
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Telefax escritório: x41 3343 7226
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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Sutilezas do EAD e o LTDE

Sutilezas do EAD
O ensino virou uma indústria e a educação se perde na fragilidade de nossas escolas. O Brasil mostra estatísticas vergonhosas e os desafios do terceiro milênio são maiores quando sentimos o grau de despreparo de nossa população. É mais do que evidente o nosso atraso. Qualquer análise mostra cenários deploráveis, principalmente quando os comparamos com os apresentados pelos países mais desenvolvidos, vergonhosos ao nos compararmos a nações semelhantes à nossa.
Precisamos repensar nossos processos de formação de cidadãos e profissionais com urgência, tendo coragem e honestidade intelectual para contestar e propor soluções reais, coerentes com as nossas possibilidades e atentos ao que pretendemos para as gerações que estão se formando, preparando-as para o mercado de trabalho e o convívio social.
A insistência em processos caros, inacessíveis ao nosso povo é condenável diante da gravidade da situação. Precisamos encontrar soluções de baixo custo e eficazes, de aplicação rápida, com capilaridade, capazes de atingir qualquer região de nosso país de dimensões continentais.
A urbanização é um processo inexorável, um impulso natural em que se produz novos comportamentos, demanda soluções inteligentes, ajustes a processos que se exaurem nos excessos praticados.
Naturalmente os brasileiros poderiam optar pela vida nos padrões do século 19, talvez reforçando a reforma agrária e fixando nosso povo no mato. Será esse o nosso ideal de Brasil? Independentemente das visões ideológicas ou estratégicas existentes, é mais do que evidente a necessidade urgentíssima de preparação dos jovens brasileiros para o mercado de trabalho, transmitindo-lhes também conhecimento de comportamentos seguros (higiene, segurança, primeiros socorros etc.) e cidadania de modo geral. A visão de milhares de catadores de lixo nas cidades grandes, de favelas que não param de crescer e a cooptação pelo crime organizado de gente desesperada ou por outras minorias atentas aos miseráveis é uma demonstração da falência do nosso sistema de ensino, que não forma trabalhadores e cidadãos nem para o ambiente rural, muito menos para o urbano.
O presente e o futuro exigem domínio tecnológico, conhecimento profundo dos impactos de qualquer atividade, competitividade, responsabilidade social e racionalidade total. Estamos atrasados e isso é fácil de se ver no desespero de especialistas e lideranças civis quando discutem os problemas do Brasil atual. Não faz sentido falar mal de nosso povo, isso não resolve, o que é mais do que justo e necessário é massificar a educação técnica e comportamental para que se promovam as mudanças em curto prazo.
Os desafios do terceiro milênio exigem ações que estão demorando. Para vencê-los impõe-se um processo gigantesco de formação, educação e apoio contínuo, ao sabor das novidades que vamos descobrindo dia a dia. Ou seja, informação imediata, formação atualizada permanentemente, acessibilidade aos meios de informação e formação, inovação de processos e materiais de consumo no estudo.
Nota-se que mesmo instituições de ensino tradicionais precisam de mudanças. O ensino convencional não está produzindo profissionais como precisamos. O noticiário tem mostrado desastres absurdos, falhas inacreditáveis e acidentes que poderiam ser evitados se nossos profissionais tivessem melhor preparo. Isso atinge todos os níveis de formação, inclusive na área da Engenharia. Sobre essa profissão tivemos um trabalho interessantíssimo organizado dentro do sistema Confederação Nacional da Indústria (CNI) pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), contendo propostas da iniciativa privada para melhoria e modernização dos cursos de engenharia no Brasil
Vale destacar algumas recomendações e avaliações do O INOVA ENGENHARIA, [documento] de ampla divulgação no ambiente da CNI e Academia:
 As tradicionais aulas expositivas, baseadas no uso intensivo do quadro negro e de exposição verbal de conhecimentos deveriam ser substituídas por sistemas mais eficientes e participativos.
 Deveria ser feito um esforço para a produção de materiais didáticos que lançassem mão de todos os modernos recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), especialmente softwares interativos, filmes em vídeo, etc. (que dentro de um CD, DVD ou pendrive poderá ser o que chamamos de Livro Técnico Didático Eletrônico, desde que organizado de forma a ter qualidade pedagógica e didática, comentário nosso).
 A relevância disso reside no fato de que essas tecnologias potencializam a interação nas aulas, evitando que sejam meras apresentações unidirecionais.
 Deve-se promover, incentivar e difundir intensamente o uso das TICs na educação em engenharia. Isso é essencial por três motivos fundamentais:
1. Primeiro, essas tecnologias favorecem que se substituam aulas massificadas e monótonas por programações individuais de estudos, nas quais o aluno pode participar ativamente do processo educativo, elegendo meios, pesquisando, tomando decisões sobre como quer aprender e o que lhe interessa mais.
2. Em segundo lugar, essa maior autonomia, associada à necessidade de ter mais iniciativa no processo de aprendizagem, é essencial para que o estudante desenvolva uma habilidade que lhe será vital ao longo de toda a sua vida profissional: a capacidade de aprender por conta própria, de ter autonomia para buscar conhecimentos, elemento indispensável para sua atualização constante.
3. Em terceiro lugar, as TICs são um elemento-chave da modernização tecnológica dos processos produtivos. A difusão acelerada dessas novas tecnologias de comunicação e informação vem promovendo profundas transformações na economia mundial e está na origem de um novo padrão de competição, pelas perspectivas de melhoria de produtividade que oferecem. No Brasil, a baixa difusão do uso dessas tecnologias na área industrial representa uma evidente desvantagem das empresas nacionais com relação aos seus concorrentes internacionais.
Naturalmente devemos investir muito em educação. A qualidade de nossas escolas precisa melhorar. Precisamos perguntar, contudo, que tipo de escola?
O ensino convencional possui características extremamente diferenciadas à medida que sobe de nível. Se no primeiro grau lidamos com crianças que precisam de tudo, inclusive da merenda escolar e de abrigo quando os pais estão trabalhando, ao final do segundo grau em diante o aluno vai se transformando em adulto, precisando trabalhar, sustentar sua família, ganhando consciência de sua individualidade e necessidade de ser útil. O cenário se agrava quando o jovem constitui família e precisa trabalhar, diminuindo sua disponibilidade para freqüência a uma escola convencional com suas carteiras, salas, professores fazendo chamada, hora definida até para ir ao banheiro...
No processo convencional temos, ao longo da história, a preocupação de formar pessoas para o exercício militar, clero e operariado. Nessas condições disciplinar foi uma ênfase importantíssima. Pessoas servis, atentas à bajulação do ser superior de plantão era a principal meta. A aristocracia sempre teve alternativa, pois nela procurava-se formar líderes...
Felizmente a evolução da humanidade criou cenários diferentes, viabilizando o culto à liberdade, independência, criatividade, fraternidade e responsabilidade sob direitos e deveres do indivíduo, ente a ser valorizado para se contrapor aos rigores de ambientes mais e mais controlados.
A tecnologia viabiliza sistemas e equipamentos fantásticos. Quem em sã consciência acreditaria, há meio século, que agora teríamos comunicação portátil quase instantânea com qualquer parte do planeta? Aviões e navios gigantescos com tudo o que encontramos dentro deles? Computadores fazendo maravilhas? Tudo isso viabilizando novos processos de trabalho, convivência, ensino, educação etc?
E a consciência de que precisamos racionalizar a nossa maneira de viver sob pena de morrermos asfixiados em gases que liberamos? Deslocando-se em veículos motorizados para lá e para cá, muitas vezes desperdiçando tempo valioso? Desgastando-se, perdendo produtividade? Usando vias que precisam de asfalto, de espaços que fazem falta ao cidadão comum?
Em favor do meio ambiente e da necessidade urgente de se transmitir informações de forma organizada, rápida e eficaz devemos mudar nossos paradigmas de transmissão de conhecimentos, aceitando e potencializando o que nossos garotos já descobriram. A internet veio para ficar e com ela uma coleção de recursos de processamento de informações, tudo se somando às maravilhas dos aparelhos de som, televisão, gravação, fotografia, filmagens etc. Nosso desafio é usar tudo isso de maneira eficaz.
Temos, em princípio, dois cenários importantes: o ensino formal, regulado pelo governo, e o informal, livre e mais acessível ao mercado de trabalho. No primeiro caso o estudante leva anos para chegar ao nível profissional, saindo da escola normalmente com uma base teórica mas sem definições claras de aplicação dos seus estudos. No segundo circuito o ensino passa mais pela condição de treinamento, com a criação de uma base específica, pouco flexível. Entre esses dois extremos poderemos imaginar uma coleção de padrões que serão possíveis e/ou desejáveis, conforme a situação do aluno e do mercado de trabalho.
Em todas as situações notamos a ausência de livros técnicos de boa qualidade e acessíveis à maioria dos estudantes, destacando-se nessa condição negativa aqueles que se apresentam com necessidades especiais, pessoas com alguma espécie de deficiência, sem esquecer a econômica, a mais grave barreira que nossos jovens enfrentam.
O Global Fórum America Latina reforçou-nos a certeza de que o ensino precisa ser reformulado para poder vencer os desafios do século 21. A necessidade urgente de mudança de paradigmas e os ajustes para a reversão da degradação ambiental não podem esperar a conclusão de processos de discussão, avaliação e ação típicos de nossos profissionais convencionais.
Temos que implementar ações emergenciais.
Entre as recomendações do GFAL vimos a necessidade de se reformar o programa de ensino colocando-se com ênfase a sustentabilidade planetária. Ótimo, e o ensino no Brasil? Atende o convencional? Como avançar? Se não fazemos o básico, conseguiremos algo melhor?
Felizmente as oportunidades de mudança são tantas, que ninguém conseguirá impedir a revolução educacional em andamento, seja pela mídia ou em cursos regulares.
Internet, laptops, pendrives, os satélites de comunicação, as fibras óticas, tudo veio para mudar. Invenções e recursos importantíssimos aparecem todo dia. Quando descobrimos que em nossas grandes cidades os alunos perdem mais tempo no trânsito do que em sala de aula, que nossas escolas estão virando pátios de estacionamento e deixando de ter laboratórios, museus e bibliotecas, que inúmeras salas de aula e corredores consomem energia esperando alunos que se dispersam na luta pela vida, que nossos professores raramente acompanham o progresso da ciência, presos que estão a palcos denominados salas de aula, ganhamos a convicção de que insistimos em modelos superados...
O Brasil ainda mostra o desafio de seu gigantismo, a necessidade de se levar o ensino a estudantes dispersos em oito e meio milhões de quilômetros quadrados. Um percentual vergonhoso de jovens carece de atenção, de acessibilidade à cultura, a profissões que precisam para poderem trabalhar e serem úteis à nação.
Agravando tudo não dispomos de literatura técnica suficiente, de boa qualidade, acessível a todos. Os melhores livros são caros, quando existem estão disponíveis nas escolas mais elitizadas e tornam-se alvo de copiadoras que a polícia apreende sempre que o pessoal dos direitos autorais identifica o “crime”.
Temos solução.
Livros técnicos didáticos podem ser expandidos, enriquecidos por filmes, legendas, links, laboratórios virtuais, museus virtuais, tudo isso instalado em pendrives, DVDs ou disponibilizados via internet. Há como produzir material de consulta de boa qualidade, infinitamente melhor do que o oferecido pelos maçudos livros ou apostilas improvisadas. Melhor ainda, inserindo-se merchandising podemos reduzir custos, viabilizando a distribuição àqueles mais pobres em recursos materiais, ricos em potencial de aprendizado.
No GFAL tivemos a honra de ver e ouvir a palestra do Dr. Ram Charan. Este senhor, consultor de empresários e empresas de porte gigantesco, deu-nos referências, conselhos, método para soluções ousadas e adequadas ao nosso terceiro mundo.
Disse Ran Charam: . As empresas podem usar a mente, o raciocínio para projetar sistemas que permitam tornar um produto ou serviço acessível, na base, por exemplo, de 1 dólar. "Não ter dinheiro é uma situação que força a inovação", disse Charan.
Ou seja, podemos e devemos implementar sistemas educacionais compatíveis com os nossos recursos e necessidades. O Ensino à distância aliado à formação de bibliotecas eletrônicas é a base da solução rápida e com certeza eficaz num mundo que precisa aprender a evitar deslocamentos inúteis e desperdícios de toda espécie.
Note-se que via internet podemos implementar material de consulta e cursos que poderão ser atualizados diariamente, serem utilizados por qualquer cidadão que tenha contato com a rede mundial de comunicação, obter “feedback”, interagir com pessoas que, onde quer que estejam, saibam se comunicar na língua da fonte do material de ensino. Melhor ainda, os recursos eletrônicos viabilizam o acesso à informação a pessoas com necessidades especiais. Deficientes auditivos, visuais, físicos e mentais têm por aí a oportunidade de compensar a frieza das salas de aula e a impenetrabilidade de muitos livros (e professores...).
Isso não é novidade no Primeiro Mundo. Não é sem razão que estão à nossa frente anos luz de cultura técnica. Distanciamo-nos à medida que supervalorizamos corporações e os paradigmas de nossos avós. Nesse sentido vale ler, estudar e discutir o livro da Dra. Gina Gulineli Paladino, Empreendimentos Inovadores, relatos de uma jornada na Europa. Nesse livro veremos como os europeus estão à nossa frente. Se isso não bastasse, quem puder deveria ler o artigo da Revista Seleções, “O ensino que veio do céu”, artigo publicado em abril de 1962, mostrando a ousadia e inteligência dos norte americanos,, de quem adoramos tanto falar mal... Até nos EUA o desafio de ensinar não foi vencido plenamente, na auto biografia do Dr. Alan Greenspan, ex presidente do FED – Federal Reserve Bank, o autor destaca a carência de professores em Matemática naquela grande nação, mostrando, aí, que a existência de mestres nas escolas depende muito de um mercado de trabalho mais e mais competitivo.
É hora de mudar. Existem iniciativas. Temos exemplos brasileiros ainda que tímidos. A maioria de nossas escolas, contudo, permanece presa a conveniências comerciais e corporativas.
Em nosso cenário podemos e devemos investir em material e cursos que o estudante possa utilizar em suas horas livres da luta pela sobrevivência. Aulas que possa repetir exaustivamente, que tenha como utilizar ainda que tenha alguma deficiência sensorial, motora e/ou mental. Material que apóie o professor, que lhe dê condições de atualização e aplicação em seus cursos. Que seja acessível a todos, que não dependa de investimentos além da capacidade de nossos professores, alunos e escolas.
O ensino “off line”, assíncrono, livre e contínuo deve ser a nossa meta diante das dificuldades e custos do EAD com salas virtuais, um padrão de ensino excludente à medida que obriga o estudante a sincronizar suas atividades (e orçamento) com a da escola. Diplomas, que sejam dados em provas feitas à semelhança dos exames da OAB, exemplo maravilhoso de inteligência de uma entidade que honra a história de nosso país. Não importa onde o bacharel obteve seu diploma, o fundamental é que seja aprovado no exame da Ordem para poder exercer a profissão de advogado. Perfeito!
Nossas escolas precisam ser reformadas, diminuírem o desperdício de espaços, de energia. Ganhar eficácia tem que ser a grande meta. São templos à inteligência? Que o demonstrem.
Aliás, falou-se muito no GFAL que estamos entrando na fase da Responsabilidade Social, pode ser, com certeza, entretanto, chegaremos ao momento da necessidade de racionalização total; se o ser humano se diz inteligente, está na hora de prová-lo, mudando, entre outras coisas, seus processos de ensino e aprendizado.
Há três séculos a industrialização exigiu modelos de disciplina que eram o sonho dos militares, dos padres e sacerdotes. Disciplina, disciplina e disciplina treinando as crianças, os jovens e os adultos a serem passivos, obedientes, a seguirem como se fossem autômatos para salas de aula, igrejas, quartéis, grandes plantações e fábricas.
Felizmente os tempos mudaram e agora vivemos uma época em que a criatividade é uma qualidade de grande valor e a luta contra hábitos poluidores, inclusive as guerras, é prioridade da humanidade mais consciente dos verdadeiros valores humanos.
É muito difícil para crianças e jovens saudáveis e inteligentes aceitarem a disciplina típica de escolas antigas, onde entrar, rezar, calar e ouvir o mestre era a regra na maioria dos colégios.
Os tempos mudaram. Há algumas décadas alguns educadores partiram para a tese de se promover o estudo orientado em lugar das aulas expositivas. Cá entre nós, “hooo coisa chata” ser obrigado todo dia ou noite ir a algum lugar e ser obrigado a acompanhar aulas nem sempre didáticas, em situações que muitas vezes nem o professor agüenta, ainda mais em nosso país, onde o mestre é um profissional mal pago, não raramente pessimamente apoiado pelas escolas, ministrando aulas para salas heterogêneas em que alunos freqüentemente exaustos se sentam à frente dos professores pensando em uma maneira de pagar a mensalidade ao final do mês e o feijão de seus filhos.
Maravilhosamente podemos mudar os padrões de ensino radicalmente.
Com a Internet e a possibilidade de se criar bibliotecas eletrônicas, laboratórios e museus virtuais podemos multiplicar salas de aula, sem necessidade de transmissão simultânea (solução cara, com todos os defeitos de aula presencial), atingindo a maior parte dos estudantes em potencial de nosso país. Em clubes, salas comunitárias e mesmo em salas de aula isoladas, com o apoio de professores locais, monitores, técnicos em informática etc. há como utilizar DVDs, Internet e outros equipamentos completando um padrão de ensino que poderá ser avaliado em exames periódicos, feitos por bancas independentes.
O fundamental nesse contexto é a existência de portais de alta confiabilidade, cursos auditados, TICs (LTDE) com selo de qualidade, ou seja, aprovados e indicados principalmente pelos empresários urbanos e rurais, por aqueles que precisam de bons profissionais. O estudante é ingênuo e dificilmente dominará esse cenário, precisa ter onde se apoiar. Nada melhor do que a mobilização de entidades patronais para a implementação de pesquisas permanentes de qualidade e custo de cursos EAD e TICs.
Nossas universidades poderão se transformar em locais de encontro entre mestres e alunos, em função de necessidades eventuais, e também em entidades responsáveis pela produção de material didático a ser utilizado dentro dos padrões mais modernos de comunicação. Aqui nos damos o direito de lembrar a qualidade excepcional dos laboratórios do Instituto Eletrotécnico de Itajubá (IEI) quando nele ingressamos em 1964, Escola Federal de Engenharia de Itajubá, EFEI, em 1968. Equipamentos bem projetados em ambientes feitos para o uso dos alunos e professores, eram laboratórios operacionais e não salas para visita de turista ou deleite de PHDs. Não é de graça que essa escola formou tantos profissionais que se destacaram no setor elétrico brasileiro...
Os laboratórios, as boas bibliotecas e os museus são lugares para freqüência física dos alunos mas, quando distantes dos estudantes, têm como serem ajustados a modelos virtuais. A ciência e a indústria sabem fazê-lo, o Vale do Silício que o diga.
Liberar o aluno de freqüência obrigatória a aulas convencionais será extremamente importante para os mais pobres, os estudantes com necessidades especiais, para todos aqueles que por uma razão ou outra tiverem dificuldade de deslocamento para algum lugar fixo, para onde irá com todos os riscos e danos a ele e ao meio ambiente.
O profissional não é uma pessoa que antes de sair para cumprir suas tarefas tem aulas de seus chefes. Talvez uma explicação para a existência de tão grande quantidade de profissionais medíocres seja a forma de criá-los, construídos em escolas disciplinadoras, castradoras, destruidoras da criatividade e, acima de tudo, inibidoras da responsabilidade que o futuro diplomado deverá ter. Ou seja, ele, o estudante, é o principal construtor de sua personalidade e para tanto deverá estudar, independentemente da presença ou não de algum professor à sua frente.
Não é segredo para ninguém que muitas universidades se transformaram em fábricas de diplomas. O problema no Brasil é tão grave que a OAB, como já o dissemos neste artigo, resolveu aplicar exames para habilitar o bacharel a ser advogado. Brilhante solução num país em que falta, acima de tudo, senso de responsabilidade.
Nossa proposta de formação de bibliotecas eletrônicas vem nesse sentido. Além de procurar suprir uma carência monumental de livros técnicos, pretende-se atingir qualquer pessoa disposta a estudar. Paralelamente devemos rever regras e normas escolares. Elas podem ser muito convenientes a determinados tipos de alunos, mestres e empresários do setor educacional, faturando em cima da ignorância de nosso povo, estão, entretanto, atrapalhando a formação de brasileiros que precisam entrar no mercado de trabalho, principalmente as pessoas com necessidades especiais, portadoras de restrições sensoriais, físicas, mentais ou, o que não é raro, uma associação delas.
Nossa convicção é a de que o custo e a pequeníssima oferta de livros técnicos é uma das responsáveis pela diminuição da eficácia do ensino superior no Brasil, país de língua portuguesa, com um mercado nessa área reduzido, se comparado às nações de línguas dominantes. Outra conseqüência natural é a perda de eficácia no exercício de profissões de nível superior, pois a literatura técnica é fundamental e nas condições atuais um privilégio daqueles que têm domínio em línguas estrangeiras e recursos para adquirir os livros que precisarem.
Acreditamos que com a Internet, o espaço web é o ideal para divulgação de obras didáticas, livros feitos para apoio a alunos e professores em suas aulas, mais ainda se esses livros não gerarem custos além da impressão de textos, a critério dos interessados. Denominando-os provisoriamente de LTDEs, esses livros, imaginamos a possibilidade de produzi-los em parceria com as universidades ou, simplesmente, de vê-los implantados dentro de programas institucionais ou empresariais, com potencial comercial.
No Paraná podemos imaginar o potencial de produção de empresas como a SANEPAR, COPEL, CELEPAR e as universidades estaduais, onde centenas de grandes mestres teriam como criar em curto prazo TICs (LTDE) de excelente qualidade, contribuindo, paralelamente, para elevar a imagem de nosso estado no cenário nacional e em países de língua portuguesa, não esquecendo que a tradução para outras línguas é algo muito fácil com os recursos existentes.
Obviamente poderão ser objeto de exploração comercial agregando publicidade e vinculações de interesse empresarial. O fundamental é que a Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos - BEletronTD a ser formada com os LTDEs tenha um custo que o estudante e o profissional suportem. Aliás, o LTDE poderia ter uma versão para o estudante e outra para o profissional formado.
Os recursos de comunicação modernos permitem essa nova estratégia de apresentação da literatura técnica, algo absolutamente necessário diante dos desafios do século 21. Literatura em ambiente eletrônico, obras completas e feitas para esse fim, podem ser a base de consulta e estudo dos universitários e profissionais de nível superior.
A maior parte dos estudantes universitários em nosso país é formada por pessoas de capacidade financeira reduzida, com limitações de consulta e de posse de livros técnicos de toda espécie.
Há uma enorme falta de livros bons em língua portuguesa, atualizados, cobrindo as exigências dos cursos regulares de nossas universidades e escolas técnicas. Temos também um ambiente de dificuldades financeiras para o estudante comum além da simples existência de livros. A solução exige uma mudança de paradigmas e a ousadia aliada à capacidade de implementação de soluções modernas e baratas.
Nota-se em livrarias convencionais que o livro técnico não é prioridade. Percebe-se que em suas prateleiras dá-se preferência àquelas obras mais populares. Em prejuízo do estudante e do profissional formado, a carência de fontes de consulta formais, feitas com qualidade didática, é flagrante e preocupante. Nosso país precisa crescer, como avançar sem uma base literária consolidada, atualizada e acessível a todos?
Pode-se registrar que algumas universidades já possuem suas bibliotecas e padrões equivalentes de comunicação, oferecidos exclusivamente a seus alunos.
A criação de uma Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos – BeletronTD - em ambiente da web, com LTDEs ofertados sem custo para os acessantes (custos de edição e operação mantidos por inserções de mídia, doações, fundos setoriais, recursos dedicados à cultura etc.) ou oferecidos a preços suportáveis pelos nossos estudantes, é uma forma de universalização da cultura técnica e de garantir uma base mínima de qualidade em literatura técnica em nosso país.
Pode-se, facilmente, criar roteiros para livros que seriam selecionados em concursos ou escolhidos por notória competência dos autores. Os cursos regulares têm para todas as suas cadeiras programas detalhados que podem ser roteiros para elaboração e seleção de contribuições.
Nas escolas as ementas dos cursos são um roteiro perfeito para a edição de livros, condição normalmente atendida dentro das universidades, muitas vezes de forma precária (apostilas, colagens, cópias não autorizadas etc) em prejuízo do público interno e externo (já diplomado, à medida que não se criam condições de acesso à cultura técnica para o profissional já formado).
Entendemos que instituições com as atribuições, o prestígio e a competência das nossas universidades poderão ser instrumentos de projetos a favor da universalização da cultura técnica em nosso país, valorizando, outrossim, sua atuação social e reforçando sua imagem perante o povo brasileiro.
Com ação independente ou em conjunto com outras entidades há como produzir em prazo relativamente curto uma biblioteca de excelente qualidade, ainda que restrita à natureza dos seus profissionais.
É importante lembrar que a Biblioteca Eletrônica de Livros Técnicos Didáticos – BeletronTD será especialmente útil aos deficientes. Sendo livros didáticos sem limitação de tamanho, número de páginas, podendo conter explicações mais detalhadas e apresentação de laboratórios e bibliotecas virtuais (lincadas) serão altamente eficazes no apoio ao estudo, ainda que à distância, se necessário. O LTDE poderá, assim, ser extremamente útil a todos as pessoas com necessidades especiais, desde que produzido de forma adequada.
Aliás, vale uma reflexão sobre o mito da “Inclusão”. De que jeito integrar o aluno com necessidades especiais se a escola, os professores, o material didático, os programas, o sistema de transporte coletivo, as calçadas e a população, enfim, não estão preparados para essa fantasia, sonho, esperança?
É bom enfatizar que livros técnicos são necessários a todos, estudantes e profissionais. As atividades humanas evoluem demandando gente bem preparada para o exercício das muitas profissões existentes.
Concluindo solicitamos o apoio da FIEP, do IEP, CREA-PR, UTFPR, UFPR etc na identificação de uma solução para implementação desse projeto que, temos certeza, dignificará a instituição.

João Carlos Cascaes
Rua Dorival Pereira Jorge, 282
Curitiba, Vila Izabel, PR, BR
CEP 80.320-060

Telefax escritório: x41 3343 7226
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sábado, 5 de julho de 2008

Uma proposta de EAD

Curitiba, 02 de fevereiro de 2001
ENSINO ESPECIAL À DISTÂNCIA

Índice

Introdução. 2
O que é o ensino à distância. 3
Nossa realidade. 4
Oportunidade técnica. 5
O ensino à distância e o PPD.. 5
Barreiras. 6
Vantagens do ensino à distância. 7
Ajustando os cursos aos PPDs. 7
Um programa de governo. 8
A importância do apoio de uma entidade internacional 9
O "Clube de serviço internacional" e o ensino à distância. 10
Fundação. 11
Desenvolvimento do projeto. 12
Pesquisa. 12
Primeiras providências. 12
Etapas sucessivas até início de aulas. 12
Oportunidades no Paraná. 13
Conclusão. 13
ANEXOS.. 14
SITES.. 14
CV do proponente. 17
Dados pessoais. 17
Escolaridade: 17
Treinamento e estágios: 17
Livro publicado. 18
Atividades profissionais. 18



Introdução

O ensino clássico é restritivo a muitos brasileiros e com certeza para muitos seres humanos em muitos lugares desse planeta. No Brasil podemos dizer que o sistema educacional é caro, com professores nem sempre educados de forma adequada e inacessível a muitos brasileiros que moram em lugares menos desenvolvidos.
O portador de deficiência é um aluno que não interessa às escolas - empresas. Ele é caro e cria situações que despertam preconceitos brutais. O resultado, de modo geral, com belas e raras exceções, é que nas condições atuais a escola expulsa ou simplesmente inibe a presença em salas de aula dos mais pobres e dos portadores de deficiências.
No sistema convencional o aluno precisa freqüentar salas de aula. Nas condições tecnológicas atuais, graças à evolução dos meios de comunicação e de processamento de dados, podemos afirmar que a presença física em classe é importante mas não essencial ao aprendizado da maioria das profissões existentes.

O que é o ensino à distância


Basicamente o ensino à distância consiste na aplicação de aulas com o professor e aluno separados fisicamente, em lugares geográficos diferentes.





Dentro dessa tecnologia, em franco desenvolvimento, pode-se aplicar aulas a alunos que tenham acesso à internet, a salas preparadas especialmente para o recebimento e transmissão de imagem ou, nos casos mais simples e já antigos, por correspondência. Neste último caso as aulas hoje poderiam ser enviadas por CDs, disquetes, fitas de vídeo, livros, apostilas etc.
Com mais recursos, ou seja, utilizando-se sistemas de transmissão de som e imagem, é possível criar salas de aula distantes fisicamente dos professores mas equipadas de forma a se ter a impressão de presença local do mestre.
Diante das inúmeras oportunidades existentes, o ensino ganha um potencial incrível com redução de custos pois os melhores professores poderão ter salas virtuais com milhares de alunos e utilização da tecnologia de acordo com as possibilidades financeiras dos estudantes.
Assim a freqüência do aluno na escola clássica poderá ser reduzida ao máximo, aproveitando-se a tecnologia para levar até ele os ensinamentos de sua profissão ou treinamento básico. Evidentemente esse aprendizado dependerá muito do interesse do aluno. A motivação para o estudo, contudo, pressupõe-se existir sempre que o aluno procura aprender. Basicamente não compete ao professor obrigar o estudante a freqüentar suas aulas. Os testes, o mercado de trabalho e a própria vida serão a grande "peneira" que selecionará os bons profissionais, os melhores alunos.

Nossa realidade

Infelizmente nossas universidades pouco fazem para atender o povo mais carente, ao contrário, vestibulares e instalações de acesso difícil restringem o ensino de diversas formas. Para os portadores de deficiências as dificuldades são infinitamente maiores. Instalações inadequadas, falta de equipamentos e material didático apropriado e poucos professores dispostos a se ajustarem a algumas limitações eventuais de seus alunos criam barreiras enormes, muitas vezes intransponíveis. O trânsito entre escola e residência é outro problema importante para muitos estudantes. Não raro gasta-se um tempo enorme nessas viagens além da exposição a todo tipo de agressão. As cidades crescem aumentando barreiras entre pólos normais de interesse do cidadão.
Nossas cidades desconhecem o que seja calçada transitável curiosamente existe uma atenção enorme para a implantação de rampas, de rebaixamentos nos limites dos passeios mas as calçadas em si são precaríssimas para o trânsito de pessoas idosas e portadoras de deficiências.
Os sistemas de transporte coletivo são tenebrosamente omissos. Dentro dos veículos, poucos passageiros se preocupam com as necessidades dos mais carentes. Nas escolas o problema se repete com a falta de instalações para os PPDs.
Tudo mostra um cenário que dificulta enormemente o treinamento dos PPDs. A grande luta é o ajuste das cidades e seus equipamentos a todos, quanto tempo isso levará?

Oportunidade técnica

Felizmente temos novidades positivas na área educacional.
Uma revolução sem violência está acontecendo. As telecomunicações estão abrindo um espaço gigantesco para o ensino e educação à distância para uma imensa população, que nem sonhava poder estudar. De diversas formas o mundo do conhecimento pode, agora, atingir qualquer cidadão, desde que ele tenha um mínimo de recursos de comunicação.
As aulas à distância podem ser, como é feito há mais de um século, com o uso de livros e correspondência escrita. Essa é uma forma com algumas limitações importantes pois carece de imagens dinâmicas e da comunicação circunstancial, natural em classe de aula.


Atualmente pode-se usar vídeos, rádio e televisão. Uma quantidade imensa de cursos existem nessa condição.
Com mais dinheiro e sofisticação, autênticas salas de aula à distância estão sendo montadas em muitos lugares desse nosso planeta a cada dia menor. No Brasil alguns estados e empresas privadas começam a investir nesse processo. Precisam, contudo, não esquecer os deficientes físicos, sensoriais e mentais.

O ensino à distância e o PPD

O ensino à distância é um recurso espetacular para os portadores de deficiências. Muitos com limitações de trânsito, outros com restrições sensoriais, a maioria sem muito dinheiro para poder freqüentar uma escola regular e a falta de universidades dedicadas aos portadores de deficiências no Brasil inibem a formação de milhões de brasileiros.
A inclusão é o discurso formal, até universal. Ela exige, contudo, muito mais do que simples vontade. Cobra recursos que nossos estudantes e escolas não possuem. Alternativamente é possível transformar salas de associações e escolas especiais em locais onde os melhores cursos do mundo poderão ser ministrados com o apoio de especialistas.
A instalação de telões, projetores, microcomputadores conectados à internet, sistemas de som e imagem além de bibliotecas e apoio técnico e administrativo farão de qualquer clube uma sala de qualquer grau de ensino.
Nesses locais o PPD poderá estudar, aprender, desenvolver-se cercado do carinho de pessoas que lhes querem bem, que ali estão para apoiá-los.
Podemos afirmar que, no cenário tecnológico atual, agora poderão ter acesso, pouco a pouco, a praticamente todos os cursos formais e especiais.

Barreiras

A principal barreira será vencer o conservadorismo dos gerentes do MEC e, provavelmente, as pressões de empresários do ensino privado. Muito dinheiro foi gasto para a construção de escolas convencionais, evidentemente seus proprietários não vão querer perder dinheiro... A formação dos cursos regulares à distância e o reconhecimento de seus diplomas serão uma luta.
O preconceito contra o ensino à distância precisa ser superado. Empregadores e estudantes precisarão evoluir nesse sentido. Os próprios alunos em potencial deverão aprender a valorizar essa tecnologia. Deve-se entender que a qualidade poderá ser ampliada nessa condição de ensino e o resultado final dependerá mais do aluno do que do sistema de ensino.
A adaptação de ambientes e treinamento de instrutores precisarão de apoio financeiro, que não é muito grande mas normalmente muito acima das possibilidades das escolas especiais. O ministério da Educação tem linha de apoio financeiro a atividades a favor dos PPDs. Internacionalmente certamente muitas fundações e ONGs darão apoio a uma iniciativa desta espécie, desde que conquiste credibilidade.

Vantagens do ensino à distância

Vale a pena insistir. O ensino à distância tem possibilidades significativas, com algumas vantagens sobre os cursos convencionais. No ensino via recursos de telecomunicações, os melhores professores e as melhores técnicas de ensino poderão ser aplicadas. Onde estiverem os professores melhor preparados em suas salas de aula, laboratórios ou bibliotecas, de lá será possível gerar salas virtuais com milhares de alunos. A partir deles será possível gravar e transmitir aulas especiais, ajustadas no local de recepção ao público alvo.
O maior ganho será gerar oportunidades de formação profissional para boa parte dos 10% de portadores de deficiências, que acredita-se existir em nossa sociedade. Note-se que essas salas de aula poderão ser freqüentadas por alunos comuns, quando o inverso nem sempre é verdadeiro.
Principalmente os deficientes auditivos enfrentam barreiras enormes em seu aprendizado em escolas convencionais. Quando se fala em apoio a portadores de deficiências pensa-se imediatamente naqueles que visualmente mostram seus problemas. O surdo via de regra é ignorado nas políticas de apoio aos PPDs.

Ajustando os cursos aos PPDs

O que fazer para os portadores de deficiências?
Para os surdos, por exemplo, o principal será legendar os filmes, quando necessário aplicar recursos tipo "closed caption" (legenda oculta) e intérpretes para a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), com o apoio de pedagogos para ajustes no processo de comunicação e monitores em salas especiais. Aliás, a aplicação de legenda (tradução) ou da LIBRAS permitirá a utilização de cursos estrangeiros, bastando a tradução.
Espanha e Estados Unidos da América do Norte são dois países bastante adiantados nesse aspecto. O Brasil, com suas dimensões continentais e uso de apenas uma língua (portuguesa), torna-se um cenário perfeito para o ensino à distância.
Os diversos grupos sociais e econômicos de nossa população poderão ter padrões específicos de "sala". Os especialistas terão condições de montar "kits" ajustados aos alunos, escolas e monitores. Professores de apoio, psicólogos, pedagogos, todos precisarão ser mobilizados para o desenvolvimento desse processo hiper democrático de ensino.
As associações dedicadas aos portadores de deficiências ganharão mais uma utilidade à medida que aprenderem a usar essa tecnologia de ensino. Nelas poderemos ter as salas especiais, os apoiadores, os professores de reforço. É simplesmente fantástico o mundo que se abre.
Note-se que diversos padrões de ensino à distância são possíveis. Os cursos poderão ser síncronos, com telões e processos de comunicação professor / aluno instantâneos como também poderão estar em condição assíncrona, ou seja, aplicação de cursos pela forma mais simples e convencional possível (CDs, fitas de vídeo, filmes, livros e apostilhas). O fundamental é desenvolver técnicas que levem a escola ao aluno, principalmente o PPD que, apesar dos inúmeros discursos, cartas, declarações e leis continua enfrentando barreiras gigantescas ao seu aprendizado.
No Brasil já temos muitos programas educativos a nível nacional. Muitos não são legendados nem tem intérpretes para a linguagem de sinais (LIBRAS). Assim ficam fora de aplicação para os surdos. Alguns programas evangélicos, ao contrário, há muito tempo tiveram esta atenção, que falta até na propaganda política. Com a criação das universidades eletrônicas e algum suporte, toda essa gente especial poderá desenvolver-se, habilitando-se ao mercado de trabalho e à cidadania plena.
Com certeza, à medida que nosso povo especial perceber a importância desse recurso de aprendizado, as pressões acontecerão e leis e normas serão modificadas e milhões de brasileiros, hoje impedidos de estudar, estarão integrados a um processo educacional amplo e irrestrito.

Um programa de governo

Os governos estaduais e o federal poderiam facilmente implementar um enorme programa de ensino à distância para os portadores de deficiências. A curtíssimo prazo bastaria adaptar trabalhos já feitos. Vale lembrar a quantidade gigantesca de reportagens GNT, Rede Globo, TVs Educativas etc e ajustá-las à linguagem do surdo, do paraplégico, do deficiente mental (entenda-se por "linguagem" o padrão de comunicação ideal). É fundamental introduzir técnicas didáticas e de comunicação que façam com que o PPD tenha o máximo de proveito do que se pretender ensinar.
Na área da saúde, por exemplo, existe um espaço enorme para educação preventiva, orientação psicológica, sanitária e médica de modo geral. O Ministério da Saúde poderia, junto com o da Educação, criar a Universidade Federal do Ensino Especial gerando cursos em todos os níveis para os PPDs, especialistas, professores e monitores.
Temos a convicção de que esse programa seria tremendamente eficaz e oportuno.

A importância do apoio de uma entidade internacional

O corporativismo, sindicalismo, leis restritivas e preconceitos são barreiras enormes quando se pretende implantar novos sistemas que afetam formas de trabalho tradicionais. Grandes estruturas têm inércia considerável, cultura própria consolidada e dificuldade de aceitar mudanças.
Instituições internacionais, com credibilidade e visão pró ativa em relação aos problemas humanos poderão ser uma magnífica base sobre a qual se construiria o sistema de ensino à distância para os portadores de deficiências. Essas instituições, sendo transnacionais, podem ignorar restrições menos inteligentes e imorais de alguns países, criando formas de aprendizado otimizadas.
Em alguns lugares do Mundo existem escolas antigas e de grande notoriedade no ensino especial. Um bom exemplo é a Gallaudet, uma universidade centenária operando nos Estados Unidos da América do Norte. Essa universidade, dedicada aos surdos, conhece muito bem as dificuldades dessa atividade assim como entende muito bem o potencial dos deficientes auditivos.
A organização, que viesse a fazer convênios ou simplesmente parcerias comerciais com grandes centros educacionais dedicados aos portadores de deficiências, poderia começar com um padrão excepcional.
Um entidade internacional de clubes de serviço, adotando o ensino especial à distância como sua bandeira, faria com que essa tecnologia se colocasse imediatamente disponível em todos os países que atuasse. Lembrando que em média 10% da população da terra é portadora de deficiência, sem contar com aquelas que a idade transforma gradativamente em deficientes físicos, sensoriais e mentais, veremos que mais de meio bilhão de pessoas poderiam aproveitar os cursos para esse povo.

O "Clube de serviço internacional" e o ensino à distância

O apoio de um clube de serviço internacional daria credibilidade e provavelmente recursos técnicos e financeiros extraordinários, a curto prazo. Tendo recursos e contando com pessoas de alto nível e grande prestígio poderia criar um programa de desenvolvimento e aplicação de cursos especiais à distância. Possuindo associados em muitos países seria possível trazer desses países a melhor contribuição possível, colecionando cursos especiais de grande valor.
Uma associação dessa espécie, agindo dessa forma, criará mídia em torno dessa tecnologia, iniciando um processo que certamente se irradiará multiplicando oportunidade de aprendizado para os PPDs.
Entre as diversas hipóteses de forma de atuação um clube de serviço de atuação e prestígio internacionais poderia criar centros de geração de cursos, aproveitando oportunidades em seus melhores locais de criação e sustentação de cursos.
No Brasil, por exemplo, existe no Ministério da Educação linha de crédito de apoio a escolas especiais. Os filiados a esse clube poderiam apoiar e orientar as escolas especiais na obtenção desses recursos para a montagem dos equipamentos necessários ao ensino à distância.

Fundação

Uma boa alternativa seria o patrocínio de uma fundação de beneficência. Uma entidade com credibilidade internacional e recursos para a mídia (maior custo) e implantação das bases geradoras de cursos teria condições de promover, instalar e consolidar a proposta de "Ensino Especial à Distância - EED".
Com certeza a verdadeira Universidade, que será a fundação dedicada ao ensino especial à distância, será a ponta de lança de um processo de altíssimo valor humano e social.
O Grande Arquiteto do Universo deu a seus pedreiros os instrumentos de construção dos templos à virtude. O grande desafio de suas crias será entender as diversas formas de atender a seus desígnios. A implantação da EED será uma excelente demonstração de que seus militantes conhecem seus desígnios.



Desenvolvimento do projeto

Pesquisa

Para dimensionamento de um projeto educacional será essencial avaliar carências, potenciais e objetivos dos cursos a serem desenvolvidos.
Toda proposta, curso, treinamento tem custos, objetivos, cronograma, assim é importante estimar:
Quantos alunos?
Qual é o mercado de trabalho pretendido?
Qual é o nível cultural e mental dos treinandos?
Os professores, monitores e auxiliares estão treinados? Que tipo de treinamento necessitariam?
Que aparelhos e salas seriam necessários?
Qual o custo?
O registro dos cursos, reconhecimento e mídia ?
Cronograma de implantação dos cursos?
Organograma?
Burocracia?
A resposta a questões dessa espécie e a solução dos desafios darão forma à escola.

Primeiras providências

Nessa primeira etapa precisamos:
- motivar
- identificar situações similares
- procurar apoio financeiro e institucional
- identificar lideranças

Etapas sucessivas até início de aulas

Redigir ante projeto
Obter apoio de entidades filantrópicas
Contratar local
Obter material e equipamentos
Treinar monitores e professores
Contratar e registrar cursos
Selecionar, classificar alunos

Oportunidades no Paraná

O estado do Paraná possui sua
"Universidade Eletrônica do Paraná".
Essa universidade faz parte do quadro de instituições subordinadas à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Secretário Ramiro Wahrhaftig) e é coordenada pelo Professor Ataíde Ferrazza. De acordo com reportagem de 12 de setembro do jornal Gazeta do Povo a Universidade Eletrônica deverá desenvolver diversos cursos de graduação, pós graduação e pós graduação. Ou seja, no estado do Paraná já existe suporte tecnológico para o ensino especial à distância.
No estado do Tocantins seu governo desenvolve projeto semelhante. O desafio é convencer esses governos a usar esses projetos a favor dos PPDs.

Conclusão

O futuro do ensino mostra a consciência de que o fundamental é ensinar, preparar o aluno para a vida social e profissional. Nessa condição percebe-se que a presença do aluno em sala de aula deixa de ser importante à medida que ele puder aprender em local que lhe for mais conveniente. Graças à tecnologia o professor será levado ao aluno e não o contrário. Ainda aproveitando o nível tecnológico dos sistemas de processamento de dados e de telecomunicações poderemos ajustar as aulas ao estudante, tornando-as mais compreensíveis, mais eficazes. Para o portador de deficiência será a superação de barreiras enormes existentes nos cursos convencionais e a oportunidade de preparação para o mercado de trabalho.


João Carlos Cascaes
Curitiba, 25/12/2000

ANEXOS

SITES

1 - http://ead1.eee.ufmg.br/

2 - http://www.politica.pro.br/ead/artigos.htm

3 - http://www.led.ufsc.br/
Laboratório de Ensino à Distância da UFSC

4 - http://www.nortelnetworks.com/products/01/ndl/nt_dist_learn.html

5 - http://gasa.dcea.fct.unl.pt/julia/ensino/biblio.htm

TECNOLOGIAS DE ENSINO À DISTÂNCIA NO ENSINO UNIVERSITÁRIO

BIBLIOGRAFIA E LINKS RELACIONADOS

6 - http://student.dei.uc.pt/~pjm/ensdist5.htm
Ensino à distância através da Internet

7 - http://www.uwex.edu/disted/definition.html

Distance Education Clearinghouse

8 - http://www.ensinoweb.com.br/

ENSINOWEB

9 - http://www.educativo.com.br/


10 - http://www.distance.cmu.edu/


11 - http://www.savie.com/disted.html



12 - http://dir.yahoo.com/education/distance_learning/




13 - http://www.ceadnet.com.br/menu.htm

CEAD

14 - http://www.hoyle.com/distance.htm


15 - http://piano.dsi.uminho.pt/disciplinas/UPMTMEAD/teresabarros/lista.htm

ENSINO À DISTÂNCIA - LISTA DE REFERÊNCIAS

16 - http://www.educacao.pe.gov.br/links.htm

Secretaria de Educação do estado do Pernambuco - LINKs

17 - http://www.mec.gov.br/nivemod/educdist.shtm

MEC


18 - http://www.ufba.br/educacaoadistancia.html

Sites

CV do proponente

Currículo profissional de
João Carlos Cascaes
Dados pessoais

Data de nascimento: 8 de outubro de 1944
Naturalidade: Blumenau, Santa Catarina
Estado Civil: casado
Filiação: Pedro Cascaes e Francisca Baião Cascaes
Esposa: Tânia Rosa Ferreira Cascaes

Endereço residencial:
Rua Dorival Pereira Jorge, 282, Vila Isabel, Curitiba, CEP 80.320-060
Telefax: 0xx41 2427082, Celular: 041 9973 2499
Internet: jccascaes@onda.com.br


Escolaridade:

Engenharia em Eletrotécnica: Escola Federal de Engenharia de Itajubá, EFEI (Itajubá), período de 1964 a 1968
Mestrado em engenharia elétrica ( sistemas de potência ): Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC (Florianópolis), 1972
Defesa de tese, mestrado, UFSC, “Critérios para Load Shedding”, 1974.
Treinamento e estágios:

Qualidade Total ( Fundação Christiano Ottoni ) com treinamento em diversos níveis, inclusive curso para executivos no Japão, 1994, promovido pela JUSE após participação em diversos seminários internos sobre TQC.
Cursos internos à Copel sob o tema “Desenvolvimento Gerencial”.
Cursos básicos em Psicologia, Análise Transacional e Liderança.
Cursos internos à Copel sobre administração financeira.
Participação em seminários e cursos sobre confiabilidade.
Participação em cursos, seminários e estágios na área de manutenção, operação e planejamento de empresas de energia no Brasil e no Exterior.
Participação de seminários em transporte coletivo urbano na França e Brasil.
Membro de comissão de avaliação técnica de capacidade de projeto e fabricação de subestações isoladas a SF6, tendo visitado (1977) diversas fábricas e instalações na Europa e América do Norte.
Estagiário do governo francês em 1988 em técnicas de transporte coletivo ferroviário com ênfase nos sistemas de bonde e metrô leve.
Diversos cursos na Aliança Francesa.
Diversas visitas técnicas no exterior

Livro publicado

“Conversando com meus filhos”.
Editora Ócios do Ofício, Curitiba, 1996.
Atividades profissionais

1 — Apoio a atividades familiares
Loja a Instaladora de Blumenau
Período: 1957 a 1962
2 — Professor de História, Francês e Desenho
Instituto 7 de Setembro, Itajubá, MG
Período: 1966 a 1968
3 — Professor de Física Prática (laboratório)
Universidade Federal de Santa Catarina — UFSC
Ano: 1972
4 — Engenheiro da Companhia Paranaense de Energia
Período: 1966 (11 de dezembro) a 1995 (1 de agosto)
5 — Professor de Engenharia: Sistemas de Potência, Materiais Elétricos
Universidade Federal do Paraná — UFPR
Período: 1975 A 1976
6 — Professor de Engenharia: Análise de Problemas Operacionais no
Centro Federal de Tecnologia do Paraná — CEFET
Período: 1977 a 1981
7 — Diretor de Planejamento e Engenharia e Planejamento da URBS, Urbanização de Curitiba S.A.
Período: 1986 a 1988
8 - Diretor de Operação da COPEL de 1991 a 1993.
9 - Diretor Presidente da COPEL de 1993 a 1994
10 — Presidente da ACESA, “Associação Nacional das Empresas Estaduais de Energia Elétrica”.
Ano: 1994
11 — Diretor gerente da “Cascaes, Ferreira & Cia. Ltda”.
Período: a partir de ( alvará concedido ) 27/10/95.
12 — Consultor da Mecânica Pesada (Gec Alsthom), posteriormente ALSTOM Brasil, para o estado do Paraná, de: 01 de agosto de 1995 a 31/03/2000
13 - Consultor da CEGELEC em 1996 para dois projetos COPEL.
14 - Consultor da Prefeitura de Blumenau, período: 01/01/97 a 13/02/98

Universalização da cultura técnica e o LTDE

Assunto: Mídia e Universalização do acesso à cultura técnica
Referência: Livro Técnico Didático Eletrônico
Objetivo: Criação de uma ferramenta eficaz

Prezado amigo


Nossa proposta é a criação de uma Biblioteca De Livros Técnicos Didáticos Eletrônicos – BLTDE.

Precisamos de mais e melhores profissionais. Apesar dos esforços temos barreiras nesse processo de educação dos futuros engenheiros, arquitetos, agrônomos etc.
Os profissionais já diplomados se debatem na obtenção de livros para o exercício de suas atividades.
Os livros convencionais são caros, normalmente desatualizados, limitados pelo preço e dimensões físicas, ocupam espaços, não oferecem facilidades para pessoas com deficiências sensoriais e motoras, não se prestam a ajustes de comunicação etc.
Com a evolução dos meios de comunicação, processamento de dados, redução de custos etc os livros eletrônicos podem ser, já, a solução para uma série de limitações dos meios convencionais de informação técnica. Evidentemente não pretendem substituir professores, instrutores e especialistas em aulas e treinamentos presenciais, mas, sim, complementar aulas e servirem de referência e apoio técnico.
Com os livros elegem-se portais para a exposição permanente da biblioteca que será formada. A existência de portais de referência será objeto de mídia dos patrocinadores que viabilizarem bibliotecas de livros técnicos.
A elaboração da biblioteca eletrônica será base de sustentação de professores e especialistas que aceitarem o desafio de fazer os LTDEs.
A edição de livros eletrônicos poderá ter o apoio dos fundos setoriais, Lei Rouanet, entidades de fomento cultural, nacionais e internacionais, e servirem de instrumento de mídia.
A construção da BLTDE é também ato de interesse público, pois cria mais uma base universalização da cultura técnica.
A maior parte dos estudantes universitários em nosso país é formada por pessoas de capacidade financeira reduzida, com limitações de consulta e de posse de livros técnicos de toda espécie.
Há uma enorme falta de livros técnicos bons em língua portuguesa, atualizados, cobrindo as exigências dos cursos regulares de nossas universidades. Temos também um ambiente de dificuldades financeiras para o estudante comum além da simples existência de livros. A solução exige uma mudança de paradigmas e a ousadia aliada à capacidade de implementação de soluções modernas e baratas.
Nota-se em livrarias convencionais que o livro técnico não é prioridade. Percebe-se que em suas prateleiras dá-se preferência àquelas obras mais populares. Em prejuízo do estudante e do profissional formado, a carência de fontes de consulta formais, feitas com qualidade didática, é flagrante e preocupante. Nosso país precisa crescer; como avançar sem uma base literária consolidada, atualizada e acessível a todos?
A competitividade depende da qualidade dos profissionais que, por sua vez, precisam de boas ferramentas para seu aprendizado assim como de ambientes escolares de boa qualidade e locais de trabalho inteligentes.
A criação de uma biblioteca de livros técnicos didáticos em ambiente da web, livros ofertados sem custo para os acessantes (custos de edição e operação mantidos por inserções de mídia, doações, fundos setoriais, recursos dedicados à cultura etc.), é uma forma de universalização da cultura técnica e de garantir uma base mínima de ensino profissional em todos os níveis com boa qualidade.
Pode-se, facilmente, criar roteiros para livros que seriam selecionados em concursos ou escolhidos por notória competência dos autores. Os cursos regulares têm para todas as suas cadeiras programas detalhados que podem ser roteiros para elaboração e seleção de contribuições.
Nas escolas as ementas dos cursos são um roteiro perfeito para a edição de livros, condição normalmente atendida dentro das universidades, muitas vezes de forma precária (apostilas, colagens, cópias não autorizadas etc) em prejuízo do público interno e externo (à medida que não se criam condições de acesso à cultura técnica para o profissional já formado).
Os recursos de comunicação modernos permitem uma nova estratégia de apresentação da literatura técnica, algo absolutamente necessário diante dos desafios do século 21. Literatura em ambiente eletrônico, obras completas e feitas para esse fim, podem ser a base de consulta e estudo dos universitários e profissionais de nível superior.
Um exemplo extraordinário de bom uso da Internet é a Wikipédia, sucesso absoluto de enciclopédia.
Entendemos que instituições com as atribuições, o prestígio e a competência das associações industriais existentes em sua cidade poderão ser instrumentos de projetos a favor da universalização da cultura técnica em nosso país.
Com ação independente ou em conjunto com outras entidades há como produzir em prazo relativamente curto uma biblioteca de excelente qualidade.
O material a seguir é um esforço de explicar nossa proposta e de como operacionalizá -la.
Colocando – nos à disposição para maiores esclarecimentos, subscrevemo-nos
Atenciosamente

João Carlos Cascaes
Diretor da Associação Brasileira de Defesa Cívica - ABDC
Curitiba, 17.06.2008

Coordenadas:
jccascaes@onda.com.br
Rua Dorival Pereira Jorge, 282, Vila Isabel, Curitiba PR 80320-060
Telefax: x41 3242 7082,

UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO À CULTURA TÉCNICA

LIVRO TÉCNICO DIDÁTICO ELETRÔNICO
LTDE


Índice

Introdução. 6
Proposta. 7
Objetivos. 7
Qualidades especiais - resumindo. 8
Desenvolvimento do LTDE. 9
Custos estimados. 11
Considerações sobre custos. 12
Criação de marca e registro de direitos. 12
Criação e divulgação de proposta de mídia. 12
Estabelecimento de convênios. 12
Formação de ONG ou simples estruturação dentro do PATROCINADOR (conselho técnico, editorial etc). 13
Estabelecimento de contrato com indústrias e concessionárias. 13
Negociação de metas, cronograma, custos e responsabilidades. 13
Anúncio público, convite a contribuições. 14
Divulgação de resultados. 14
Edição de livros. 14
Solenidade de “coroação”. 15
Livraria e Gráfica “on line”. 16
Opinião. 16
Livro eletrônico e a literatura técnica. 16


Livro Técnico Didático Eletrônico

Introdução

A universalização da cultura tem, agora, as imensas facilidades geradas pela tecnologia. A internet, possuindo recursos de comunicação de grande capacidade e velocidade, é um vetor de comunicação de grande valor. Para quem não pode acessar a internet existe a possibilidade de utilização de PCs, onde os CDs e pendrives poderão ser suporte de autênticas livrarias, com todas as facilidades que a informática produziu. O livro eletrônico é uma realidade maravilhosa. A dificuldade, nesse caso, é a compreensão e utilização desse potencial, pois a inércia comportamental e intelectual é incrível, típica de qualquer ser humano.
O Brasil precisa desenvolver um imenso programa de formação profissional para acelerar seu desenvolvimento e se aproximar dos países mais ricos.
Na área da Engenharia sentimos a decadência brutal da oferta de livros nas livrarias existentes. O ensino é prejudicado pela falta de suporte literário, com todas as seqüelas possíveis e imagináveis na vida profissional dos futuros engenheiros. Com o apoio de grandes indústrias e/ou utilização de algum fundo setorial existente ou a ser criado há como, em pouco tempo, estabelecer concursos, selecionar e publicar centenas de livros sem papel, via internet ou CDs. Note-se que o livro eletrônico poderá conter informações dinâmicas, criar “links”, trazer imagens que o livro convencional nunca conseguiu oferecer. Assim, a custos reduzidos, o Brasil geraria em língua portuguesa e com padrões modernos a base de apoio que os professores e alunos, pesquisadores e profissionais precisam para melhor desempenho de suas atividades.

Proposta

Com o apoio de equipes de mídia, pedagogia e didática especializadas, criar bibliotecas a partir de concursos ou escolha criteriosa de autores para edição de livros técnicos. A viabilização dessa proposta poderá acontecer com a oferta de espaços de publicidade e criação de mídia, através de solenidades e divulgação na imprensa comum ou utilização de recursos especiais (fundos setoriais, Lei Rouanet etc).
O processo de marketing é parte do custo de lançamento e sustentação da biblioteca eletrônica e muito importante para conquistar a atenção dos usuários em potencial.

Objetivos

1. Universalização do acesso à cultura técnica.
2. Oferecer literatura técnica gratuita ou de baixo custo via internet, pendrives, DVDs ou CDs.
3. Aumentar acessibilidade do estudante de baixa renda à literatura técnica.
4. Facilitar participação em cursos de terceiro grau dos estudantes portadores de deficiência.
5. Criar biblioteca de alto nível didático.
6. Estabelecer referências técnicas.
7. Embasar esforços de elevação de nível pedagógico das universidades brasileiras.
8. Projetar o PATROCINADOR no cenário técnico internacional.
9. Criar literatura técnica em língua portuguesa

Qualidades especiais - resumindo

O LTDE, sendo colocado no espaço internet, será:
· · Universal
· · Interativo
· · Criará oportunidades imediatas em qualquer lugar
· · Poderá ser impresso por qualquer entidade ou aluno
· · Possibilidade de atualização on-line
· · Utilização do conceito “ebook”
· · Oferecido em DVDs ou CDs (pode conter dezenas de livros diferentes) e livros convencionais (nessa condição, sujeito a pagamento pela facilidade adicional).
· · Base para exemplos, laboratórios e exposições virtuais e exercícios dinâmicos, pois o livro eletrônico poderá explorar os recursos de navegação virtual.
· · Ambiente para melhor aproveitamento de efeitos especiais, mídia, comunicação visual e auditiva
· · Livro com melhor adaptação para o portador de deficiências


Desenvolvimento do LTDE

· · Análise da proposta do LTDE
· · Se aprovado o projeto:
1. Criação de marca e registro de direitos.
2. Criação e divulgação de proposta de mídia.
3. Estabelecimento de convênio com universidades e outros.
4. Formação de ONG ou simples estruturação dentro do PATROCINADOR (conselho técnico, editorial etc).
5. Estabelecimento de contrato com indústrias e concessionárias.
6. Negociação de metas, cronograma, custos e responsabilidades.
7. Anúncio público, convite a contribuições.
8. Recebimento de textos, análise e decisão.
9. Divulgação de resultados.
10. Edição de livros em formato eletrônico.
11. Solenidade de “coroação”.
12. Comercialização.

Custos estimados


Etapa
mil reais
(Suposição)
1
Criação de marca e registro de direitos.
20
2
Criação e divulgação de proposta de mídia.
Obs.: o custo depende do número de títulos e de viagens para contato com promotores e órgãos de financiamento
30
3
Estabelecimento de convênio
5
4
Formação de ONG ou simples estruturação dentro do PATROCINADOR (conselho técnico, editorial etc).
5
5
Estabelecimento de contrato com indústrias e concessionárias.
5
6
Negociação de metas, cronograma, custos e responsabilidades.
10
7
Anúncio público, convite a contribuições.
30
8
Recebimento de textos, análise e decisão.
Obs.: o custo depende do número de títulos, deve diminuir à medida que se transformar em rotina
20
9
Divulgação de resultados.
50
10
Edição de livros.
Obs.: o custo depende do número de títulos, deve diminuir à medida que se transformar em rotina
100
11
Solenidade de “coroação”.
Obs.: o custo será função da amplitude midiática
30
12
Manutenção por unidade
Obs.: a maior parte desse custo seria do autor(es) do livro para atualizações e aprimoramentos
R$ 500,00 por mês


Considerações sobre custos
Criação de marca e registro de direitos

Os custos tratam de apropriação de mão de obra própria e despesas de registro. A equipe do PATROCINADOR deve possuir recursos humanos em condições de fazer na “casa” esta etapa, exceto (evidentemente) o que depender de cartórios e associações específicas.

Criação e divulgação de proposta de mídia

O PATROCINADOR deverá, naturalmente, idealizar o padrão de mídia e detalhar sua proposta para comercialização de espaços e direitos. Dependendo dos clientes a serem conquistados poderá ser modificada substancialmente a forma de apresentação do LTDE. A divulgação deverá explorar o próprio espaço do portal PATROCINADOR e procurar contatos diretos com indústrias e concessionárias.

Estabelecimento de convênios

A credibilidade do LTDE dependerá do nível dos associados e entidades que se dispuserem a participar da seleção das contribuições técnicas. Com certeza elas pretenderão alguma retribuição, mas a assinatura delas na aprovação dos livros será aval de credibilidade ao que for produzido.

Formação de ONG ou simples estruturação dentro do PATROCINADOR (conselho técnico, editorial etc)

A Biblioteca Eletrônica do PATROCINADOR poderá acontecer dentro de seu espaço institucional ou vir a ser uma ONG específica. É uma questão fiscal de conveniência empresarial que merece análise por razões fiscais e legais. Essa decisão amadurecerá à medida que a direção do PATROCINADOR estudar e negociar contratos.

Estabelecimento de contrato com indústrias e concessionárias

Essa é a etapa decisiva na evolução do LTDE. O interesse de eventuais patrocinadores dependerá do potencial de mídia que a proposta contiver. Assim será importante destacar o público a ser atingido (estudantes e profissionais de Engenharia) e apresentar a proposta de forma a convencer as empresas que pagarão o projeto.
É importante criar condições de premiação para os autores dos livros técnicos, custo a ser coberto pelos patrocinadores, menor, contudo, que o preço da mídia convencional (divulgação no portal, festa de apresentação etc).

Negociação de metas, cronograma, custos e responsabilidades

Como qualquer atividade o sucesso do empreendimento dependerá de uma programação realista, lúcida e eficaz. Será muito importantes uma boa assessoria jurídica para o estabelecimento preciso de direitos e deveres entre as partes. A questão “direitos autorais” é delicada. O bom profissional em Engenharia não será obrigatoriamente uma pessoa com outras boas qualidades...

Anúncio público, convite a contribuições

A mídia em torno do LTDE é vital ao sucesso. É interessante notar que já existem muitos espaços de divulgação de material técnico no Brasil, mas colocados de forma tímida, sem divulgação forte e sem qualidade organizada.
O concurso e a qualificação das contribuições técnicas será forte indicativo de atenção (livro ouro, prata, análise dos livros publicados, sistema de acesso, organização etc), pois o espaço eletrônico tende a ser cada vez maior, levando o pesquisador a se perder entre muitas obras eventualmente mal feitas ou erradas, simplesmente.

Divulgação de resultados

A divulgação nacional dos concursos talvez mereça espaços pagos na mídia convencional, devendo ser considerada no contrato com os patrocinadores do projeto. A publicidade consagra, sendo com certeza o ponto mais caro e importante para compensar os autores dos livros, patrocinadores e o próprio PATROCINADOR.

Edição de livros

A edição dos livros deverá ser feita em CDs ou DVDs. O custo médio é de um dólar por CD e a quantidade de exemplares para cada edição naturalmente dependerá de todos.
Outra alternativa é a disponibilização gratuita ou paga via internet, nessa condição o preço de entrega da obra será menor, mas também a qualidade do livro diminuirá, à medida que ficar limitado pelo tempo necessário ao “download” e compartilhamento de espaço eletrônico na base (PATROCINADOR).

Solenidade de “coroação”

O ponto alto do LTDE será a entrega dos prêmios aos autores dos livros selecionados. Nessa ocasião a mídia será fundamental, pois, sendo bem feita, criará motivação para futuras contribuições. Televisão, convite a autoridades, jantar e outras honrarias deverão ser providenciadas para mostrar ao público interno e externo a qualidade e importância dos vencedores.

Livraria e Gráfica “on line”

A evolução dos recursos de telecomunicações e impressão permite-nos propor a criação de livrarias equipadas com recursos de impressão e comunicação de modo a se permitir ao cliente a solicitação de edição personalizada de livros de seu interesse, disponíveis no ciberespaço. Nesses locais (universidades, livrarias comerciais, clubes etc) o estudante de Engenharia poderá solicitar a impressão dos LTDEs, se assim o desejar, assim como do material divulgado na “prateleira livre”.





Opinião

Livro eletrônico e a literatura técnica

A principal ferramenta para o desenvolvimento tecnológico de qualquer nação é a acessibilidade à literatura técnica. Países que ficaram para trás no desenvolvimento tecnológico precisam encontrar formas de massificação de obras técnicas e culturais. O custo do processo é significativo, exigindo a adoção de tecnologias mais acessíveis. No Brasil percebe-se nitidamente o abandono do livro de Engenharia. Nas prateleiras das livrarias é difícil encontrar algo que preste, atual, bem feito. O resultado é a dependência de livros estrangeiros em língua diferente da nossa, caros e de difícil avaliação. Lembrando que o número de estudantes em escolas particulares aumenta e que justamente esse contingente é formado por estudantes que trabalham para sustentar suas famílias e pagar mensalidades, pode – se avaliar a dificuldade que livreiros, professores e universitários encontram para manter o nível dos cursos.
O custo financeiro para o suprimento permanente das prateleiras é enorme num.
Na área técnica a carência de bons livros é flagrante e desesperadora. Encontramos algo razoável em matérias básicas, aquelas que todos os estudantes, no Brasil inteiro, precisam, criando assim um mercado atraente. Cursos mais especializados, contudo, dependem de obras antigas, não reeditadas, raridades que procuramos em sebos e na biblioteca dos profissionais mais velhos.
Felizmente alguns sites de indústrias trazem alguma coisa, às vezes amplas e didáticas. As terríveis apostilas são outra forma de compensação, sempre deixando a impressão da improvisação, do bitolamento dos alunos e até com o perigo de cópias sem autorização de outros trabalhos.
Felizmente a eletrônica e sua indústria evoluem.
Os computadores e os meios de registro eletrônico estão cada vez maiores, melhores e mais baratos. Dentro de um CD pode-se colocar a melhor obra técnica com recursos dinâmicos e um volume muito maior de ilustrações, exercícios e links a endereços no mundo web. Com essa tecnologia poderemos desenvolver os livros eletrônicos, os “e books” que, como mostra o site http://www.guiadohardware.net/e-books/index. custarão em torno de 10% do valor de um livro convencional.
Vale a pena transcrever o que diz esse espaço comercial de divulgação de livros eletrônicos:

“O que é um E-Book?
Cascaes, redigido em 27.9.2002

Um e-book, ou eletronic book, é um livro como outro qualquer, a única diferença é que ao invés de ser impresso, é vendido em formato digital.
Para o leitor, a maior vantagem do e-book é o preço. Um livro tradicional custa tão caro não por o autor ou mesmo a editora ganharem muito, mas sim, devido aos custos de impressão, distribuição e venda, somado ao que é perdido com o encalhe. Num livro que custa 50 reais nas livrarias, por exemplo, entre 15 e 20 reais ficam com a própria livraria, 3 ou 4 reais são gastos com transporte (já que em geral cada livraria compra apenas uma, ou poucas cópias de cada livro por vez), de 6 a 8 reais são gastos com impressão, 4 reais ficam com o autor e o restante fica com a editora, que além do custo operacional também tem que arcar com o prejuízo dos livros que encalham.
Como um e-book é distribuído em formato digital, não existe custo de impressão, distribuição, nem o risco de encalhe, por isso, ele em geral custa menos de 10% que custaria caso fosse impresso. Você não paga pelo papel, mas apenas pela informação em sí. O livro pode então ser lido no seu PC ou Palm ou então impresso. Você escolhe o que acha mais prático.”
O desafio, então, é o estímulo à produção de obras técnicas. Com o apoio do MCT, fundos setoriais, e/ou utilizando verbas de publicidade, empresas, universidades e fundações poderiam criar concursos para estimular a construção de livros científicos, didáticos e técnicos. A venda ou até a disponibilização, sem ônus para o estudante, via internet, dessas obras em português em sites conhecidos seria a forma de universalização da cultura técnica.
Podemos e devemos criar novas formas de aceleração do desenvolvimento técnico de nosso país. O livro eletrônico é um excelente veículo. Será que teremos quem apóie essa idéia?