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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Novas tecnologias de ensino e formação profissional

Universalização do Ensino – Universidades abertas – formação profissional acessível a todos

Estamos chegando a um ponto magnífico na formação universitária que pela primeira vez merece essa qualificação com muitos significados: Universidade.
Par e passo os meios de comunicação evoluem assim como recursos de processamento de informações, registro, arquivo, transporte de diversas formas (DVD, pendrive, computadores etc.) e interfaces homem-máquina.
Os sistemas convencionais, a despeito de cotas, teorias de inclusão e outras palavras bonitas é restritivo. Depende de vestibulares e espaços limitados assim como da disponibilidade dos estudantes e a capacidade (financeira, tempo, saúde, existência de escolas etc.) que tiverem de acesso às Universidades. Tudo isso transforma essas escolas em ambientes de pessoas próximas e com condições financeiras de transitar, não trabalhar e se trabalhar viver um período infernal, optar entre a família e os estudos em locais distantes de seu ambiente familiar e social.
Pior ainda, a precariedade de um sem número de escolas à medida que chegam ao final do ensino fundamental, aliada à penúria de milhões de famílias, praticamente bloqueia o acesso desses estudantes ao ensino superior. Muitas faculdades acabam gastando seu dois primeiros anos em aulas que equivalem a um “terceirão”, ou seja, perdem tempo no espaço disponível para a conquista do diploma.
Felizmente o Brasil saiu de suas décadas perdidas e agora carece de profissionais. Um grande estímulo ao estudo e um tremendo desafio educacional.
A análise (PROPOSTA PARA INCENTIVO À FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS NO BRASIL) merece ser lida assim como, agora, a possibilidade de uma revolução (felizmente, maravilhosamente) em métodos e recursos para formação profissional.
Deve-se discutir objetivos, método, padrões e a acessibilidade à Universidade. (Cascaes, A formação do Engenheiro e ser Engenheiro), a velocidade das transformações fazem com que ao ingressar em algum curso, ao final dele o formando descobrir que tudo o que aprendeu e desvalorizou, enquanto outras carreira aparecem radiantes e felizes.
De alguma forma a Universidades, principalmente, precisa se desconectar da rigidez de cursos convencionais.
A luta não é simples, pois dentro e fora das escolas as resistências a mudanças são grandes.
Pessoas mais velhas, normalmente em cargo de comando, não veem com simpatia as facilidades modernas.
Pior ainda é a visão egocêntrica daqueles que já formaram suas bases e vivem com tranquilidade com o fruto de seus diplomas.
Tradições corporativas criam inércias fortíssimas na luta pelas inovações.
Comportamentos medievais, se não de muito antes, sustentam corporações de ofício, gerando restrições ao trabalhador. Sob a desculpa de defenderem profissionais matam vocações e inibem gente competente.  Privilégios formais contra capacidades reais.
A burocratização do ensino afasta as pessoas do principal: ter responsabilidade e competência para as atividades que pretendem exercer. Critérios formais e burocráticos entopem repartições públicas e empresas que mais cedo ou tarde enfrentarão dificuldades no cenário competitivo da modernidade.
Em nossa vida profissional e familiar vimos exemplos fantásticos de pessoas extremamente competentes, sem qualquer diploma de nível superior.
Na vida comum são inúmeros aqueles que alegam competência e nada fazem de forma correta. No Brasil os exemplos vão da Boate Kiss (em pleno polo universitário, ou seja, frequentada por gente bem preparada para agir contra aquele absurdo) até ruas urbanas importantes onde o pavimento dura o intervalo entre eleições.
Precisamos, pois, generalizar o acesso a informações para que todos, cidadãos e cidadãs, possam sem restrições sensoriais, motoras, financeiras, intelectuais e outras  aprender o que podem usando os meios mais modernos de comunicação, processamento de dados, escola de cursos e por aí afora, e, acima de tudo, exercer atividades que jogos inteligentes, escolas competentes e entidades empresarias certificarem como capazes de realizar sua atividades e habilidades após esses cursos que devem racionalizar suas atividades permanentemente.
Vimos a maravilhosa reportagem (As melhores escolas do mundo a um clique de distância, 2013) que nos estimulou a registrar nossa análise em (Ensinando, cadastrando e atraindo talentos, 2013). Nesse artigo da Anna Simas temos algumas indicações importantíssimas e dela outras interessantes:
 [ (Coursera), (edX), (UNIVESP), (Canvas), (Massive open online course - MOOC)] que já existem e, no caso brasileiro, a UNIVESP começa a formar algo semelhante a congêneres estrangeiras.
Obviamente sindicatos e corporações atuarão energicamente para travar essa oportunidade de ascensão social e profissional dos brasileiros, os diplomas obtidos, por enquanto, só valem como extensão universitária, até quando?
O que todos precisam compreender é que as Universidades convencionais brasileiras são anacrônicas, mal formatadas e majoritariamente sem recursos suficientes para acolher o volume de alunos que o Brasil precisa formar (exemplo: (Fábrica de engenheiros, 2013)). O tempo é reduzidíssimo para a ampliação e multiplicação de laboratórios, museus, bibliotecas, centros de TI etc. de modo a satisfazer a demanda por profissionais, mais ainda em locais remotos onde só barqueiros, tropeiros e mateiros chegam.
Com os recursos mais modernos todos podem ser alunos sem sair de suas casas, barraca ou palacetes. Do ensino fundamental ao pós-graduado há como apoiar mestres e estudantes em qualquer lugar do Brasil à distância. É ruim do ponto de vista socialização? Sim, mas isso foi perdido com a reforma do ensino universitário na década de sessenta.
Dezenas de milhões de brasileiros poderão evoluir profissionalmente se principalmente as Universidades e escolas técnicas aqui existentes adotarem a lógica dos “Massive Open Line Courses - MOOC”[1] (MOOCs: Top 10 Sites for Free Education With Elite Universities) em nossa língua (e tropicalizando cursos teremos muito a ganhar).
Para tudo isso temos, infelizmente, a barreira criada pelos tecnocratas na área educacional, muito próximos aos grandes grupos corporativos nacionais principalmente em Brasília. Essa é nossa tragédia!
Para empresários, inclusive, é muito bom contar com bons profissionais forçados a aceitar salários simbólicos por não serem diplomados e aceitos em alguma entidade de classe, conselho profissional, sindicato etc.
Nossa história elitizou o acesso e só recentemente deu algum sinal de que isso poderá estar terminando. Critérios aristocráticos condenaram o povo brasileiro e o Brasil a um atraso monumental.
Pior ainda para pessoas que além de restrições financeiras carregam o pesadelo de serem PcD.
Pessoas com deficiências querendo frequentar aulas convencionais precisam se deslocar por cidades selvagens, chegar às salas de aula, submeter-se a professores sem preparo e vontade para atender e a falta quase absoluta de recursos de comunicação e material didático.
Essa crueldade é reforçada numa época em que a mídia gera a glorificação de superpoderes e competição radical. Nesse contexto foi extremamente gratificante participar de uma reunião estimulada insistentemente pelos amigos Dr. Rui Pilotto, eng. Antonio Borges dos Reis e a amiga Regina Zanchi com as professoras Dra. Maria Emilia Daudt von der Heyde e Elenice Mara Matos Novak na UFPR.
Em 14 de junho de 2013 (talvez uma data a ser registrada com orgulho) estivemos em reunião para início de discussão de um projeto para atendimento a pessoas com deficiência auditiva (Cascaes, A Pessoa com Deficiência Auditiva). Para registro formal entregamos o ofício (Cascaes, Ofício entregue hoje à UFPR - universidade e o deficiente auditivo, 2013) que esperamos criar motivação oficial em relação ao que nós colocamos nessa reunião, inclusive a preocupação com o autismo (A Pessoa com Deficiência Intelectual, 2013), algo que o Dr. Rui Pilotto tem autoridade profissional para ser agente provocador na condição de médico, pesquisador e professor da UFPR.
Felizmente assim podemos pensar que a UFPR poderá criar um núcleo de pesquisa e desenvolvimento de soluções a favor das Pessoa com Deficiência, preparar profissionais e, quem sabe, entrar para o mundo século 21 do EAD, dos MOOCs, literatura técnica digital etc.
O que a tecnologia viabiliza é para nós uma esperança antiga (Cascaes, Uma proposta de EAD), pois sentimos em relação a nossos filhos o que significa frequentar aulas com restrições visuais ou auditivas. Além da frieza de muitos colegas enfrentaram a dificuldade de aproveitamento de aulas convencionais, mal amparadas em literatura técnica, criando barreiras enormes a pessoas inteligentes, capazes, mas “incomodando” professores e alunos mal educados.
O que devemos e podemos fazer é aprender nos mínimos detalhes o que esse mundo novo oferece; poderá se soubermos usar a diferença entre a derrota e a vitória de nossos filhos, netos, bisnetos, amigo e amigas.

João Carlos Cascaes
Curitiba, 17.6.2013

Canvas. (s.d.). Fonte: Canvas Network: https://www.canvas.net/?gclid=CPD1xoWc67cCFRDl7AoduHoABw
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: A formação do Engenheiro e ser Engenheiro: http://aprender-e-ser-engenheiro.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (14 de 6 de 2013). Fonte: A Pessoa com Deficiência Intelectual: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8912935561740925382#allposts
Cascaes, J. C. (16 de 6 de 2013). Ensinando, cadastrando e atraindo talentos. Fonte: Ensino e literatura século 21: http://ensino-e-literatura.blogspot.com.br/2013/06/ensinando-cadastrando-e-atraindo.html
Cascaes, J. C. (14 de 6 de 2013). Ofício entregue hoje à UFPR - universidade e o deficiente auditivo. Fonte: A Pessoa com Deficiência Auditiva Blog dedicado aos deficientes auditivos de diversas formas: http://surdosegentequeluta.blogspot.com.br/2013/06/oficio-entregue-hoje-ufpr-universidade.html
Cascaes, J. C. (s.d.). A Pessoa com Deficiência Auditiva. Fonte: A Pessoa com Deficiência Auditiva Blog dedicado aos deficientes auditivos de diversas formas.: http://surdosegentequeluta.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Uma proposta de EAD. Fonte: Ensino e literatura século 21: http://ensino-e-literatura.blogspot.com.br/2008/07/uma-proposta-de-ead.html
Coursera. (s.d.). Take the world's best courses, online, for free. Fonte: Coursera: https://www.coursera.org/
Filho, R. L. (s.d.). PROPOSTA PARA INCENTIVO À FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS NO BRASIL. Fonte: Lobo & Asociados Consultoria : http://www.institutolobo.org.br/imagens/pdf/artigos/art_052.pdf
Harvard, M. B. (s.d.). edX. Fonte: edX: https://www.edx.org/
Massive open online course - MOOC. (s.d.). Fonte: Wikipedia : http://en.wikipedia.org/wiki/Massive_open_online_course
NOGUEIRA, L. A. (1 de 3 de 2013). Fábrica de engenheiros. Fonte: Isto É - Dinheiro: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/113520_FABRICA+DE+ENGENHEIROS
Simas, A. (16 de 6 de 2013). As melhores escolas do mundo a um clique de distância. Gazeta do Povo, p. 12.
UNIVESP. (s.d.). Fonte: UNIVESP - Universidade Virtual do Estado de São Paulo: http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/









[1] As MOOCs have evolved, there appear to be two distinct types: those that emphasize the connectivist philosophy, and those that resemble more traditional and well-financed courses, such as those offered by Coursera and edX. To distinguish between the two, Stephen Downes proposed the terms "cMOOC" and "xMOOC".
Connectivist MOOCs are based on several principles stemming from connectivist pedagogyThe principles include:
1.        Aggregation. The whole point of a connectivist MOOC is to provide a starting point for a massive amount of content to be produced in different places online, which is later aggregated as a newsletter or a web page accessible to participants on a regular basis. This is in contrast to traditional courses, where the content is prepared ahead of time.
2.        The second principle is remixing, that is, associating materials created within the course with each other and with materials elsewhere.
3.        Re-purposing of aggregated and remixed materials to suit the goals of each participant.
4.        Feeding forward, sharing of re-purposed ideas and content with other participants and the rest of the world.
An earlier list (2005) of Connectivist principles from Siemens also informs the pedagogy behind MOOCs:
1.        Learning and knowledge rest in diversity of opinions.
2.        Learning is a process of connecting specialised nodes or information sources.
3.        Learning may reside in non-human appliances.
4.        Capacity to know more is more critical than what is currently known.
5.        Nurturing and maintaining connections is needed to facilitate continual learning.
6.        Ability to see connections between fields, ideas, and concepts is a core skill.
7.        Currency (accurate, up-to-date knowledge) is the intent of all connectivist learning activities.
8.        Decision making is itself a learning process. Choosing what to learn and the meaning of incoming information is seen through the lens of a shifting reality. While there is a right answer now, it may be wrong tomorrow due to alterations in the information climate affecting the decision.
It is suggested that connectivist MOOCs are in a better position to support collaborative dialogue and knowledge building than models adopting other approaches

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