Campus ou estacionamentos
As universidades produzem contingentes crescentes de
ambientalistas e ecologistas. Principalmente estudantes de famílias de classe
média ou maiores raciocinam a partir de problemas que a mídia inventa e/ou
fortalece a serviço de imensos grupos industriais e conveniências das
superpotências. Na fragilidade de seus conhecimentos abraçam causas erradas,
como a contestação de produção de energia, pouco fazendo para a racionalização
de usos e costumes.
Simples hábitos de racionalização de comportamentos podem
equivaler a imensas hidroelétricas, muitos campos petrolíferos, florestas, rios
etc. em curto prazo. Para isso bastaria a proibição da mídia consumista e
perdulária e a implementação de programas intensivos e permanentes de
comportamentos sustentáveis.
Isso vale para todas as atividades humanas, inclusive para
as nossas idolatradas universidades, onde temos exemplos inacreditáveis de
desperdício de espaços, energia, do tempo dos alunos e professores...
Uma visita às universidades brasileiras, quando instaladas
em locais que facilitam o transporte individual e motorizado, impressiona
negativamente. Alguns prédios com salas de aula estão mergulhados em enormes
áreas de estacionamento de automóveis, devidamente alugadas a seus alunos. Mais ainda, não é raro ver à noite centenas de
salas iluminadas, estariam com alunos? Salas enormes com tudo ligado para meia
dúzia de estudantes é comum descobrir assim como em empresas a economia de
chaves e fios gera custos adicionais e permanentes de energia.
Os pernósticos campus[1]
(pompa e circunstância), as universidades e tudo o que depende do trânsito de
multidões precisam ser criteriosamente localizados, dimensionados, arquitetados
e questionados sobre o que será feito dentro desses ambientes. A “projarquização” (Maia) das escolas de terceiro
grau cria mais e mais salas de chefes e reduz os espaços úteis dessas
instituições.
O crescimento vertiginoso de algumas cidades e a possibilidade
de desenvolvimento de outras demandam planejamentos urbanos cautelares,
criteriosos etc. O drama é que as nossas famosas escolas de terceiro grau e
maiores não ensinam isso de forma adequada. Vale a lógica de cada professor,
mesmo que programas e ementas digam o contrário.
Em Curitiba é fácil sentir o pesadelo viário criado pelas
universidades que optaram por facilitar o transporte individual motorizado,
algo que deveria ser radicalmente inibido. A poluição, os engarrafamentos, a
impermeabilização de milhares de metros e metros quadrados de solo, o
desmatamento etc. depõem contra a racionalidade e o discurso da
sustentabilidade.
O transporte coletivo urbano pode melhorar tudo, como? Até a
Papuda precisou de ajustes para receber as elites. Se a inibição do trânsito de
automóveis e motocicletas existisse para valer as cidades seriam infinitamente
melhores, saudáveis e agradáveis.
Com certeza não existe interesse na prevenção do caos urbano,
ele existindo justifica obras gigantescas e muito palanque.
O que devemos e podemos repensar é o sistema de ensino, sua
estrutura e descobrir formas de reversão do quadro existente de degradação
ambiental.
O Ensino a Distância, EAD, integral ou parcial, seria a
chave para a substituição do modelo medieval de padrões de ensino presencial. É
simplesmente incompreensível a idolatria pelas salas de aula que ocupam
espaços, são ridiculamente pequenas se comparadas à demanda pelo aprendizado,
exigem uma quantidade enorme de professores, deslocamentos penosos e caros do
corpo docente e discente, investimentos e estacionamentos etc.
Com certeza a existência de polos de apoio a estudantes é importantíssima,
mas com estruturação inteligente, em sintonia com a Natureza.
Chegamos à era do EAD, para quê cultivar a mensagem
subliminar de campus perdulários quando seria infinitamente melhor falar em
centros de irradiação de cultura necessária e racional?
Cascaes
26.11.2013
Maia, L. (s.d.). A FÁBULA DA ARCA. Fonte:
Literatura e Opinião: http://www.luizmaia.blog.br/hpana/f/fabuladaarca.htm
A campus is traditionally the land on which a college or university and related
institutional buildings are situated. Usually a campus includes libraries, lecture halls, residence halls, student centers or
dining halls, and park-like settings. The definition currently describes a
collection of buildings that belong to a given institution, either academic or
non-academic.
The word derives from a Latin word for
"field" and was first used to describe the grounds of a college at
the College of New Jersey (now Princeton University) during the 18th century.[2] Some other
American colleges later adopted the word to describe individual fields at their
own institutions, but "campus" did not yet describe the whole
university property. A school might have one space called a campus, one called
a field, and another called a yard.
The meaning expanded to include the whole institutional property during the
20th century, with the old meaning persisting into the 1950s in some places.
Sometimes the lands on which company office buildings sit, along with the
buildings, are called campuses. The Microsoft Campus in Redmond, Washington, as well as hospitals use the term
to describe the territory of their facilities. The word "campus" has
also been applied to European universities, although most such institutions are
characterized by ownership of individual buildings in urban settings rather than
park-like lawns in which buildings are placed.
1.
Jump up^ Turner, Paul
V. (1996). Joseph Ramée: International Architect of the Revolutionary
Era. Cambridge: Cambridge University Press. p. 190.
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