Filmar, fotografar, gravar, uma arte e muitas técnicas
Fotografia (HISTÓRIA da FOTOGRAFIA) é algo apaixonante,
filmes mais ainda se tudo atender o que desejamos e conquistamos com esse hobby
ou ofício.
Com 69 anos e fascinado por fotografias tenho como lembrança
querida a compra de minha primeira máquina, uma Agfa Isola, usada, gastando
economias de um ano de mesadas e trabalho com meu pai e não torrando o dinheiro
durante as férias em Florianópolis; ao final dela, então com 15 anos, fui às
compras em Blumenau onde um fotógrafo em frente ao Teatro Carlos Gomes, meu
orientador técnico a partir daí, vendeu-me o que seria o início de uma paixão,
só menor à que tinha pela minha família, aliás, motivo de uso espartano de um
passatempo extremamente caro até as máquinas digitais se popularizarem.
Máquinas não automáticas exigiam muito da gente, sempre
lembrando o custo altíssimo dos filmes a cores, por exemplo. Perder uma
fotografia era um desastre fácil de acontecer, até por esquecer de avançar o
carretel com o filme dentro da monstrinha mágica. Sem automação era preciso
escolher e fixar o tempo de exposição, foco, calcular e ajustar a distância, analisar
a luz ambiente e sobre o que se
pretendia fotografar e ainda escolher bem o filme, algo desnecessário para as
máquinas ainda mais simples, simples caixotinhos que também existiam e usamos
muitas vezes.
Escolher o filme e como usar a máquina tinha um risco
elevado, assim como a forma de enquadrar o objeto do registro. O alto preço dos
filmes e a revelação obrigavam o amador sem muito dinheiro a reduzir ao máximo
o número de fotos.
Fotografar com a fonte de luz por trás das pessoas pode ser
artístico, se o cenário for bom e esse for o desejo, mas, de modo geral,
simplesmente cria um contraste excessivo, algo que pode ser compensado com o flash.
Fotografia tremida, objeto de desejo mal iluminado, fora de
foco enfim, era normal e muito desagradável para aquele que sonhava registrar
algum momento mágico sendo obrigado a escolher os ajustes da máquina
fotográfica antes do clique final.
Entre as máquinas para os mais exigentes devia-se lembrar da
qualidade da lente, do aplanetismo, astigmatismos e até a diferença entre o
visor e a lente, algo que as câmeras reflex não tinham. Eram mecanismos de
relojoaria e ótica, tão bons quanto a qualidade dos fabricantes possíveis ao
quem quisesse comprar e, portanto, equipamentos caros. Ou seja, tudo o que
devíamos pensar hoje mais ainda é importante, com a diferença de que o custo do
erro é muito menor. Para saber das diferenças em São Paulo algumas lojas
deixavam a gente sonhando...
Em tempo, existia a possibilidade se usar filmes para
slides, aí a dificuldade era ter a máquina de visualização, não muito cara. O
benefício era dar luminosidade a imagens, que se perdiam muito quando só em
papel, e podiam ser projetadas em telas era o grande mérito dos slides,
programas terríveis para convidados a verem as sessões de fotografias dos
amigos que retornavam das férias...
A Polaroid veio, mas durou pouco, era uma chance de ter fotografias de imediato
reveladas, mas o negativo não prestava e a qualidade das cores deixava a
desejar.
De tudo e para aqueles mais preocupados com o futuro os
cuidados de preservação de negativos, slides e fotografias, algo que percebemos
com pesar agora, procurando e vendo álbuns antigos. Para aqueles que têm e
querem manter seus arquivos é bom digitalizá-los enquanto é tempo.
Maravilhosamente a Engenharia, a Indústria, os cientistas e
empresários inovadores promoveram uma revolução que dispara oferecendo
alternativas mais e mais melhores e de menor custo.
Atualmente é fácil e infinitamente mais barato fotografar,
mais ainda se soubermos usar recursos de ajuste das fotografias com softwares
especializados que acompanham a máquina e instalamos em nossos PCs ou outros
mais elaborados.
E filmar?
A evolução maior aconteceu na tecnologia de filmagem. Era
até a poucas décadas algo extremamente caro, privilégio de ricos e poderosos.
As filmadoras “Super 8” foram um avanço na redução de custos, restava, contudo,
o preço e dificuldades de manuseio e manutenção das maquinetas de projeção.
As filmadoras digitalizadas começaram gravando em fitas
magnéticas, um avanço de qualidade que apareceu criando um potencial de
registro enorme, inclusive para empresas de energia elétrica que, com elas,
puderam gravar detalhes de comportamentos dos sistemas de geração,
transformação, transmissão e distribuição de energia em momentos especiais.
E nós?
O resultado foi, por exemplo, durante a década de noventa do
século passado podermos registrar com muito mais qualidade eventos familiares e
profissionais e ver o resultado em telas de televisores e computadores (agora).
Fitas magnéticas tinham e têm um problema grave, sofrem a influência de campos
eletromagnéticos e se degradam quimicamente.
O século vinte e um começou com máquinas digitais
fotográficas de baixo custo que agora podem gravar filmes muito bons e de longa
duração, como?
Tudo depende do chip de memória, quanto maior melhor (e mais
caro). Alguns tipos de chips existem, adotados por famílias de fabricantes,
portanto exigindo atenção se queremos intercambialidade com outras máquinas
fotográficas e filmadoras. Evidentemente para filmes longos e uma maior
capacidade de número de fotografias as baterias são importantes, limitadas pela
tecnologia mais recente e justificando sempre carregar algumas de reserva,
devidamente carregadas.
Ou seja, um chip de 32 gigabytes (Cartão de
Memória, 2014)
dá uma tremenda tranquilidade para quem usa uma máquina fotográfica digital
para gravação de filmes, evidentemente tudo dependendo da precisão desejada
(quanto maior mais memória e consumo de bateria maior).
O interessante é que a gravação de som é sempre boa, mas aí
existe uma coleção de detalhes que o amador deve cuidar.
O ideal seria sempre a utilização e microfones direcionais e
posicionados de forma adequada, pois em relação às máquinas filmadoras vale o
que notamos quando usamos aparelhos de surdez mais baratos, gravam tudo sem
direcionamento. Um simples ventilador ou aparelho de ar condicionado pode
degradar tremendamente o trabalho de registro. O usuário da máquina de filmagem
é muitas vezes obrigado a encostar o microfone embutido na máquina à boca da
pessoa que fala, mirando para outro ponto a objetiva e assim perdendo o
registro do interlocutor.
E os tripés? Existem de diversos tipos e qualidade. É bom
escolher com cuidado. Via internet pode-se descobrir exatamente o que for
necessário, o suspense será receber de forma adequada o que encomendarmos. A
Empresa de Correios não deixa abrir pacotes antes da assinatura do recebimento,
ato contínuo o funcionário da ECT desaparece...
O fundamental é saber montar um kit em função do que for
necessário e suficiente, saber escolher pensando inclusive no custo de
armazenamento e tempos de transmissão de imagens e filmes. Luxo e qualidade
desnecessária é custo, complicações de transmissão, dificuldades de uploading e
downloading, sempre lembrando que o aluno poderá estar em local distante, com
acesso precário internet. Nesses casos o ideal é a entrega de cópias em DVDs ou
pendrives, infelizmente, afinal isso é Brasil...
Aqui minha homenagem ao Presidente do FÓRUM DOS DIREITOS DA
PESSOA COM DEFICIÊNCIA DA GRANDE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITÁNA, FPcD, Luiz Vanderlei Rodrigues, que, apesar
de sua deficiência visual grave quer ser um bom professor explorando a
tecnologia moderna, algo muito raro.
Cascaes
2.4.2014
Cartão de Memória. (4 de 2014). Fonte: americanas.com: http://www.americanas.com.br/linha/266416/cameras-e-filmadoras/cartao-de-memoria
HISTÓRIA da FOTOGRAFIA. (s.d.). Fonte: SAPO:
http://achfoto.com.sapo.pt/hf_6-4.html
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